Bahia treina; Obina fala de rebaixamento e apoio da torcida
Elenco iniciou a preparação para enfrentar o Grêmio
Na manhã de forte calor em Salvador, o elenco do Bahia se reapresentou e treinou no Fazendão. A equipe iniciou a preparação para enfrentar o Grêmio, partida que acontece no próximo domingo (03), às 16 horas (Horário da Bahia), na Arena do Grêmio.
Pela primeira vez em três meses o técnico Cristóvão Borges terá uma semana para poder armar a equipe. A última vez que isso aconteceu foi entre os jogos contra o Flamengo (31 de julho) e Atlético/PR (07 de agosto).
Os jogadores que atuaram mais de 45 minutos no último jogo participaram de um trabalho regenerativo na academia do clube, com o professor Vitor Gonçalves.
Já os atletas que não jogaram e os que atuaram menos de um tempo contra o Atlético/PR, desceram para o campo.
No gramado, os preparadores Rodrigo Poletto e Anderson Gomes aplicaram um intenso treino físico com os atletas. Em seguida, Cristóvão e os auxiliares Sebastião Rocha e Cassiano de Jesús comandaram um treino técnico com bola.
O único titular contra o time paranaense que treinou no campo foi o goleiro Marcelo Lomba, que trabalhou fundamentos da posição, com Ricardo Palmeira e Maurício Aguiar.
O meia Marquinhos, que sentiu dores no músculo posterior da coxa direita na partida de domingo, fez tratamento no departamento médico. O atleta fará exame de imagem hoje à tarde para saber se há lesão.
Outro que tratou na fisioterapia foi o atacante Wallyson, que ainda se recupera do estiramento na coxa.
Após os trabalhos, o grupo foi liberado e se reapresenta nesta quarta-feira (30), às 09 horas, quando treina novamente no Fazendão.
Confira o vídeo do treino desta terça-feira:
Experiente no assunto, Obina projeta meta para fugir do rebaixamento
Atacante, que já caiu com Vitória e Palmeiras, acredita que três vitórias e um empate livram o Bahia da degola. Ele projeta chegar aos 47 pontos
Toda reta final de temporada é a mesma coisa. Brasileirão pegando fogo, jogos decisivos e clima de final de campeonato. Para uns, briga pelo título ou por vaga na Libertadores. Para outros, luta incessante contra o rebaixamento. O Bahia se encaixa no segundo grupo. Desde que voltou à elite do futebol nacional, em 2010, o Tricolor não teve vida fácil: são três anos consecutivos lutando para fugir do temido Z-4.
O flerte perigoso com a zona da degola deixou o elenco tricolor esperto. A sete rodadas do fim da Série A, os jogadores já sacaram do bolso suas calculadoras e começaram a projetar o número de pontos necessários para se manter na competição em 2014. Atualmente com 37 pontos e ocupando a 15ª posição, o Bahia precisaria de três vitórias e um empate para afastar de vez o perigo, de acordo com as contas de Obina. Autor do gol do empate em 1 a 1 com o Atlético-PR no fim de semana, o atacante fala sobre o momento vivido pela equipe baiana.
– É complicado. A gente sabe que é difícil. É um campeonato que está muito igual, então é lógico que rebaixamento tem que passar pela cabeça. Na colocação em que a gente está, precisamos de três vitórias e um empate. Temos três jogos dentro de casa, então é pensar que são os jogos das nossas vidas. Fora de casa, temos que tentar um bom resultado. Essa rodada foi boa, porque afastamos um pontinho (de Vasco e Ponte Preta, clubes que abrem o Z-4). Mas temos que ter consciência de que isso ainda é pouco – avisa.
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Obina projeta meta de pontos para o Bahia escapar do rebaixamento
Caso alcance a meta estipulada por Obina, o Bahia conquistaria dez pontos em sete jogos, chegando aos 47 ao fim da competição. A projeção faz sentido. De 2006 para cá, ano em que o Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos com 20 clubes, nenhum time que alcançou os 47 pontos caiu para a Série B. O ponto de corte máximo foi em 2009, quando o Coritiba foi rebaixado com 45.
Obina chegou ao Bahia no início desta temporada e, portanto, não vivenciou o drama tricolor em anos anteriores. Mas isso não faz dele inexperiente quando o assunto é rebaixamento. Em 2004, o atacante caiu com o Vitória, grande rival do Bahia. No ano passado, porém, a dor mais profunda: ele foi rebaixado quando vestia a camisa do Palmeiras, clube que, meses antes, havia conquistado a Copa do Brasil.
