O placar magro de 2 a 1 pode enganar um desavisado sobre como foi o desempenho do Bahia contra o Vasco. Embora tenha ameaçado apertar o rival no final da partida em busca do empate, o Tricolor foi amplamente dominado, principalmente no primeiro tempo, e não fossem as defesas de Jean poderia ter saído do jogo com um placar muito mais elástico.
Fica claro que o desempenho o Bahia também está diretamente relacionado ao número de mudanças feitas na equipe. Preocupado com o desgaste dos jogadores e com a final da Copa do Nordeste diante do Sport, marcada para a próxima quarta-feira, Guto Ferreira decidiu poupar boa parte dos titulares. E a equipe sentiu. Com Juninho, Diego Rosa, Maikon Leite e Gustavo como principais responsáveis pelas jogadas ofensivas, o Bahia pouco conseguiu agredir o Vasco no primeiro tempo.
Na etapa inicial, o Bahia se estruturou para jogar no contra-ataque, no erro do adversário. A transição ofensiva da equipe, porém, foi falha, e as jogadas de perigo do Tricolor se resumiram a lances de bola parada de Juninho.
Para o segundo tempo, Guto promoveu as entradas de Zé Rafael e Allione nos lugares de Diego e Maikon no intervalo. E rapidamente a equipe melhorou de rendimento. Na etapa final, o Bahia não só passou a ter mais a posse da bola e propor o jogo, como levar perigo ao gol de Martín Silva em jogadas trabalhadas. Mas quando se esperava que o Tricolor pudesse dominar a partida, uma falha defensiva da equipe resultou no gol do Vasco, e deixou o jogo totalmente à feição dos mandantes. E aí é um outro ponto que merece observação.
Embora tenha ido a campo com muitos reservas, o Bahia manteve a base defensiva titular, tão elogiada nas últimas partidas. Tiago, Eduardo e Edson vinham de bons jogos com a equipe, mas, neste domingo, mostraram dificuldade para conter o Vasco. Até sofrer o gol, que se originou em cobrança de tiro de meta de Martín Silva, o Tricolor já havia falhado seguidas vezes, principalmente em lances pelo alto. Somente Luís Fabiano, principal jogador de frente do Vasco, teve quatro oportunidades claras de gols. O próprio técnico do Bahia reconheceu os erros do time.
- No primeiro tempo, tivemos bastante dificuldade e os erros não chegaram a ser capitais por causa do Jean e das coberturas do miolo de zaga. Mas o primeiro tempo terminou dentro do planejado, com o empate, para no segundo entrar com peças de frente e tentar surpreender. Quando coloquei as peças e a equipe ganhava corpo, acabamos sendo penalizados com um erro do nosso miolo de zaga, em um chutão do goleiro. Importante que a equipe não se abateu. Esse patamar é importante, de não se entregar nunca. Não conseguimos romper as linhas e tomamos o segundo. Continuamos indo para cima, diminuímos e não conseguimos empatar. Mas erros como o de hoje não podemos repetir na quarta-feira - disse Guto Ferreira.
Se teve um ponto positivo que ficou do Bahia no jogo deste domingo foi o desempenho de Jean. O jovem goleiro do Bahia tem dado boas respostas a desconfiança e mostrado segurança em jogos importantes. No primeiro tempo da partida deste domingo, ele colaborou com grandes defesas para a equipe sair sem sofrer gols. Na etapa final, ainda salvou o time de sofrer um placar mais elástico.
Fonte: Globo Esporte
