Postado por - Newton Duarte

Bruno Paulista e adesão ao PROFUT nas palavras de Marcelo Sant'Ana; Ouça

Precisa melhorar como homem, justifica Sant'Ana saída de Bruno Paulista

Por ser visto como uma das principais promessas do Bahia nos últimos anos, a venda de Bruno Paulista chegou a ser criticada pela torcida tricolor. Porém, o presidente do clube, Marcelo Sant'Ana, na manhã desta quarta-feira (28), em entrevista à rádio Metrópole, justificou a negociação.

"Bruno é um bom jogador e tem qualidades muito importantes para um atleta. Agora, ele tem questões que precisa melhorar como homem para ser um atleta maior", disparou o mandatário tricolor sem dar detalhes ou confirmar possíveis desentendimentos do jogador com treinador e/ou elenco.

Sant'Ana chegou a subestimar a importância do jovem para o time. "Em oito meses, Bruno nunca se firmou como titular, nem em sua posição (volante) e nem na lateral esquerda, onde atuou por diversas vezes".

Apesar de entender as críticas dos torcedores em relação à venda, o presidente afirmou que o negócio foi satisfatório para o clube e ajudou a equilibrar as contas. "Em janeiro, o Bahia tinha um déficit de R$ 8 milhões e a com a venda de Bruno, a gente conseguiu sanar e hoje estamos com as contas em dias. Pagamos até 13º salário antecipado", explicou.

Ainda assim, o cartola revelou que o clube tem uma dívida de R$ 167,5 milhões, o que motivou o Bahia a aderir o Profut, programa de refinanciamento das dívidas fiscais proposto pelo governo. "Temos a necessidade de aderir ao Profut e teremos uma parcela de R$ 185 mil mensal".

Profut

Os clubes que optarem pelo programa proposta pelo governo terão um prazo de até 240 meses para parcelar suas dívidas. Os valores mensais terão desconto de 50% nos dois primeiros anos, 25% no terceiro e quarto anos, e 10% no quinto ano do parcelamento. O valor descontado neste período, entretanto, entram no valor restante a ser pago.

Ao aderir, o valor do passivo dos clubes terá 70% de descontos nas multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. Já com os descontos previstos, o valor total da dívida a ser paga pelos 20 maiores clubes de futebol do país é de R$ 1,6 bilhão, segundo levantamento do especialista em gestão financeira Amir Somoggi.