– O [rebaixamento] do Palmeiras foi pior, porque eu cheguei quando já não podia ajudar muito. No momento em que estive em campo, dei o meu melhor e ajudei o Palmeiras. Foi muito sofrido, porque tínhamos acabado de ganhar a Copa do Brasil e logo depois nós éramos apontados como o pior time do Brasil. Foi complicado, mas é passado. Eu tenho que viver esse presente com o Bahia. Quando a gente está fora da zona do rebaixamento, a gente acha que não vai cair. Mas quando entra, fica complicado. A gente tenta fazer a jogada e não vai. Simplesmente não consegue – afirma Obina, para quem o fato de ter sido rebaixado duas vezes dá mais motivação para tentar evitar um novo fracasso.
– Tenho muito mais vontade de evitar [o rebaixamento]. Não é bom para ninguém. É uma situação difícil. Você volta para casa desesperado, apesar de ter feito o seu melhor, porque você sabe que deixou muita gente triste. E se tem uma coisa que eu não gosto é de deixar as pessoas tristes. O que pudermos fazer para evitar o rebaixamento, temos que fazer, principalmente se doando mais dentro de campo. A gente pode fazer isso. Não é à toa que nós já ficamos entre os seis primeiros colocados nesse Brasileiro. Nesse momento difícil, todo mundo tem que se empenhar para tirar o Bahia dessa situação. O grupo está unido e vai tentar fazer isso – promete o atacante.
A primeira das próximas sete finais que o Bahia terá pela frente acontece neste domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Se quiser somar os dez pontos, o Tricolor terá que quebrar a série de quatro jogos sem vencer. Dos últimos doze pontos disputados, o time conquistou apenas um.
Para Obina, esse é o momento de se doar ao máximo para tentar livrar o time do rebaixamento. E se precisar sair de campo carregado...
– Temos que nos dedicar o máximo. Se precisar sair de maca, a gente vai sair. Tem que ser dessa maneira. Procurar força onde tiver para tirar o Bahia dessa situação – finaliza.
'Sem mágoa': Obina pede que torcida apoie o Bahia na Arena Fonte Nova
Na luta contra o rebaixamento, atacante pede paciência. Ao time, Obina cobra 'espírito' do Ba-Vi para voltar a vencer no Campeonato Brasileiro
O Bahia vive um jejum de vitórias no Campeonato Brasileiro. Nos últimos quatro jogos do Tricolor na competição, foram três derrotas e um empate. Apenas um ponto conquistado. O último triunfo da equipe de Cristóvão Borges aconteceu contra o Vitória, por 2 a 0, na Arena Fonte Nova, na 27ª rodada do Brasileirão.
Foi justamente contra o maior rival uma das melhores apresentações do Bahia na temporada. Depois daquele jogo, surgiu a esperança era de que o time emplacasse, mas não foi o que aconteceu. Quem faz essa avaliação é o atacante Obina.
– Depois do Ba-Vi, o que todos nós mais pensávamos é que o time iria deslanchar. Precisávamos daquela vitória, só que depois a gente deixou a desejar. Deixamos de fazer as coisas que estávamos fazendo, principalmente as coisas que fizemos no Ba-Vi. Todo mundo sabe que pode dar mais um pouquinho mais. O espírito tem que ser aquele do Ba-Vi – afirma o atacante.
Com 37 pontos, o Bahia ocupa a 15ª posição e briga contra o rebaixamento. Daqui até o fim do campeonato, serão mais sete jogos, sendo quatro fora de casa e três na Arena Fonte Nova. Segundo as contas do atacante Obina, serão necessários mais dez pontos para escapar da degola.
Por isso, o jogador pede o apoio da torcida tricolor nos jogos dentro de casa. Para Obina, essa é a hora de guardar a mágoa dentro de casa e incentivar o time durante os 90 minutos.
– Dentro de casa, nós temos que vencer. A gente vai para o jogo e acha que o torcedor vai ter paciência. O que a gente mais espera, pede e implora é que [o torcedor] jogue com a gente. Vá ao estádio. Se tem mágoa com alguém, deixe de lado, porque o que está em jogo é a camisa do Bahia. Eu falei logo quando cheguei, que toda vez que eu entrar em campo, vou me doar o máximo. A gente entra com essa responsabilidade grande, então tem que ter sabedoria, saber que não pode deslizar, pisar na bola - avisa.
Mas não será nessa rodada que a massa tricolor poderá apoiar o time. Pelo menos não dentro do estádio. Neste domingo, o Bahia viaja até Porto Alegre, onde enfrenta o Grêmio, na arena gremista. O confronto está marcado para às 17h (horário de Brasília). No entanto, no dia 9 de novembro, o Tricolor volta à Arena Fonte Nova: pela 33ª rodada da Série A, o Bahia recebe o Atlético-MG.
Fonte e Fotos: ECB e Rafael Santana/GE.COM