Jorge Avancini fala com exclusividade para o EI sobre o novo plano de sócios
O diretor de mercado do Bahia também comentou assuntos como patrocínio
Jorge Avancini é entrevistado com exclusividade pelo Esporte Interativo (Foto: Site Oficial EC Bahia)
Quando o atual presidente Marcelo Sant’Ana ainda era apenas um candidato ao cargo, ele já falava em fazer com que o programa de sócios do clube fosse o carro-chefe do mandato. Em fevereiro, ainda no início do triênio, o mandatário do Tricolor contratou o diretor de mercado, Jorge Avancini. Com uma excelente passagem pelo Internacional, onde elevou o número de sócios a mais de 100 mil, o dirigente chegou para um desafio no Esquadrão.
Com um novo plano de sócios prestes a ser lançado pelo Tricolor, o Esporte Interativo foi atrás de Avancini para que ele pudesse explicar melhor como vai funcionar a iniciativa. Além disso, o diretor de mercado falou também sobre patrocínio e os desafios do novo plano de sócios. Confira:
O que o novo plano de sócios traz de melhoria para o torcedor?
“O novo plano de sócio do Bahia tem, como principal objetivo, facilitar a vida do sócio do Bahia. Um dos pontos que eu identifiquei aqui é que o plano existente não facilitava e não dava prioridade ao sócio. Então, o que nós vamos buscar é facilitar a vida do sócio, para que ele possa se sentir beneficiado ao ter acesso ao estádio, às promoções e à compra de ingressos, coisas que hoje não acontecem. O sócio, hoje, tem praticamente a mesma forma de tratamento do torcedor comum”
Qual é a ideia para, se não chegar aos cem mil do Internacional, pelo menos aumentar o atual no Bahia?
“Primeiro temos que mostrar ao sócio, à medida que ele vai se relacionando com o clube, que ele tem vantagens. E a vantagem não é preço. A vantagem é no serviço, oferecer um serviço adequado, rápido e que ele se sinta confortável. Depois a gente oferece um plano de benefícios, que são os convênios, com diversas empresas, em que ele estando em dia passe a ganhar desconto e, se ele fizer o cálculo, pode até ganhar mais do que o quanto paga. E o que temos que fazer é sempre dar preferência para o sócio, como o jogo do Internacional na quarta-feira que teve 100% de sócios e quem não era sócio não conseguiu ingresso para o jogo”
Qual é o maior desafio para manter os sócios; fazer com que os que não estão em dia se tornem adimplentes; e atrair novos?
“Mudar a consciência, mudar a cabeça do torcedor. O Bahia vem sofrendo há mais de 20 anos sem nenhum título importante e eu acho que a torcida desestimulou um pouco. Então nós vamos tentar resgatar a autoestima do torcedor, resgatar essa paixão que o torcedor tem pelo Bahia e que ele acredite. Nós não vamos ganhar sempre. Mas vamos tentar manter o torcedor motivado e, principalmente, valorizado para fazer com que ele entenda que o sócio não apenas vai ao jogo. O sócio pode participar do dia a dia, da vida do clube, fazer parte dele. E fazer parte dele é contribuindo com a sua mensalidade, votar para presidente, vai ter acesso às promoções e privilégios que ele consegue na medida em que está no quadro social. O grande desafio é quebrar a cultura antiga e trazer ao torcedor essa confiança para ele se associar e fazer com que o time seja competitivo. Então uma receita alta do plano de sócios possibilita um time de acordo com o que recebe do plano de sócios”
O senhor é diretor de mercado do Bahia e também trata sobre patrocínios. Como andam as negociações para um patrocinador master?
“Em quatro meses aqui nós trouxemos três patrocinadores novos: 99Taxis, Central Nacional Unimed e a Guaramix. Renovamos com a Canaã Alimentos e Tim. Considerando a crise no mercado e a grande concentração do eixo Rio-São Paulo, nos falta apenas o patrocínio master na camisa. E apesar das condições difíceis, de ter sido rebaixado no ano passado, são poucas as marcas que querem se associar a um time e a gente conseguiu isso. O patrocínio master do Bahia é o nosso sócio. Ele é o master. Se o torcedor colocar na cabeça que o patrocínio master é ele e que cada um, no pagamento em dia da mensalidade, o Bahia vai ser cada vez mais forte e cada vez mais competitivo”
Desde que o senhor assumiu, houve um aumento no número de sócios?
“Quando eu cheguei o Bahia tinha 4.700 sócios em dia e hoje já estamos com quase sete mil entre sócios novos e que ficaram em dia. É claro que o resultado em campo ajudou, as chegada nas duas finais e o avanço para a terceira fase da Copa do Brasil. Hoje o Bahia tem o ataque mais positivo das Séries A e B. O Bahia já marcou praticamente mais gols do que toda a temporada passada. Então eu acho que o trabalho de quatro meses é duro e os resultados já estão aparecendo. Agora só falta o torcedor comparecer com a sua parte, que é se associando e se mantendo em dia. Até porque ninguém faz milagre sozinho, por isso é um time. Time são várias pessoas em um objetivo comum. E o nosso objetivo é que o Bahia volte a ser protagonista”