Postado por - Newton Duarte

Brasil fica em 6º na final por equipes do Mundial de Ginástica

Brasil fica em 6º na final por equipes do Mundial de Ginástica

A China conquistou a medalha de ouro pela sexta vez consecutiva

Após se classificar pela primeira vez para a final da disputa masculina por equipes, o Brasil conseguiu um resultado ainda melhor e inédito nesta terça-feira ao assegurar a sexta colocação no Mundial de Ginástica Artística, que está sendo realizado em Nanning, na China, fazendo história.

Composta por Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto, Lucas Bitencourt e Sérgio Sasaki, a equipe do Brasil somou 263,262 pontos, o que a deixou à frente da Suíça, a sétima colocada, com 257,293, e da Alemanha, a oitava, com 256,160.

Equipe Brasileira Mundial de Ginastica em Nanning (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)

Equipe Brasileira Mundial de Ginastica em Nanning

A China conquistou a medalha de ouro pela sexta vez consecutiva, dessa vez com 273,369 pontos e uma vantagem mínima para o Japão, que levou a prata, com 273,269. O pódio foi completado pelos Estados Unidos, com 270,369 pontos, na terceira colocação. A Grã-Bretanha, em quarto lugar, com 269,170, e a Rússia, com 266,503 e na quinta posição, foram as outras equipes que ficaram à frente do Brasil.

O melhor desempenho do Brasil foi no salto, quando Diego, Sasaki e Nory conseguiram, somados 45,532 pontos, o resultado que deixou a equipe em quarto lugar na primeira rotação. Sasaki, aliás, teve o melhor desempenho entre todos os competidores, com 15,566 pontos.

Depois, nas paralelas, a equipe somou 43,199 com Chico, Bitencourt e Sasaki e caiu para a quinta posição. Em seguida, na barra fixa, o Brasil foi representado por Nory, Chico e Sasaki, somou 42,666 e ficou em sexto lugar, posição que seria mantida nos aparelhos seguintes.

No solo, Sasaki, Nory e Diego fizeram 44,699 pontos. Chico, Bitencourt e Sasaki somaram 43,000 no cavalo com alças. Depois, Chico, Sasaki e Zanetti competiram nas argolas e conquistaram 44,466, sendo 15,633 de Zanetti, o terceiro melhor desse aparelho. E isso garantiu o sexto lugar para a equipe masculina do Brasil em Nanning.

Apesar da histórica sexta colocação, este ainda não foi o melhor desempenho da história do Brasil em uma disputa por equipes, afinal, no Mundial de 2007, o time feminino ficou na quinta colocação. Já o melhor desempenho da equipe masculina era o 13º lugar, obtido no ano passado.

RESPEITO PELO BRASIL

Principal nome do Brasil na ginástica artística na atualidade, Arthur Zanetti acredita que o resultado desta terça-feira fará com que a ginástica brasileira passe a ser ainda mais respeitada. “O Brasil conquistou o respeito do mundo duas vezes. Primeiro, por conseguir a classificação para a disputa de medalhas e, depois, por conquistar esse resultado maravilhoso. Mostramos ao mundo que é preciso abrir o olho porque o Brasil está aqui”, disse Zanetti.

Na sua avaliação, a disputa também funcionou como preparação para os companheiros que vão disputar finais individuais em Nanning nos próximos dias. “E essa final ainda serviu de treino para as próximas, no individual geral (Sérgio Sasaki e Arthur Nory) e por aparelhos (Sérgio Sasaki, no salto, e Diego Hypólito, no solo)”, afirmou.

O próprio Zanetti vai participar de uma final, a das argolas, marcada para o próximo sábado, a partir das 4h20 (horário de Brasília). Na disputa por equipes, o campeão olímpico e mundial do aparelho conseguiu a terceira melhor nota (15,633 pontos), atrás do chinês Yang Liu (15,900) e do russo Denis Abliazin (15,800). O brasileiro avaliou que poderia ter conquistado um resultado melhor.

“Achei que os juízes foram muito rigorosos. Depois da classificatória, pegamos os detalhes que podiam ser melhorados e consertamos. Minha série foi boa, cravei a saída e pensava que minha nota seria próxima de 16,000, mas foi 15,633. Mas faz parte. É uma competição e tenho de seguir agora para fazer uma boa apresentação na final”, disse. O Mundial de Ginástica Artística prossegue nesta quarta-feira em Nanning com a disputa da final feminina por equipes, sem a presença do Brasil.