Interventor do Bahia confirma realização de assembleia geral
Carlos Rátis faz um balanço sobre os 30 dias de intervenção no tricolor
Há exatos 30 dias, completados nesta sexta-feira, 9, o Bahia sofria o processo de intervenção deflagrado pela Justiça. A decisão revogou o mandato do presidente Marcelo Guimarães Filho e dos 300 nomes que compunham o conselho deliberativo, entregando a gestão do clube ao mediador Carlos Rátis, auxiliado por uma equipe de outros três membros (confira abaixo a entrevista com o interventor).
Sem período determinado, a missão de Rátis é convocar novas eleições presidenciais no Bahia. A Assembleia Geral de sócios, que definirá a data do pleito, foi confirmada na quinta, 8, para 17 de agosto, às 9 horas da manhã, na Arena Fonte Nova.
Outro passo concreto dado na quitna foi que o interventor conseguiu definir a lista dos filiados ao clube que poderão votar na Assembleia Geral. Serão até 728 nomes aptos (alguns ainda passaram por uma nova triagem). O número foi obtido após 22 dias de recadastramento dos antigos associados.
"Conseguimos concluir esta etapa, que era definir o colégio eleitoral do clube. Agora vamos organizar as condições da Assembleia, que vão sim acontecer", disse o interventor.
A reportagem obteve a informação que os novos sócios terão chance de votar já nesta Assembleia do dia 17. Isto porque, baseado na Lei Pelé, o número de sócios do clube precisa ultrapassar dos candidatos a cargos no conselho deliberativo. Para duas chapas são 800 nomes postulantes e, no momento, o clube conta apenas com 728 sócios aptos.
"Esta é uma das possibilidades que estamos estudando", admitiu Rátis.
As eleições presidenciais no clube estão previstas para o dia 24. O pleito, conforme a reportagem de A TARDE antecipou, deve ter pelo menos cinco nomes na disputa (o radialista Antônio Tilemont; o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio; o secretário de governo Fernando Schmidt; o vereador Euvaldo Jorge e, talvez, o próprio presidente destituído Marcelo Guimarães Filho).
Investigação do MPF
Na última terça, o funcionário Raimundo Vieira, contador do Bahia, foi convocado pelo Ministério Público Federal para depor sobre uma investigação sigilosa que corre sobre o clube.
O próprio interventor Carlos Rátis também já foi intimado a depor na sede do órgão, no bairro do Doron, na última segunda-feira. Perguntado sobre seu depoimento, Rátis não confirmou nem desmentiu a notícia, e disse que está impossibilitado de falar sobre o assunto.
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Fonte: André Uzêda – A Tarde
Foto: Edilson Lima | Ag. A TARDE