Logo após ser confirmado no cargo na tarde desta quinta-feira (5), o técnico Paulo César Carpegiani deu a sua primeira entrevista no comando do Bahia. O treinador assinou contrato até o fim da temporada e foi apresentado à imprensa por Marcelo Sant'Ana, presidente do clube.
Carpegiani assumiu o cargo após a demissão de Preto Casagrande. O experiente treinador tem a missão de evitar o rebaixamento para Série B. O Bahia é o 13º colocado do Brasileirão, com 31 pontos, mas está apenas um ponto a frente do Z-4.
Na entrevista, Carpegiani falou que não teme esse "grande desafio", e que não se assusta com a tabela complicada que o Bahia terá pela frente.
Satisfação, desafio que eu não tenho receio de tomar a frente. Tive algumas possibilidades de ir a determinados clubes, para ir para o exterior e clubes da Primeira Divisão. Do futebol brasileiro, não aceitei. Agora estou no meio de um grande desafio. Não tenho receio, tenho grande confiança no grupo. Temos uma tabela difícil, mas todos têm. Temos que pensar jogo a jogo. Vamos entrar em uma competição decisiva. Doze times estão numa mesma situação. Estamos com uma tabela difícil, mas nada que assuste. Estamos com alguns problemas para resolver, alguns jogadores por força contratual não podem jogar contra o Palmeiras, outro lesionados. Não conheço alguns jogadores, vou ter a oportunidade de conhecer pessoalmente
Carpegiani preferiu não estipular metas para as próximas quatro partidas, preferindo pensar jogo a jogo. O Bahia terá pela frente Palmeiras, Corinthians, Flamengo e o rival Vitória.
Não quero pensar meta nenhuma. Quero jogar com eles, colocar o time dentro de uma posição em que possa se impor jogo após jogo. Não quero falar nenhuma outra coisa. O que eu quero é jogo após jogo. E a partir daí nós vamos estar revendo essa situação. Tem muita gente igual na tabela. Temos vários jogos importantes, e vamos pensar jogo após jogo. Pode me perguntar tudo sobre o Palmeiras, vou responder, depois outro jogo
Com outras propostas de clubes do Brasil e do exterior, Carpegiani afirmou que não teve dúvida em aceitar o convite do Bahia.
Quando o Bahia entrou em contato comigo, não tive dúvida. É um grande desafio, mas não tenho receio algum. Tenho muita confiança daquilo que vi na televisão. Eles têm que provar para mim que pensei errado, que tenho convicção de que eles não vão me decepcionar. Apesar de que você ver uma coisa, trabalhar é outra. Mas o que eu vi me dá seriedade para trabalhar no Bahia
Carpegiani irá estrear como técnico do Bahia contra o Palmeiras, daqui a exatamente uma semana, no dia 12 de outubro, em São Paulo.
Veja o que mais Carpegiani falou na sua primeira coletiva no comando do Bahia:
Receita para o sucesso
- Exercitar. Eu tenho essa ideia, sei o que poderá estar faltando para corrigir. Uma das coisas fundamentais no futebol é compactação. Mas é fácil falar. No mundo todo, poucos clubes têm, é um estágio difícil de ser atendido. Não vou trancar treino de vocês. Um ou outro vou fazer fechado. Não vou dizer time, vocês vão ver. Vão ver minha maneira de trabalhar. Vão ver como eu vou tentar acertar um pouco, corrigir algumas coisinhas que estão faltando.
Preto Casagrande continua no Bahia?
- Preto entrou em contato comigo. É muito familiar, conheço seu pai. O Preto, a minha esposa foi busca-lo na concentração do Vasco da Gama. O Preto pode ter a permanência aqui, uma segunda chance. E na mesma posição o [Maurício] Copertino. Gosto dos profissionais. Para estar no clube, ele tem que ter capacidade. Não sou eu que vou tirá-lo. Gostaria que ele estivesse presente.
Salvador da pátria?
- Acho que todos os treinadores estão como salvadores da pátria. Tem muitos na mesma situação, muito embolado. O segundo turno é mais difícil que o primeiro, as equipes estão acertadas e, por isso, se consegue alguns resultados inesperados, como uma equipe de menor expressão ganhar de clubes que brigam pelo título. Temos condição de fazer o nosso melhor e pensar jogo após jogo. Nós temos que superar isso e responder a nossa torcida com atuações convincentes e dar tranquilidade a eles.
Contrato só até o fim do ano
- Fico até o final do ano, porque o presidente tem eleição no final do ano. Espero que tenha esse prosseguimento. Veio comigo meu filho Rodrigo, que trabalha comigo. Espero que Preto e Copertino fiquem.