Postado por - Newton Duarte

A intervenção e o fim dos mitos

A intervenção e o fim dos mitos


A intervenção venceu o disse me disse. Amanhã, o processo judicial completará um mês. Com o tempo, os fatos falaram mais alto que as vozes da especulação e da ignorância. Os jogadores foram embora? O time tomou algum WO? Qual patrocinador cancelou o contrato? Neste período, quem deu as costas ao Bahia? Quem é que passou o mês trabalhando contra o Bahia?

Existiu um terrorismo em parte da imprensa, no boca a boca e nas redes sociais, especialmente em perfis fakes, contas onde covardes não assumem a identidade. Prática antiga e nefasta. De quem não faz jornalismo, sendo ou não jornalista, com ou sem diploma. Prática que ainda costuma ser sucesso de público.

Neste início de Brasileiro, o Bahia faz sua melhor campanha desde 2003, a era dos pontos corridos. Com elenco montado pelo presidente destituído Marcelo Guimarães Filho. Com uma base que lutou para não cair por dois anos e que deu vexame no 1º semestre. Quem disse que o momento não era bom para se fazer a intervenção? Como se por acaso tivesse hora para fazer a coisa certa. Ou, no caso do Bahia, para se corrigir desvio no processo eleitoral e no cumprimento do estatuto do clube.

Será a Justiça, no seu tempo, aqui na Bahia ou em Brasília, que dará veredicto ao questionamento do sócio Jorge Maia, autor da ação para um novo Bahia. No julgamento das arquibancadas, a intervenção tem feito bem ao clube. O quadro de sócios aumentou a partir da redução do preço da joia e as vaias e faixas de protesto sumiram da Fonte Nova. O melhor de tudo: as camisas tricolores ganharam as ruas. Com muito orgulho, com muito amor.

E por falar em aparecer, a lista de sócios com direito a voto vai finalmente aparecer, após tempos sumida.  Durante este período, também apareceu outra lista, a de funcionários. Eu, particularmente, não conheço ninguém que faça um trabalho honesto e tenha vergonha de dizer onde trabalha. E deve ser um orgulho trabalhar no Bahia, um bicampeão Brasileiro de futebol, esporte de maior mobilização no país.

Como deve ser um orgulho trabalhar no Vitória, na padaria, na escola, no shopping, no escritório ou no consultório. O orgulho está em trabalhar com o que se gosta e ganhar um salário pelo suor ou raciocínio de cada dia. Vergonha (e/ou até crime) é quem ganha em cima da ingenuidade de alguém ou ganha sem merecer, por ação ou omissão, agindo de má-fé.

Hoje será assinado o contrato com a Arena para a Assembleia de Sócios acontecer na Fonte Nova, dia 17. No pleito, com votos dos sócios antigos, porém sob olhares dos novos, será debatido o estatuto. E a partir daí vão nascer os nomes dos candidatos a presidente. Mais que nomes: vão aparecer ideias para o futuro do Bahia.

A eleição, prevista para 24 deste mês, também um sábado, tem chance de ser um marco. É boa a possibilidade de ser através do voto direto e com três ou mais chapas. Muitas chapas, ideias, projetos. E, na teoria, um único objetivo: fazer o Bahia um clube vencedor. O direito à voz já é o primeiro título de campeão.

Coroas

Alex, Seedorf e Forlán fazem sucesso não por que o nível do futebol brasileiro é fraco. Os três foram craques por toda a carreira. O estilo do futebol brasileiro sim os ajuda. Afinal há espaço para jogar, pois poucos clubes marcam por pressão.

A maioria dos jovens jogadores, como Talisca, no Bahia, só joga quando tem a bola. Sem a bola no pé, só assistem. Assistir a um craque jogar é, realmente, a melhor coisa do futebol. Nos últimos anos, Neymar foi o único jovem craque a atuar no Brasil. Qual a diferença dele para Alex, Seedorf e Forlán? Pernas. Os veteranos precisam usar a cabeça para jogar quarta e domingo.


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Fonte: Marcelo Sant'Ana – Correio*

Foto: UTB