Depois de ficar pouco mais de um mês afastado para tratar um estiramento no quadril, o meia-atacante Allione tem buscado readquirir ritmo de jogo. Titular nos dois últimos confrontos do Bahia, contra Moto Club e Galícia, o argentino jogou por 90 minutos contra o Granadeiro, a primeira vez após retornar de lesão.
Embora se veja entrosado com o elenco tricolor, Allione ainda espera chegar ao rendimento físico ideal para sofrer menos com o cansaço dentro de campo.
- Entrosamento eu acho que não [tem problema], porque a gente treina todo dia junto. Nós já fizemos vários jogos. Acho que isso não perdi. O ritmo é claro que, quando fica um tempo fora, vai perdendo um pouco. Às vezes, quando faltam 15 minutos para o final do jogo, como foi no jogo passado, eu senti um pouco cansaço. Mas com trabalho, dia a dia, isso vai melhorando. E daqui para frente é só melhorar - afirma Allione.
O jogador também espera readquirir ritmo de jogo para melhorar a sua principal característica em campo. Solidário, o meia-atacante tem como principal objetivo deixar os atacantes em condição de marcar gols.
- Essa foi sempre minha maior função, tentar dar assistência aos atacantes. É o meu primeiro trabalho, depois fazer gols. Acho que essas coisas eu tenho que melhorar um pouco, como aconteceu no jogo [contra o Moto Club] que eu tentei dar outro passe para ele [Hernane] e acabei perdendo uma chance. É o meu trabalho tentar ajudar o Hernane, Gustavo. Depois, se tiver oportunidade de fazer o gol, converter, porque serve para o time e para mim.
Nesta quarta-feira, Allione vai ter mais uma oportunidade de entrar em campo e servir os atacantes tricolores. Na Arena Fonte Nova, o Bahia enfrenta o Fortaleza pela última rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste. Já classificado para a fase de mata-mata, o Tricolor busca mais um triunfo para chegar à liderança geral da competição e poder decidir em casa os jogos da fase decisiva do Nordestão.
- A gente sabe que é importante conquistar os três pontos. Seria bom para a classificação e pegar, em teoria, um time, não sei se mais fraco, mas leve, e seria bom conseguir três pontos para continuar ganhando jogos, que é importante para a moral do time.
O Bahia enfrenta o Fortaleza às 21h45 (horário de Brasílai) desta quarta-feira. Confira aqui os preços dos ingressos.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Allione:
Frustração com lesão
- Houve muita. Eu tinha feito um bom jogo [contra o Bahia de Feira], estava conseguindo pegar ritmo, confiante. E aí aconteceu que eu machuquei. E depois a minha vontade era voltar mais rápido. E, quando eu voltei, senti de novo. E demorou um pouco mais. Foi difícil, porque assistir de fora é ruim para o jogador. Mas agora estou pensando em jogar, não machucar mais e continuar ajudando o Bahia
Pênalti contra o Galícia
- É o meu jeito de bater. Se você olhar o pênalti que bati antes, na semifinal da Copa do Brasil [pelo Palmeiras], bati forte assim também. É o meu jeito. E graças a Deus pude converter e ajudar o Bahia, porque a gente podia tomar [um gol no] contra-ataque, e o jogo ficaria mais difícil.
Cultura baiana
- Eu gosto da música e acho que é uma maneira legal de interagir com meus companheiros. Às vezes você está no vestiário e alguém está escutando uma música, falando disso, cantando, e, se eu não sei, fico um pouco de fora. Então a gente tem que escutar, e, à medida que escuta, a gente gosta. Gosto de sertanejo, de pagode também um pouco. Alguma coisa assim. Canto, não [risos].
Bandas preferidas
- Escuto muito Henrique e Juliano e Turma do Pagode também um pouco.
Fonte: Globo Esporte