Postado por - Newton Duarte

Após espancamento de presidente da Gaviões, CPI volta a reunir organizadas

Marcado para a próxima quinta-feira, na Câmara Municipal de São Paulo, encontro entre os líderes será realizado pela primeira vez após agressão a corintianos

A CPI das Torcidas Organizadas agendou para a próxima quinta-feira (dia 17), na Câmara Municipal de São Paulo, reunião com os presidentes das principais torcidas do Estado. É a primeira vez que os líderes irão se encontrar, depois que o presidente da Gaviões da Fiel, Rodrigo de Azevedo Fonseca, o Diguinho, foi espancado junto com o primeiro-secretário Cristiano de Morais Souza, em um supermercado da Zona Oeste da capital, em frente ao Fórum Criminal.

A comissão presidida por Laércio Benko (PHS), instalada em agosto do ano passado, quer apurar as razões e os autores da agressão aos integrantes da Gaviões. Além de Diguinho, foram convocados os presidentes Ricardo Maia, da Torcida Independente; Anderson Nando Nigro, da Mancha Alviverde; Marcelo Moises Moura Lima, da TUP; Felipe Gomes Lima, da Pavilhão 9; Fábio Fagundes, da Camisa 12; André Azevedo, da Dragões da Real; Flávio Guile, da Leões da Fabulosa; e Denis de Almeida, da Torcida Jovem do Santos.


Estacionamento de supermercado na zona oeste de São Paulo foi palco da agressão a corintianos (Foto: Yan Redende)

Durante a agressão, em 2 de março, Diguinho teve os braços quebrados e traumatismo craniano, enquanto Cristiano teve alguns dentes quebrados. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. A delegada Margarete Barreto não descarta nenhuma hipótese, mas suspeita de que o crime tenha sido cometido por uma torcida organizada rival. Ambos já prestaram depoimento, mas disseram que não serem capazes de reconhecerem os autores. Para Paulo Castilho, promotor do Ministério Público de São Paulo, a investigação está perto de ser concluída.

– Nós vamos pegar os autores, pode escrever. Logo vocês ficarão sabendo – disse Castilho, na última sexta-feira, em entrevista ao GloboEsporte.com.

A Câmara Municipal de São Paulo instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito das Torcidas Organizadas para investigar as causas da violência entre torcedores e as possíveis soluções para o problema na cidade de São Paulo.

O presidente da CPI, Laércio Benko (PHS) disse que convidou para a primeira reunião, marcada para a semana que vem, o comandante do 2º Batalhão de Choque da capital. Também deverão ser convidados ao longo dos 120 dias de funcionamento da CPI presidentes de torcidas organizadas e representantes dos clubes e federações.