Postado por - Newton Duarte

As ideias do candidato Rui Cordeiro

Eleições no Bahia: conheça as ideias e propostas de Rui Cordeiro

Série de entrevistas do Correio* com os candidatos à presidência do clube começou. Sábado tem Fernando Schmidt

Por que o candidato se considera preparado para assumir o Esporte Clube Bahia?
Eu sou um candidato que vem participando das lutas pelo Bahia. Fiz o projeto Grande Bahia em 2008 e agora fiz um projeto Gestão Profissional com uma equipe do curso em gestão de futebol em São Paulo. Já fui candidato duas vezes. Os outros dois candidatos apareceram surpreendentemente. Um era pessoa fora de cogitação e outro nunca pensou em ser candidato. Sou o candidato natural. A torcida sabe que tenho passagens pelo clube e sou intimamente ligado ao clube.

É possível desenvolver um trabalho em um ano e meio?
Não é o ideal, porém é possível. Vamos trabalhar resolvendo os problemas de imediato, deixando as soluções para os problemas que não sejam tão imediatos para o futuro presidente. Agora, não vamos nos omitir em nenhum problema.

Quais as propostas para até o final do ano? E quais os planos para 2014?
Vou separar essa pergunta por partes. Área financeira: vamos sanear as dívidas. Procurando todos os credores, verificando se são dívidas reais, auditando essas dívidas. Porém, ao mesmo tempo, nós vamos procurar investir. Na área jurídica: vamos revisar todos os contratos existentes, ver as cláusulas abusivas e as cláusulas que estão prejudicando o Bahia. Na área do futebol: vamos reduzir o quadro de jogadores que estão aí ociosos, procurar encaixá-los em outros clubes do Brasil ou de fora quando possível. Outra coisa que vamos desenvolver é o psicológico da equipe. Os jogadores e o técnico estão passando por um ano muito difícil. Seis meses iniciais de uma catástrofe da administração de MGF... Depois, dois meses de intervenção. São oito meses e uma semana de estado anormal. As divisões de base, nós vamos procurar imediatamente ver o CT de Dias D’Ávila, para levarmos de imediato os profissionais. Para isso, vamos contratar um gestor de alto nível. Será uma pessoa com curso de relações humanas. Talvez o Bahia inaugure um ciclo na Bahia de relação jogador da base e o clube. Os jogadores e as famílias vão interagir como clube.

Se você for eleito, como fica a relação com sua atividade atual?
Eu tenho muitos sócios que desenvolvem a maioria do trabalho. Eu sou, digamos assim, o condutor. A pessoa que coordena. Isso eu vou fazer no Bahia. O presidente será o grande coordenador. Vamos trabalhar com executivos equilibrados. Aproveitar os bons que existem e vamos trazer novos qualificados. Para trabalhar no Bahia, o RH vai ter que analisar o currículo. Meus sócios me liberaram para eu tratar do Bahia.

Como fica a composição do departamento de futebol?
Nesse primeiro momento, não vamos mudar os profissionais. Quanto à contratação de novos profissionais, em 2014 vamos modificar a atuação do Bahia. Vai ter uma filosofia de jogo para qualquer partida. Joga em Salvador, Porto Alegre, Alagoinhas...Ocupar os espaços, ter o domínio da bola, ser um time competitivo. Não interessa o adversário. O Bahia vai jogar como jogam os grandes do mundo: igual em qualquer campeonato, qualquer jogo, contra qualquer adversário. O processo de mudança vai ter que ser incorporado por funcionários e atletas. Eles vão saber que estão num clube aberto, que vai exercer liderança no futebol brasileiro.

Meta do programa de sócios...
Vamos criar o sócio infantil, de 0 a 11 anos, vamos criar o sócio juvenil, de 12 a 16 anos. Em 2009, protocolei uma ação para eleições diretas. Em 2010, protocolei um pedido de renúncia do presidente Marcelo Guimarães Filho. Há alguns meses, muitos que são candidatos estavam se reunindo para salvar o mandato de Marcelo Guimarães Filho. O próprio vice-presidente da chapa de Schmidt estava lá.

Como enxerga esse período de transição no clube?
Foi necessário porque a administração passada era catastrófica. O Bahia estaria à beira da insolvência se continuasse sendo administrado dessa forma. Me candidatei para isso. Para retirar esses maus dirigentes. Só que o sistema eleitoral antigo não permitia ninguém se eleger. Só se fizesse parte da cartilha dos poderosos. Eu rezo na cartilha do torcedor do Bahia.

Pretende fazer auditoria nas ações da gestão passada?
A auditoria será tanto da gestão passada como contínua. A minha gestão vai ser auditada até dezembro de 2014. E vamos publicar o balancete mensal das contas. Todo mês, o sócio terá no seu boleto o balancete, e na internet para analisar receitas e despesas.

Vai propor a mudança do estatuto para passar mais tempo à frente do clube?
A mudança do estatuto está prevista para ser realizada pelo presidente que seja eleito no dia 7. As cláusulas a serem propostas serão apresentadas pela diretoria. Serão abertas. Todo sócio poderá apresentar uma proposta. Nós da diretoria não vamos apresentar proposta de alteração do calendário eleitoral e nem do período de mandato do presidente. Seria antiético.

Uma mensagem pra torcida...
Peço ao torcedor que compare os candidatos, principalmente o candidato do governo. Rui Cordeiro é empresário, Schmidt é político. Rui Cordeiro quer ser presidente. Schmidt quer ser, palavras dele, interventor-presidente. Rui Cordeiro quer sanear e investir. Schmidt se propõe a sanear as dívidas do Bahia. Vamos criar a Fundação Esporte Clube Bahia para gerir as divisões de base. Esse talvez será o projeto mais importante da minha gestão. Rui Cordeiro nunca foi omisso em relação a MGF. Schmidt totalmente omisso a MGF. Comparando é que se vai verificar quem é o melhor para o Bahia. O torcedor não pode votar em pessoas que se omitiram a vida inteira na defesa do Bahia. Apareceram agora para assumir a presidência em função de uma conjuntura de uma intervenção. Não precisei de intervenção pra ir à luta. Lutei e vou continuar lutando em defesa do Bahia.


Fonte: Miro Palma – Ibahia

Foto: Reprodução/Facebook