Postado por - Newton Duarte

Bahia 2x2 ABC :: Raio-X: Jogo; Gols; Ficha Técnica; Notas; Scout e a Programação

Empate na Fonte Nova complica Bahia e decreta o rebaixamento do ABC

Tricolor vacila outra vez em casa e desperdiça chance de colar nos quatro primeiros colocados da Série B. ABC mostra valentia, mas vai disputar a Série C em 2016

Frustração é apenas umas das palavras que podem ser usadas para definir o sentimento de Bahia e ABC após o empate em 2 a 2, na Arena Fonte Nova. Basta olhar a tabela e executar contas simples para entender o motivo. O resultado da partida, disputada na noite desta terça-feira, deixa o Tricolor ainda mais longe do acesso e rebaixa o Mais Querido para a terceira divisão do futebol nacional. Uma noite melancólica, para ser esquecida por baianos e potiguares.

A três rodadas do fim da Série B, o Bahia é o sétimo colocado e está distante três pontos do quarto colocado, o Santa Cruz. Vencer na próxima rodada, contudo, não é o suficiente para voltar ao G-4, já que o Tricolor baiano tem número de triunfos inferior ao dos pernambucanos. O ABC, que ocupa a 18ª posição, tem 29 pontos, 11 a menos do que o Ceará, primeira equipe fora da zona do rebaixamento. Restam apenas nove pontos em disputa.

O ABC volta a campo na sexta-feira. A equipe encara o Mogi Mirim, às 21h (horário de Brasília), no Frasqueirão. Depois de dois jogos em casa, o Bahia sai para encarar o Boa Esporte no sábado, às 17h30, no Municipal de Varginha.

Gols, insatisfação e vaias na Fonte

O Bahia entrou em campo “mordido”, como se diz na gíria. Era nítido que a derrota diante do Santa Cruz, nessa mesma Arena Fonte Nova, ainda mexia com o brio dos jogadores. Para não dar nova chance ao azar, os donos da casa partiram para cima. Com um minuto, Roger já perdia grande chance de abrir o placar. Convivendo com o fantasma de um rebaixamento dado como certo, o ABC não se intimidou com a pressão e tentou chegar pelo lado esquerdo de ataque, aproveitando espaços entre o lateral Cicinho e Gabriel Valongo. Mas foi mesmo o Tricolor que balançou as redes. Kieza, sempre ele, aproveitou boa jogada de Eduardo e abriu o marcador. O gol deu uma acalmada no ânimo dos baianos, que praticamente pararam de jogar. Melhor para a equipe potiguar que, com cada vez mais espaço, passou a incomodar. O empate veio com Pingo, que acertou um belo chute de fora da área. 

O gol do ABC dividiu os torcedores. Enquanto alguns tentavam apoiar, outros não poupavam nas vaias. O principal alvo das queixas foi o lateral Cicinho, que não gostou e fez um gesto com as mãos como quem diz: “Podem vaiar mais”. A atitude enfureceu a torcida, que continuou pegando no pé do atleta. Até o técnico Charles, que tentou defendê-lo, foi vaiado. Dentro de campo, o Bahia não fazia por merecer outro gol, mas acabou marcando com Roger, aproveitando outra assistência de Eduardo. A alegria do torcedor do Bahia durou pouco. Valente, o Mais Querido chegou novamente ao empate com Bismark, que recebeu de Ronaldo Mendes, driblou o goleiro e mandou para as redes, isso aos 41 minutos. Ao final da primeira etapa, vaias. Muitas vaias.

Fim de jogo melancólico na Fonte

A alegria do torcedor do Bahia começou antes de a bola rolar, quando o placar anunciou a troca de Cicinho por Railan. Embalados pelos gritos de “Eu acredito!”, o time da casa tentou pressionar, porém sem o mesmo ímpeto do primeiro tempo. Ainda assim, o Tricolor criou ótimas oportunidades. A primeira em uma cabeçada de Roger que Saulo fez grande defesa. A segunda, uma chance de tirar o fôlego da torcida. Tiago Real puxou contra-ataque e passou para Maxi. O argentino, sozinho, invadiu a área e deu um toque por cima do goleiro. A bola saiu caprichosa pela linha de fundo. O desespero ofensivo do Bahia, que muitas vezes atacava sem organização, deixava espaços. E o ABC mantinha o contra-ataque engatilhado. O que faltava era um pouco de capricho no momento de definir a jogada. Reginaldo desperdiçou ótima chance de virar o placar após passe de Romarinho. A tônica do jogo não mudou. O Bahia atacava desordenadamente. O ABC não tinha pernas para aproveitar os espaços e matar o jogo. E assim foi até o apito final de Heber Roberto Lopes. Um fim de jogo melancólico para baianos e potiguares.

