Postado por - Newton Duarte

Bom de bola, melhor na Escola: Rendimento da garotada cresceu em 2015

Atletas na escola

Rendimento da garotada cresceu em 2015

BASE 05

Fazer gols, ser aplaudido pela torcida e um dia ser convocado para seleção é o objetivo milhares de jovens atletas. Treinar e participar de jogos também compõe este leque de desejos. Mas para o Bahia, em 2015, os futuros talentos tiveram que mostrar mais do que isso. Também foi preciso comprometimento com os livros.

Os atletas das categorias de base do Tricolor, alojados no Fazendão e com idade escolar obrigatória, também tiveram que mostrar serviço dentro da sala de aula. Caso contrário, o que acontecia na escola poderia interferir diretamente nas quatro linhas. Ou seja, uma coisa estava diretamente ligada à outra.

Um dos exemplos desta mudança de filosofia foi visto em novembro. Era dia da decisão contra o arquirrival, porém jogadores da equipe sub-17 foram liberados para realizar provas no colégio, no turno da manhã, e só assim ficar à disposição do treinador Edson Fabiano para o clássico no Barradão.

O trabalho realizado nas categorias de base rendeu frutos no final do ano, ainda que ainda não seja o resultado desejado pelo clube. Mais de 91% dos atletas do Esquadrão, dentre os 59 que residem no CT, encerraram o ano participando normalmente das atividades escolares. Além disso, quase 40% dos meninos passaram direto, enquanto o restante aguarda o fechamento das notas do ano letivo.

Este último número, comparado-se a 2014, representa um aproveitamento quase 15 vezes maior.

“A valorização, o entendimento sobre sua importância e o investimento na educação feito pelo Esporte Clube Bahia vêm se tornando um instrumento indispensável à formação dos novos atletas. Além de atender à legislação vigente (ECA e Lei Pelé), mostra o compromisso social do clube com os jovens ao possibilitar a eles, além da formação esportiva, uma formação cidadã, ética e libertadora. O conhecimento liberta, cria possibilidades, lança-lhes alternativas em caso de não serem bem sucedidos nesta carreira, distanciando-se, assim, do futebol retificador de  seres humanos”, disse Alessivânia Mota, assistente social do Esquadrão.

Além dela, o setor dispõe do psicólogo Rafael Ramos e as mães sociais Aline Castro e Livia Simões.