Clubes reclamam, e CBF deve acabar com desconfianças e 'entregadas' na Copa do Brasil
Sport viveu o dilema no ano passado - Getty
Em reunião do conselho técnico na última segunda-feira, clubes reclamaram de um artigo do atual regulamento da CBF que fala sobre a participação na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil. De acordo com a regra que funcionou até o ano passado, um time que se classifique para as oitavas de final do campeonato nacional não pode disputar o torneio continental, ainda que tenha conseguido a classificação.
O resultado final, com isso: antes das oitavas da Copa do Brasil, as diretorias tinham que avaliar o que valia mais a pena, e a opção de 'entrega' da partida era muitas vezes cogitada, embora nem sempre de forma assumida. A desconfiança ficava sempre no ar.
No encontro da última semana, a CBF se comprometeu a fazer alterações no regulamento para esta temporada. Conforme ficou combinado, haverá uma nova regra que obrigará os clubes a escolherem até o dia 31 de dezembro qual campeonato vão participar, evitando o desdém com o duelo nacional.
Campeão da Copa do Nordeste no ano passado, o Sport chegou a enfrentar esse dilema na última temporada.
"Ainda não sabemos como faremos na Copa do Brasil. Até porque, infelizmente, no Brasil, você ganha uma competição (Copa do Nordeste) e tem que perder (na Copa do Brasil) para conseguir algo. Então, não sabemos como agiremos", afirmou na época, o técnico Eduardo Bapstista, revelando conversa com o vice de futebol rubro-negro, Sergio Kano, em que foi repassada a ordem para priorizar a Sul-Americana.
Em 2013, as suspeitas ficaram em cima de Ponte Preta, Coritiba e Náutico.
As vagas do torneio continental são distribuídas da seguinte forma: para o campeão da Copa do Nordeste, para o campeão da Copa Verde e para os seis melhores colocados da edição anterior do Brasileiro, tirando aqueles que vão disputar a Copa Libertadores da América.
Outras mudanças devem aparecer nos regulamentos neste ano, após a reunião da CBF. Um preço mínimo de R$ 40 foi fixado para a venda de ingressos no Campeonato Brasileiro, por exemplo. Outra alteração foi a inclusão do Fair Play Financeiro Trabalhista e a incorporação de uma medida da Fifa para punir clubes que tenham dívidas, tanto com outros times quantos com jogadores.