Postado por - Newton Duarte

Bahia precisa de aproveitamento de G-4 para não cair

Na ponta do lápis: Bahia precisa de aproveitamento de G-4 para não cair

Tricolor precisa vencer cinco e empatar uma das dez partidas restantes na Série A. Time treinado por Gilson Kleina terá sequência dura nas próximas semanas

A época de fazer contas para se salvar começou no Fazendão. Na 17ª colocação da Série A com 30 pontos, o Bahia precisará de pelo menos mais cinco vitórias e um empate nos dez jogos restantes do Brasileirão para atingir a pontuação considerada ideal para evitar o rebaixamento. Na reta final da competição, será necessário ao time de Gilson Kleina um aproveitamento de aproximadamente 53%, índice semelhante ao dos clubes que lutam por uma vaga no G-4.

No caminho para alcançar os 46 pontos, o Bahia terá rivais em extremos opostos na tabela. O Tricolor enfrentará quatro times que lutam por uma vaga entre os quatro primeiros da tabela e cinco adversários diretos na briga contra a zona de rebaixamento. Lodo de cara, a equipe treinada por Gilson Kleina terá uma sequência dura. Nas próximas semanas, enfrentará São Paulo, Atlético-MG e Internacional, que estão na parte de cima da classificação e mantêm aspirações ao título.

O Bahia poderá aproveitar o fator casa para tentar conquistar parte dos 16 pontos necessários para se salvar. O Tricolor terá cinco partidas em Salvador pela frente – duas delas contra equipes que tentam se afastar do Z-4. O time baiano, contudo, precisará contrariar os atuais números que possui como mandante. Nos 14 jogos em seus domínios pelo Brasileiro, o Bahia obteve cinco triunfos, três empates e seis derrotas, aproveitamento de 42%, que sequer passa perto do que o time precisa para evitar a Série B.

Bahia terá cinco jogos na Fonte Nova para tentar pontuar e evitar o rebaixamento

Além dos números desfavoráveis em casa, o Bahia precisará superar o histórico recente. Nas últimas dez rodadas do primeiro turno, o Tricolor conquistou apenas nove pontos. Dos times que se encontram no Z-4, apenas o Criciúma foi pior, com sete pontos. O Coritiba entrou no segundo turno com dez pontos conquistados em dez jogos, e o Botafogo com 13.

Além dos problemas dentro das quatro linhas, o Bahia também tem sérios obstáculos nos bastidores. O clube completou dois meses com salários atrasados e a insatisfação provocou uma reunião a céu aberto entre jogadores e o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, na última semana.

- No futebol, você resolve fazendo resultado. Isso que estou passando para eles. Mas também não vou ser demagogo e dizer que cada situação não mexe com nosso emocional. Todos nós sabemos a situação. Temos que administrar. Acredito muito nas pessoas que estão resolvendo a situação. Mas também é inegável: depois dessa reunião, só se fala nisso. Estamos administrando da melhor maneira possível. Tentamos colocar para as famílias que as coisas vão acontecer. É ter tranquilidade para voltar às vitórias. Muitos clubes estão passando por essa situação. Espero que nossos problemas a gente possa solucionar. Só conseguindo o resultado vamos pegar mais força. Estou administrando a cabeça deles, para correr pelo Bahia, deixar o Bahia na Primeira Divisão. É importante a parte financeira, mas quem está dentro do jogo foca só no objetivo da vitória – comentou Gilson Kleina no último domingo, após a derrota para a Chapecoense na Arena Fonte Nova.

No Campeonato Brasileiro do ano passado, o Bahia chegou à 29ª rodada na 14ª colocação, com 36 pontos. Treinado por Cristóvão Borges, o time conseguiu alcançar a pontuação necessária para evitar o rebaixamento na 37ª rodada, ao vencer o Cruzeiro no Mineirão. Nos dez últimos jogos do Brasileiro de 2013, o Tricolor conquistou 12 pontos.

Jogos do Bahia na reta final do Brasileiro