Postado por - Newton Duarte

'A equipe está fazendo por onde': Lateral pede compreensão à Torcida

Lateral do Bahia pede compreensão: “A equipe está fazendo por onde”

Com vaias e pressão do torcedor, Railan diz que jogadores têm o mesmo desejo da torcida, que é garantir o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro do próximo ano

Das 27 rodadas da Série B do Brasileiro, o Bahia esteve entre os quatro primeiros colocados em 17 delas. O Tricolor se mantém no G-4 há quatro partidas seguidas. Ainda assim, a pressão tem sido grande a cada jogo na Arena Fonte Nova. O torcedor tem demonstrado bastante insatisfação e chegou até, após o empate com o Sampaio Corrêa, a pedir a demissão do técnico Sérgio Soares.

De acordo com Railan, grupo do Bahia está unido e focado no acesso (Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia)

Grande parte da crítica e reprovação ao time acontece não pelos números. O desempenho da equipe em campo é que não tem gerado confiança nos torcedores. Mas, no Fazendão, o sentimento dos jogadores é outro. Os atletas têm pedido constantemente paciência e compreensão àqueles que estão na arquibancada.

- Não entendo. Se o time estivesse mal, até eu iria criticar. Quando não estou no clube, sou torcedor como qualquer outra pessoa. Mas eu vejo que a equipe está muito bem na competição. A gente deixa a desejar às vezes, mas faz parte do trabalho. Nem todo dia você vai estar em um bom dia. A equipe está fazendo por onde. A gente está entre os quatro primeiros, está onde a gente quer chegar. Vejo que não tem nada de ficar criticando. A gente começou no primeiro semestre ganhando de 7 a 1, 7 a 2, 5 a 0, 4 a 1, de goleada, então a torcida esperava mais nesse segundo semestre. Só que não está acontecendo. A gente está fazendo os pontos, às vezes, deixa a desejar dentro de casa, perdendo pontos, empatando. Garanto a vocês que a equipe está focada. O mesmo objetivo que a torcida quer a gente quer - afirmou o lateral Railan na manhã desta terça-feira.

Este ano foi atípico para o lateral-direito. Em fevereiro ele rompeu o ligamento do joelho e teve que passar por cirurgia. Esteve afastado dos jogos durante seis meses, mas continuou perto dos companheiros. Sem poder jogar, frequentava a concentração, o vestiário e, como um bom torcedor, a arquibancada da Fonte Nova.

- Quando fiz a cirurgia, Sérgio Soares pediu para me levar para o hotel. Eu ia com os jogadores para o estádio para tirar o pensamento de tristeza e deixar os caras alegres. A gente ia no ônibus agitando, dançando, cantando. Comecei a ir para os jogos, a torcida vaiando, a gente ganhando e a torcida vaiando. Eu não queria. A gente tem que estar todo mundo unido. Quando a torcida começou a vaiar, eu não gostei, levantei e pedi para aplaudir.  Tem jogadores aqui da base que, se você vaiar, sentem. Como eu já senti também. Nesse momento a vaia não prevalece - defendeu o lateral-direito.

Na próxima rodada, o time de Sérgio Soares ficará longe da pressão dos torcedores. O Bahia vai a campo no sábado para enfrentar o Luverdense, no estádio Passo das Emas, às 21h (horário de Brasília). A equipe baiana é a quarta colocada da Segunda Divisão com 46 pontos ganhos.