Postado por - Newton Duarte

Bahia pretende assumir a Arena Fonte Nova?

Bahia pretende assumir a Arena Fonte Nova?

Antes de qualquer coisa, creio ser primordial relembrar algumas questões:

1 – A UTB – União Tricolor Bahia, com o site torcidabahia.com, surgiu como um grupo ideológico que objetiva tão somente, dentro de seu ponto de vista, o melhor para o Esporte Clube Bahia.

2 – Jamais houve qualquer interesse político ou econômico nas coisas do clube.

3 – Somos apenas Torcedores

4 – Tivemos defecções ao longo do tempo por inúmeros motivos: De apenas não querer mais participar, passando pela sanha incontrolável de ascensão a cargos diretivos no Tricolor, terminando pelo simples fato do cidadão apenas ter o direito de exercer a posição de PERU no mundo. Foi melhor assim.

5 – Jamais seremos adesistas oportunistas, ou críticos contumazes. Para qualquer posicionamento haverá uma explicação.

6 – Não estamos atrelados a qualquer grupo de poder político ou econômico que orbite as hostis tricolores e assim nos manteremos. Empresários, fofamente chamado pelos dirigentes de "Investidores" então... Nem pensar! Para nós, são predadores.

7 – Propositadamente SETE. Seria fácil, muito fácil, manter um site chapa-branca, concordando cegamente com tudo, bajulando o poder e gozando de suas benesses. Haja vista isto ser comportamento corrente de alguns. Camisas, Ingressos... Informação veraz não se compra. Talvez, por isso, sem ter noção do que é RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, independente de posicionamento, os veículos de informação do Esporte Clube Bahia, não respondem às questões básicas formatadas por nós. Que continue assim...

Contudo, agora penetrando na questão ora proposta expomos nosso pensamento:

A Arena Fonte Nova é administrada por um consórcio formado pela OAS e a Odebrecht.

Ambas generosas doadoras de campanhas políticas de todas as ideologias e matizes.

O contrato de 30 ou 35 anos formata uma PPP – “Parceria” Público Privada, a nosso ver absolutamente leonina aos interesses republicanos do Estado, onde os favorecidos empreiteiros não terão prejuízo de nenhuma forma. Haja vista, ter uma cláusula de “equilíbrio econômico-financeiro” que obriga o poder público a cobrir os eventuais prejuízos.

Partindo desta premissa, e observando um suposto “ato jurídico perfeito” já mencionado, qual o interesse das empreiteiras em abandonar tal negócio?

E mais ainda: como o Bahia, sem qualquer expertise, capacidade financeira, ou estrutura poderia administrar tal patrimônio?

Não sei se coincidentemente, após o início da Operação Lava-Jato, temos visto o interesse de “administradores” de Arenas querendo devolver o “direito adquirido”. Vide o Maracanã, onde um dos participantes do já enfadonhamente mencionado Consórcio é a responsável pela administração do empreendimento esportivo.

Por aqui, uma conversa sobre isso, a esta “altura do campeonato”, soa estranho e muito perigoso. O Bahia pode estar entrando numa “roubada”, como diriam os antigos. Usando seu “nome” para algo que seria inexplicável e injustificável.

Que a Operação Lava-Jato nada tenha a ver com isso.

Que o Bahia não entre nessa “roubada” para não sair molhado. O clube não tem estrutura para tanto.

Dr. Sidônio, a quem consideramos um gênio agregador de pessoas e negócios, só para lembrar, detém as contas publicitárias do Governo Estado e da Arena Fonte Nova e, dizem “estar fora” das decisões do Bahia. Será?

Que depois não digam que não avisei...

Na terra das Lavagens, como as do Bonfim e do Rio Vermelho, ter uma, logo numa Fonte Nova seria uma ironia do destino.

Em tempos de escassez nos recursos hídricos, temos certeza que dinheiro não suporta água.

Tudo acaba sendo uma piada pronta.