O técnico Paulo Cézar Carpegiani concedeu entrevista coletiva após a derrota do Bahia para o Sport por 1 a 0, em Recife, neste domingo (19). Para o treinador, o primeiro tempo fraco da equipe tricolor determinou o mau resultado:
Se fizer uma análise geral, não fizemos um bom primeiro tempo. Não ganhamos a segunda bola, tivemos retenção de bola no nosso campo, dificuldades nas penetrações. O time deles teve um pouco de dificuldade, se resumiu a bolas escoradas em cima do Diego Souza e acabou fazendo o gol de lateral e fazendo a diferença no primeiro tempo. Depois entrou o Vinícius, e melhorou bastante, aquilo que eu quero de imposição. E aí dominamos o jogo. Não tivemos muitas oportunidades, mas tivemos um domínio acentuado, muito claro, no jogo. Depois arrisquei mais, tudo, com um centroavante, homem de área, mas aí não deu. Caiu de produção. Paciência. Não somos imbatíveis. Tivemos dificuldades normais. Ganha quem tem mérito. Justiça ou injustiça não existe. Quem faz o gol vence
O treinador disse que o Bahia ainda briga pela vaga na Libertadores. Carpegiani pediu o apoio da torcida para as últimas rodadas, afirmando que o elenco precisa agradar o torcedor:
Que nos apoie. Eu sempre disse que é uma torcida fanática. Já estive em grandes clubes do futebol brasileiro... Essa ansiedade que senti e que existe um pouco da parte do jogador, do nosso time, pode estar atrapalhando um pouco. Tem que ser sem ansiedade, com gana. Temos a obrigação de tentar satisfazer a torcida. Colocamos a possibilidade na cabeça deles, agora a responsabilidade é toda nossa. Vamos tratar de vencer o próximo e tentar nem que seja a Pré-Libertadores, não importa. Temos que fazer nossa parte e ver o que dá no final.
O Bahia caiu para a 10ª posição após a derrota para o Sport, ficando com 49 pontos. O próximo desafio do Tricolor no Brasileirão é a Chapecoense, no próximo domingo (26), na Arena Fonte Nova.
Confira o que Carpegiani falou em entrevista coletiva:
Vinícius no lugar de Juninho
- Porque, naquele momento, eu estava aquecendo Vinícius e Matheus Sales. Naquele momento não estávamos jogando bem, justamente no primeiro tempo, o time tocando a bola na intermediária sem objetividade. Se botasse um volante, não faria diferença nenhuma. Como estávamos com dificuldade na segunda bola, não estávamos conseguindo ter um bom conjunto, uma boa velocidade para chegar, não adiantaria nada. O Vinícius deu toque de bola, qualificação que o meio necessita. Viemos para o segundo tempo impondo o ritmo, um futebol que eu gosto. Mas aí arriscamos mais ainda. Acabei trocando Régis. Tivemos que reestruturar a equipe pela direita com o Zé e compondo o meio, e fazendo dupla de ponta de lança com Régis, Edigar, e Mendoza na esquerda. Melhoramos muito. Mas não foi o suficiente para criar oportunidades. Quando arriscamos, estava lá e cá, mas eles estavam mais perto do segundo gol do que a gente do primeiro.
Mendoza e Jean conversaram sobre as cobranças de falta?
- Não conversei com eles. Tanto pênaltis quanto faltas, eles treinam, você sempre tem dois ou três batedores. Nas palestras, digo que quem está melhor no jogo tem a condição de ser o batedor. Então às vezes quem não está bem... Pode ser o oficial, mas não está bem no jogo, tem que ter consciência de que outro tem que ter a preferência. Vi o Mendoza; o goleiro foi bater e depois voltou, aí já foi sem moral. Os dois batem muito bem. Nem toquei nesse assunto. Mas não tem problema nenhum da minha maneira de ser. Na hora, bate aquele que está melhor.
Pontos fracos do Bahia
- Sou treinador dessa equipe, responsável por tudo que ocorre de bem e mal. Jogador ganha jogo. Estou aqui conversando quando perde. Tenho que dar justificativa sem fugir da verdade. Não atuamos bem no primeiro tempo. É uma coisa que temos iniciado os jogos já há algum tempo dessa forma. Precisa tomar o gol para tentar reverter? Tem que entrar com tudo, não esperar tomar o gol. É um amadurecimento da equipe. Com a sequência de jogos, a cobrança, é que a equipe amanhã vai ter um belo futebol.