Preto Casagrande, por ora técnico do Bahia, precisa trabalhar para resolver um dos principais problemas da equipe hoje: as transições ofensivas. É nítida a dificuldade que os jogadores têm em se organizar para atacar assim que recuperam a bola. Não há um padrão de comportamento. Os atletas tomam decisões equivocadas, o que provoca uma infinidade de passes errados. Foi o que aconteceu no triunfo por 2 a 1 sobre o São Paulo, na Arena Fonte Nova.
Bahia errou 44 passes, contra 49 do São Paulo, de acordo com o Footstats.
Os últimos cinco minutos do primeiro tempo, entretanto, mostraram um alento. O Bahia lembrou o ímpeto do início do campeonato e agrediu o São Paulo com velocidade e objetividade nos lances dos dois gols.
No primeiro, Mendoza saiu da esquerda para o meio, levou consigo o lateral e criou um espaço nas costas dele, ocupado por Rodrigão, que infiltrou e arrastou um zagueiro. O centroavante teve calma para rolar para Régis, que apareceu na pequena área para marcar.
Repare nessa imagem como a equipe paulista coloca todos os seus jogadores no campo de ataque.
Para a sorte da equipe de Preto, o São Paulo tem sérios problemas para construir jogadas e praticamente não assustou, exceto em uma cobrança de falta de Hernanes que Jean defendeu.
O Bahia terminou o jogo com 37% de posse de bola, contra 63% do São Paulo, de acordo com o Footstats.
De tanto martelar, os jogadores do Tricolor paulista cansaram. Foi quando o Bahia enfim conseguiu ficar com a bola para tentar o contra-ataque que mataria a partida, porém faltou o último passe. O próprio Mendoza, melhor jogador em campo, cansou, caso contrário poderia ter feito estrago maior no São Paulo.
Fonte: Globo Esporte