Festa e tensão: Bahia joga com Fonte Nova lotada contra um Flu em agonia
Atual campeão precisa vencer e torcer por outros resultados para evitar o rebaixamento. Garantidos na elite, baianos querem fechar ano com vitória
Festa e tensão, alegria e desespero. O duelo de tricolores entre Bahia e Fluminense na tarde deste domingo, às 17h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, será uma mistura de emoções. Já garantidos na Série A em 2014, os baianos querem terminar o ano com vitória diante de sua torcida - praticamente todos os ingressos já foram vendidos. Do outro lado, os cariocas tentam evitar um vexame nunca visto: o campeão brasileiro cair no ano seguinte.
E a situação do Fluminense, com 43 pontos e na 18ª posição, não é nada fácil. Segundo o matemático Oswald de Souza, o risco de rebaixamento é de 80%. Além de vencer o Bahia, o Tricolor precisa ainda torcer por tropeços de Vasco e Coritiba, que enfrentam Atlético-PR e São Paulo, respectivamente.
O Bahia conhece bem o desespero do adversário. Até a última semana, viu de perto a ameaça de queda, mas o triunfo contra o Cruzeiro eliminou qualquer risco. Com a permanência na elite do futebol nacional garantida para 2014, a equipe treinada por Cristóvão Borges luta para terminar o Brasileiro na metade de cima da tabela de classificação.
Bahia: Cristóvão Borges fechou os treinos durante a semana e escondeu da imprensa a escalação titular. O treinador, no entanto, não tem muito o que ocultar. O time deve ser praticamente o mesmo que venceu o Cruzeiro no último domingo, com os reforços de Obina e Feijão, que voltam de suspensão. A equipe baiana deve ir a campo com Marcelo Lomba; Rafael Miranda, Titi, Demerson e Raul; Feijão, Fahel, Anderson Talisca e Marquinhos; William Barbio e Fernandão.
Fluminense: Dorival Júnior abriu mão do mistério antes da última e decisiva partida do Brasileiro. Desde a última quinta-feira, o comandante trabalhou com a mesma equipe titular nos treinamentos. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Digão deu lugar a Wellington Silva na lateral esquerda. A única dúvida é entre Kennedy e Rafinha. O Fluminense deve ir a campo com Diego Cavalieri, Igor Julião, Gum, Leandro Euzébio e Wellington Silva; Edinho, Jean e Wagner; Biro Biro, Kennedy (Rafinha) e Rafael Sobis.
Bahia: Wallyson reclamou de dores no tornozelo na última semana, não treinou e dificilmente estará em campo. Outra dúvida é o zagueiro Lucas Fonseca, que se recupera de um estiramento muscular, além do volante Hélder.
Fluminense: Fred e Carlinhos, com lesões nas coxas, estão fora da temporada e só retornam em 2014. Bruno, com pubalgia, é outro fora da partida, assim como Marcos Júnior, machucado. Diguinho e Valencia, com lesões musculares, também estão fora, enquanto Michael segue suspenso pelo STJD. Rhayner, com contrato perto do fim, foi informado que não fazia parte dos planos para a próxima temporada e sequer viajou para Salvador.
Leandro Pedro Vuaden (RS) apita o jogo, auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Rafael da Silva Alves (RS). O árbitro já atuou em 20 partidas neste Brasileiro, sendo uma do Bahia e duas do Tricolor carioca. Ele tem média de 3,2 cartões amarelos aplicados e já expulsou três jogadores. Vuaden já marcou dois pênaltis e assinala 33,8 faltas em média. O campeonato tem média de 4,3 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 34,7 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.
Bahia: livre do risco de rebaixamento, a equipe joga diante de sua torcida para comemorar mais um ano de permanência na elite. Atuar em casa, para o Bahia, significa ter mais possibilidades de pontuar - são 28 pontos em casa, contra 20 como visitante. No entanto, o retrospecto de mandante é apenas o 16º no Brasileiro. Teve sete duelos contra cariocas, com três vitórias, dois empates e duas derrotas.
Fluminense: precisando desesperadamente da vitória e secando os rivais Coritiba e Vasco, o Flu terá que passar por cima do péssimo rendimento que possui como visitante (24%). Na história do confronto contra o Bahia, desde a unificação do Brasileiro, em 1968, o Tricolor carioca leva vantagem, mesmo fora de casa: seis vitórias, nove empates e cinco derrotas. Contra os nordestinos, o Fluminense se deu bem no Brasileiro. Em cinco jogos, foram três vitórias, um empate e só uma derrota.
Em jogo pelo Campeonato Brasileiro de 1990, Bahia e Fluminense se enfrentaram nas Laranjeiras, mas o fato de jogar em terreno inimigo não diminuiu o ímpeto do Tricolor baiano. Comandado pelo técnico Candinho, venceu por 4 a 1 em partida válida pelo primeiro turno, com gols de Gil Sergipano, Luiz Henrique, Charles e Naldinho. Os cariocas marcaram com o zagueiro Alexandre Torres.
Fonte: GE.COM
