A questão das cotas da TV para os clubes
Está em discussão novamente a distribuição das cotas de TV para os clubes do Brasileirão.
Quem recebe mais não quer abrir mão de suas receitas, quem recebe menos deseja uma distribuição mais equitativa, para evitar a espanholização de nosso futebol.
O risco da espanholização não parece real, porque ao contrário dos clubes de menor torcida na Espanha, no Brasil aqueles que não são tão populares como Flamengo e Corinthians têm muito mais torcedores que os espanhóis.
Mas tal realidade não resolve a questão, que é real.
Os dois clubes mais populares do Brasil precisam pensar no negócio do futebol como um todo, como fazem as franquias do basquete na NBA e nas Ligas de futebol que garantem um fundo comum a todos e a divisão acima do fundo de acordo com títulos e audiências conquistados.
Além do mais porque aos clubes mais populares bastará ter competência para explorar seus mercados consumidores maiores para usufruir do que podem render.
Aquilo que é comum, a transmissão dos jogos de um campeonato em que todos participam, deve mesmo ter uma distribuição de recursos mais equitativa.
Com o que, por exemplo, o futebol do nordeste poderia florescer, algo que, parece óbvio, interessa a todo o futebol brasileiro.