Postado por - Newton Duarte

Adailton diz que entrosamento não é problema: “Não é bicho de 7 cabeças”

Zagueiro é candidato a substituir Demerson no jogo desta quarta-feira, contra o Corinthians, em São Paulo, pela terceira fase da Copa do Brasil 2014

A incerteza acerca da participação do zagueiro Demerson na partida contra o Corinthians abriu concorrência no elenco do Bahia. Adailton, Lucas Fonseca e Robson são as opções do técnico Marquinhos Santos para fazer dupla com Titi no duelo desta quarta-feira. O treinador não confirma quem pode ser o titular na defesa. No entanto, Adailton é o defensor com maiores chances de começar a partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil.

Adailton deve substituir Demerson no jogo desta quarta-feira (Foto: Divulgação / EC Bahia)

Robson ainda é jovem. Lucas Fonseca saiu do time em má fase no primeiro semestre e se recuperou recentemente de dores no joelho. Contratado durante a intertemporada provocada pela Copa do Mundo, Adailton une experiência e bom condicionamento físico. O entrosamento seria a grande dificuldade do zagueiro. Ele fez apenas uma partida na equipe tricolor – entrou como substituto de Demerson contra o Atlético-MG, no fim de semana passado. O pouco tempo ao lado dos companheiros de time, no entanto, não é considerado um grande obstáculo pelo zagueiro tricolor.

- Tudo é superável. No momento em que o professor necessitar de minha participação, estarei pronto. Isso se resolve na conversa. Na preparação, trabalhamos de forma rotativa, todo mundo trabalha com todo mundo. Sei como o outro zagueiro funciona, tenho que me adaptar. Não é bicho de sete cabeças. Tem que se comunicar – declarou Adailton.

Caso atue como titular, Adailton não quer colocar pressão sobre Demerson. O pensamento do zagueiro é de ajudar a equipe em primeiro lugar. Metas individuais ficam em segundo plano na avaliação do jogador tricolor.

- Estou aqui para cooperar e não para competir. Um grupo se faz de cooperação. É menos complicado entrar em um time bem formado, bem estruturado. Conseguindo uma sequência de jogos, eu, Lucas, Demerson, Titi, Robson, qualquer um de nós vai conseguir se estabelecer. Tenho que me concentrar em fazer o melhor para o Bahia e o futuro fica nas mãos de Deus e do treinador – comentou.

Experiência

Adailton conhece bem a Copa do Brasil. Formado pelo Vitória e com passagem pelo Santos, o defensor participou outras vezes da competição nacional. Em uma delas, teve o Corinthians pela frente. E as lembranças do confronto não poderiam ser melhores.

- A Copa do Brasil é um campeonato à parte. É uma estrada menos complexa para chegar na melhor competição da américa do sul, que é a Libertadores da América. A primeira parte para jogar uma competição dessa é a experiência. Tem que saber que tem uma segunda partida. O diferencial é o grupo. Em 2004, jogamos contra o Corinthians, tínhamos que vencer. O irmão do Edilson tinha falecido dias antes. Ele quis jogar. Vencemos em casa, 2 a 0. Fiz um gol e acho que o Xavier fez o outro. Todo mundo tem que estar atento, ciente que quando chega o momento não pode estar mais ou menos, independentemente da posição ou do tempo de clube – declarou o zagueiro, lembrando que na ocasião eliminou o Corinthians e avançou para a semifinal da Copa do Brasil.

Para conquistar um bom resultado em São Paulo, Adailton espera utilizar a maior arma do Corinthians em favor do Bahia. O zagueiro reconhece que a torcida alvinegra é o diferencial do time paulista. Mas, os torcedores paulistas podem se virar contra o Timão a depender de como a partida desta quarta-feira transcorra.

- O Corinthians sempre foi uma equipe que empurrada pela torcida causa dificuldade. Houve recentemente o jogo contra o Inter, que fizeram dois gols e depois foram dominados. Quando são inflamados pela torcida, eles respondem. Se contidos, cedem espaços – analisou.

Além de utilizar a torcida adversária como arma, Adailton quer que a partida contra o Atlético-MG sirva de espelho para o Bahia. No Independência, o time tricolor conseguiu sair na frente do placar e por pouco não garantiu os três pontos – a partida terminou em 1 a 1.

- O jogo de sábado o ponto foi importante. Diante das circunstâncias, poderíamos ter conquistado a vitória. Mas foi importante por quebrar a série de resultados infelizes. Contra o Corinthians, é completamente diferente. Não é mais a pontuação que conta. Temos que jogar com inteligência. São duas partidas. Temos que buscar o melhor resultado lá, da mesma maneira que jogamos com o Atlético-MG. Uma vez que a equipe joga com 110%, 120%, criamos dificuldades para qualquer equipe – finalizou.

Origem : Ge.com