Com seu desligamento do cargo de gerente de futebol do Esporte Clube Bahia na manhã desta sexta-feira (8), Éder Ferrari utilizou uma rede social para se manifestar
Através do Instagram, o ex-dirigente triecolor agradeceu ao clube, exaltou o seu trabalho realizado durante 18 meses e afirmou que a sua saída se deu por pressão.
"Ontem recebi a notícia de que não continuaria o trabalho no meu Bahêa. Sentimento de frustração e, de certa forma, de alívio. Do meu primeiro dia no clube ao último, não houve um minuto sequer sem que pedissem minha demissão. "O que ele faz?"; "Só está por ser amigo do presidente"; "Sanguessuga", etc. Até de mercenário fui chamado. O modus operandi, infelizmente, não muda. Bater de frente com o sistema não é fácil! Fechei a porta do clube para muitos empresários bandidos, que só faziam surrupiar o Bahia. E isso tem um preço. Criaram uma pressão de fora para dentro, venderam mentiras, boatos infundados e levaram torcedores desinformados a acreditar no que não existia. Mas estou tranquilo. O mal por si só se destrói. Vida que segue e tenho certeza que o Bahia vai voltar para a primeira divisão esse ano. O clube e a nação merecem! Trabalhar dessa forma é muito sofrido, desgastante, injusto. Porém, saio com a consciência tranquila e sentimento de dever cumprido. Três palavras resumem esses quase 19 meses no Bahia: gratidão, orgulho e legado. As mensagens de carinho e consternação de pessoas de todos os departamentos do clube provaram isso. Receber ligação de um funcionário do mais alto gabarito, chorando copiosamente pela minha saída, é desconcertante, porém acalenta o coração. Me entreguei de corpo e alma no desafio e deixo o clube em um outro patamar. Claro que não fiz sozinho, mas não posso esconder esses méritos. Vestiário, fisioterapia, preparação física, alojamento, divisão de base, rouparia, DM... Todos esses setores têm meu dedo na reestruturação física. Saíram da Série Z para a Série A. E isso me dá muito orgulho. E não deixo "apenas" patrimônios físicos no clube. Muitos atletas que estavam perdidos, consegui recuperar para o clube. Não preciso citar nomes, mas foram muitos mesmo. Patrimônio! Vida que segue!", escreveu.
Éder Ferrari, que esteve no cargo desde dezembro de 2014, é jornalista graduado na Universidade Jorge Amado e foi repórter setorista do Bahia no Bahia Notícias durante três anos.
Além de Éder, o preparador físico Reverson Pimentel e os atletas Hayner, João Paulo Penha, Danilo Pires e Thiago Ribeiro deixaram o tricolor. O Esquadrão volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro da Série B na próxima sexta-feira (15), contra o Sampaio Corrêa, no estádio Castelão, em São Luís (MA).
Fonte: Bahia Noticias