Clubes cogitam candidato próprio na CBF; três nomes agradam
Marcelo Sant'Ana, do Bahia; Daniel Nepomuceno, Atlético-MG; Romildo Bolzan, Grêmio - ESPN
Com a possibilidade de banimento de Marco Polo Del Nero pela Fifa, os clubes se articulam para exigir a convocação de novas eleições na CBF caso a sanção ao presidente licenciado da entidade seja confirmada. A princípio, as federações não se mostraram contrárias em consulta. O principal argumento é de que o atual interino, Coronel Nunes, não foi legitimamente eleito para o cargo.
Essa oposição não haveria em caso de continuidade de Del Nero.
Segundo os dirigentes, ainda que "condenável", se ele desejasse cumprir o seu mandato, estaria no seu direito. A situação muda, no entanto, com a manobra que, primeiro, conduziu Marcus Vicente ao seu lugar e depois Coronel Nunes.
Por isso, diante da atual conjuntura, os times cogitam lançar um candidato próprio.
Mesmo embrionário, o movimento conta com três nomes que atraem simpatia: Romildo Bolzan Jr., do Grêmio, Daniel Nepomuceno, do Atlético-MG, e Marcelo Sant'Ana, do Bahia.
Afastado do Corinthians, o deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) não conta com um perfil que agrada à maioria. Segundo o comentarista dos canais ESPN, Juca Kfouri, existe o consenso na CBF de que, em caso de eleição, ele sairá com o apoio do ex-presidente Ricardo Teixeira.
Em conversas informais, é recorrente a pergunta sobre quem deveria ser o representante dos times.
Porta-voz da Primeira Liga, Romildo Bolzan se sobressai inicialmente por seu perfil aglutinador e sua coragem ao propor ideias como a volta do mata-mata ao Brasileiro, dentre outras. A iniciativa em colocar na mesa assuntos que têm como objetivo a melhoria do futebol nacional é reconhecida pelos demais cartolas. Foi prefeito de Osório, interior gaúcho.
Nepomuceno, por sua vez, ocupa hoje a função de coordenador da Comissão Nacional de Clubes dentro da CBF. Com experiência política, conseguiu se desvencilhar rapidamente da imagem de seu antecessor Alexandre Kalil, reconquistou a CND (certidão negativo de débito) e alavancou as receitas.
Enquanto que Sant'Ana foi o responsável por elaborar o esboço de estatuto da associação de clubes que deve ser lançada em breve. Na assembleia que proclamou Coronel Nunes como vice da CBF, ele acabou sendo o único a se posicionar contra no plenário. Meses atrás, foi ainda sondado para o comando da Liga do Nordeste, recebeu outras equipes em Salvador, mas preferiu não aceitar.
O colégio eleitoral da CBF é formado pelos presidentes das 27 federações e dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileiro.
É ventilada a possibilidade de renúncia coletiva dos vice-presidentes da entidade para que, assim, sejam convocadas novas eleições.
Nota Luis Peres @BahiaClub: Uma notícia não se esgota nela própria. Outras devem estar imediatamente associadas para que possamos fazer um juízo de valor.
1 – É bom não esquecer da desastrada entrevista de Fernando Schmidt à Bob Fernandes, no site Terra, quando tentou ‘surfar’ nas palavras da Presidente da República após o famoso 7x1 da Copa do Mundo, quando praticamente vociferou que iria “mudar” o futebol Brasileiro. Schmidt falou, a Presidente mudou seu discurso... O resultado, nós vimos.
2 – É importante lembrar que ‘parceiros’ da CBF estão tentando melar o PROFUT. E Isso não vai terminar bem...
3 – Mais ainda, não podemos esquecer que numa guerra, não é produtivo abrir várias frentes de batalha. Neste momento, a Rede Globo, aliadíssima do status quo da CBF, principalmente em ‘certos negócios’, já partiu para o campo das ameaças.
4 - Ainda sobre isto, coincidentemente, os nomes escolhidos...
Se eu estivesse no lugar de Marcelo Sant’Ana, daria uma de humilde, falaria de 'meu amor pelo Bahia', das necessidades mais imediatas do clube, do trabalho que vem desempenhando e retiraria meu nome desse baba. A corda... Só parte na mão do.... Portanto: ACORDA!
Tenho sempre falado que o Bahia perdeu voz no futebol nacional. Poderia parecer um contrassenso estar afirmando, o que afirmei acima. Mas na política, há uma máxima: ‘TEM A HORA DE BATER E A HORA DE SAIR’.
Neste caso, eu sairia correndo. Pois, quando o Presidente do Bahia olhar para trás, não haverá ninguem a apoiá-lo. Esse é o futebol Brasileiro. Farinha pouca, meu patrocínio primeiro.