                Bahia

x

                ABC

Campeonato Brasileiro 2015 • Série B

Dia: Terça-feira

Data: 10/11/2015

Horário: 20hs30 (SSA)

Rodada: 35

Local: Salvador-Ba

Estádio:Arena Fonte Nova

Público Total:

Público Pagante: 9.283

Renda:  R$ 159.353,50

ARBITRAGEM

Árbitro

Heber Roberto Lopes - SC (FIFA)

Árbitro Assistente 1

Kleber Lucio Gil - SC (FIFA)

Árbitro Assistente 2

Carlos Berkenbrock - SC (ESP-1)

CARTÕES AMARELOS

Bahia

Cicinho

ABC

Pingo, Marcílio e Jandson Chiclete

CARTÕES VERMELHOS

Bahia

ABC

GOLS

Bahia

Kieza 7’ e Roger 39’ 1º T

ABC

Pingo 26’ e Bismark 41’ 1º T

ESCALAÇÃO

Bahia

Douglas Pires; Cicinho (Railan), Gabriel Valongo, Gustavo e Vítor Costa; Yuri, Tiago Real e Eduardo (Alexsandro); Maxi Biancucchi, Kieza e Roger (Rômulo)

Tecnico:

Charles Fabian

ABC

Saulo; Reginaldo, Adriano Alves, Sueliton (Luizão) e Marcílio; Rafael Miranda, Fábio Bahia, Jandson Chiclete (Ednei) e Ronaldo Mendes; Pingo (Romarinho) e Bismark

Técnico:

Sérgio China

RELACIONADOS

Bahia

Goleiros – Douglas Pires e Omar

Laterais – Cicinho, Juninho, Railan e Vitor

Zagueiros – Gabriel, Gustavo, Jaílton e Robson

Volantes – Gustavo Blanco, Pittoni, Souza e Yuri

Meias – Eduardo, Rômulo, Tchô e Tiago Real

Atacantes – Alexandro, Jeam, Kieza, Maxi e Roger

ABC

Goleiros: Saulo e Gilvan

Laterais: Ednei, Reginaldo e Marcílio.

Zagueiros: Suéliton, Adriano Alves, Luizão e Marlon.

Volantes: Fábio Bahia e Rafael Miranda.

Meias: Chiclete e Ronaldo Mendes.

Atacantes: Bismark, Romarinho, Artur, Jones, Pingo e Rafael Silva

NOTAS

A atuação individual dos Atletas, Técnico e Arbitragem

Douglas Pires – Não teve culpa nos gols sofridos. Lamento ver o atleta, vendido pelo sistema defensivo em muitos lances, ser reiteradamenete responsabilizado em jogadas impossíveis. Nota 5

Cicinho – Estranhamente, e não entendemos o motivo, Charles colocou Tiago Real aberto pela direita, como se fosse para dar suporte ao lateral. Cicinho, ciscou por 5 minutos e sumiu. Porém,  sob os apupos da plateia, não produzia. Foi substituido. Nota 4

Railan – Melhor aguardar seu retorno para 2016 e utilizá-lo como mascote nas três partidas restantes. Foi pior que Cicinho. Nota 3

Gabriel Valongo – Sofreu mais uma vez com a armação do Sistema defensivo do Bahia. O meio estava entregue apenas a Yuri, que não tinha como dar conta sozinho. Contudo, ficou em linha com Gustavo mais de uma vez, como no gol sofrido contra o Botafogo. Arvóra-se ofensivamente com alguma eficiência nas bolas altas. Nota 5

Gustavo – Reitero os termos destinados à Gabriel Valongo. Perdeu um gol sob as traves. Nota 5

Vítor Costa – Ofensivamente, não rendeu no 1º tempo. O Bahia só atacou pela direita. Defensivamente, estava sozinho e sem apoio. Eduardo subia e não voltava. No 2º tempo, após as substituições feitas no Esquadrão, tentou aparecer no ataque. Mas, continuou sozinho. Nota 4

Yuri – Sacrificado no meio-campo. Tinha que marcar sozinho. Tiago Real jogava de ponta-direita não fazia a recomposição. Junto com Valongo e Gustavo, cometeu o mesmo erro de posicionamento ocorrido no gol sofrido contra o Botafogo. Uma cópia. Nota 5

Tiago Real – Jogou de ponta-direita a maior parte do jogo. Isso fez com que aparecesse, mesmo sem eficiência. Não sabe marcar, nem faz muita força para isso. Sumiu no 2º tempo. Sabe lamentar os resultado das partidas. É o “lamentador” oficial. Nota 5

Eduardo – Teve liberdade para jogar diante da frouxa marcação do ABC. Fez duas assistências, e mais um belo passe para Roger. Não volta para marcar, nem com uma escopeta apontada para ele. Sua falta de pró-atividade é atávica. Pelo que fez, Nota 7

Alexsandro – entrou pela direita tentando trazer velocidade ao time. Ciscou, mas não conseguiu. O time já estava entregue e sofria com os contra-ataques. Estreia. Não há o que falar Nota 4

