Como seria a divisão do dinheiro da TV se o Brasil não se baseasse apenas em audiência
A imagem é emblemática: Ao fundo, as placas falam de Futuro, Século XXI e, no centro, uma grande lavanderia. Em destaque, os carros representam o que fazem com o futebol Brasileiro
Temos um critério muito claro para dividir o dinheiro que a Rede Globo desembolsa para transmitir o Brasileirão: quem dá mais audiência leva mais grana. O resultado é um abismo entre os clubes que ganharam mais em 2014, Corinthians e Flamengo (R$ 110 milhões), e os que levaram menos, Figueirense, Criciúma e Chapecoense (R$ 18 milhões). É justo? Cada um pode ter a sua opinião, mas certamente não é a única alternativa.
Ligas como a alemã e a inglesa adotam critérios técnicos para cortar o bolo de forma mais equitativa – e funciona. A diferença entre o mais e o menos bem pago é bem menor. Foi nesse espírito que o nosso leitor Christiano Candian tirou o lápis da orelha e começou a fazer contas. Como seria a divisão do dinheiro no Campeonato Brasileiro de 2014 se o Brasil usasse outros critérios, além da audiência?
O modelo que ele escolheu foi o inglês: metade do dinheiro dividido exatamente igual entre todos os 20 clubes; 25% de acordo com a campanha; e mais 25% segundo a audiência, um ranking já bem estabelecido no Brasil, com Flamengo e Corinthians no topo da pirâmide, seguidos por São Paulo, Palmeiras e Vasco (não aparece na tabela porque estava na segunda divisão).
Resultado? A remuneração dos clubes ficaria muito mais igual. O mais bem pago seria o Corinthians, com R$ 68,938 milhões, e o menos o Criciúma, com R$ 28,490. Para mim, soa um pouco mais justo.