Maxi Biancucchi – Não está bem tecnicamente. Atravessa uma fase terrível. Não produz, e o pouco que acha, conclui com ineficiência. Nota 4

Kieza – Fez o que sempre faz: Deixa o dele na rede. Muito esforço, mas não joga sozinho. Nota 6

Roger – O “João-bobo”. Cai e levanta em todas as jogadas. Mostrou esforço e luta. Parece meio sem ritmo. Entra em luta corporal com a bola, parecendo ter mais pernas que os outros. Fez um gol. Estranhamente foi substituido quando o time deveria ir para o abafa. As coisas Bahia não se explicam. O treinador disse que ele agradeceu a substituição. (Como assim? Faltou gás?) Nota 6

Rômulo – Está mais perdido que cego em Água de Meninos. Falta de técnica não é. Como pode o jogador ser destaque na Seleção e desaprender no Bahia? Quem está errado ou quem está “o” errando? Já está de partida? Boa sorte jovem, em sua carreira! Nota 4

Charles Fabian – Montou um 4-3-3 clássico que variava perigosamente para um 4-1-1-4, numa nítida demonstração que subestimava o adversário. Mesmo com Tiago Real e Eduardo mais abertos, as laterais ficaram tão vulneráveis quanto a entrada da área. O ABC deitou e rolou entrando pelo corredor que existia entre os laterais e o volante. Isso obrigava a que os zagueiros se adiantassem. Assim nasceu o 2º gol do Elefante potiguar. A defesa esteve linha várias vezes. Tomou um gol exatamente igual ao que sofreu do Botafogo. Com as substituições, ficou impossível entender o que pretendia. Virou um bumba-meu-boi. Quando o time precisou fazer o “abafa”, Roger, o homem para cabeceio, já havia saído para a entrada de um baixinho, que não era Romário. Para o Treinador, Nota 3

Arbitragem – Apesar do Bahia não ter vencido os últimos quatro jogos, tendo na Arbitragem o Sr. Heber Roberto Lopes, nesta partida o trio não influiu no resultado da partida. Nota 6

O Melhor: Eduardo. Mesmo precisando apresentar mais dinâmica e pró-atividade

Menção Honrosa: Kieza. Sempre deixa o dele

O Pior: Cicinho. Além de não jogar nada, ainda desafiou a torcida colocando a mão no ouvido, como se a desafiasse a vaiar mais.

Menção Negativa: Marcelo Sant’Ana, o Sumido. Num momento de dificuldades, tendo uma torcida que mantém uma média de quase 18000 pagantes por jogo, demonstrou fazer jus à sua 2ª carteira de trabalho “assinada” pela ESFINGE (pelo menos parece, né?), demonstrando uma subserviência extrema, não reinvidicando uma drástica redução dos preços dos ingressos para esta partida.

Extrajogo:

Caras de pau: Continuamos achando que Charles foi escolhido para servir de anteparo aos problemas graves que o clube vem passando. Será um “saco-de-pancadas”. Alias, a Diretoria do Bahia é pródiga em apontar “culpados” para suas próprias “culpas”.  – “Culpados, são sempre os outros!”. Quando vencem, a Diretoria e seus asseclas aparecem. Quando perdem, somem até conseguir coragem para usar enfadonhamente MGF como desculpa (toda vez é isso) e poderem apontar o dedo para alguem. Acredita quem quer.

Charles: o Advogado das causas perdidas. Charles pediu para que os torcedores parassem de vaiar Cicinho. Não adiantou. Ele passou a ser cobrado pela torcida

Porrada... Porrada... O Repórter Luiz Brito, quando em sua aparição no programa Os Donos da Bola Bahia, da Rede Bandeirantes de Televisão, Alegando o Constituicional direito de preservar a fonte, afirmou que nos vestiários do Bahia ocorreram cenas de pugilato. Procuremos olhos roxos e os ausentes da próxima partida.

SCOUT

A atuação dos Atletas em números

[**SCOUT**]

Programação

O Bahia agora enfrenta o BOA Esporte fora de casa; Onde? Ninguém sabe

Após mais um fiasco do Bahia na Arena Fonte Nova, diante de sua sofrida Torcida, o Esquadrão voltará a campo no próximo sábado(14), às 16hs30, em Varginha(MG), no Estádio Dilzon Melo, contra o BOA Esporte.

A partida está sub-júdice diante de um mandado de garantia impetrado pelo clube que possui o mando de campo, e que havia negociado com a Cidade de Aracaju para que a partida fose realizada naquela cidade.

Até o momento desta publicação, não havia sido julgado o pleito legal ao STJD.

Confira a Programação

Quinta-feira (12) - 16h: Treino, Fazendão;

Sexta-feira (13) - 08h: Treino, Fazendão;

Sábado (14) - 16h30: Jogo contra o Boa Esporte, Dilzon Melo;

Domingo (15) - Folga.