Nesta quinta-feira (7), o Bahia perdeu por 1 a 0 para o Paraná, em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro. Com a terceira derrota seguida, o Tricolor é o vice-lanterna da competição e ainda não pontuou fora de casa. O técnico interino Cláudio Prates concedeu entrevista coletiva após a partida e acredita que o Bahia fez um bom primeiro tempo, superior ao Paraná, e poderia até ter aberto o placar. Porém, a equipe caiu de rendimento na segunda etapa:
Primeiro tempo teve postura boa, jogo de igual para igual. Tivermos chances de sair vitoriosos. Não me agradou o segundo tempo. Deixamos o Paraná crescer, é um time que tem imposição aqui dentro, um gramado que não ajuda. Então, no âmbito geral, saí muito triste pela derrota. Segue a vida. Já tivemos uma cobrança grande no vestiário e a partir disso aí temos que ter um pouco mais de garra, de ânimo
Cláudio Prates explicou a mudança no time titular para a partida. O interino escalou três volantes: Gregore, Elton e Flávio.
[A ideia era] Liberar os três da frente [Zé Rafael, Élber e Vinícius]. A gente está sem a posição do 9, por isso dois volantes muito móveis. Andou no primeiro tempo, mas realmente o segundo tempo atrapalhou um pouco. Isso complicou, mas mesmo assim fiquei satisfeito. A gente se preocupa, achando que fica defensivo, mas na minha opinião não.
Cláudio Prates falou sobre a situação ruim do Bahia, que está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O interino admitiu sua parcela de culpa, mas acredita que ela tem que ser dividida com os jogadores:
Obviamente nosso desejo era vir e buscar bom resultado. Tempo de trabalho é fundamental para qualquer treinador. A gente está com pouco tempo para treinar. Isso dificulta muito a gente, mas não pode ser desculpa. O jogador tem que ter a sua parcela também, e não só o treinador estar na mira. Isso tem que ser um pouco mais dividido. Assumo minha parcela, mas isso tem que ser assumido e encarara com naturalidade. Domingo a gente espera reverter isso.
O Bahia volta a jogar neste domingo (10), contra o Botafogo, na Arena Fonte Nova, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Confira o que Cláudio Prates falou em entrevista coletiva
Apoio da torcida contra o Botafogo
- Outo time na mesma situação que o Paraná. Não vem de um bom jogo, a gente também não, só que em casa a gente conta com o apoio da torcida. A gente não tem nada a lamentar nas nossas atuações em casa. Não foi possível hoje, mas em casa a gente sabe como, tem o apoio da torcida e confiança de todos.
Próximo jogo
- Amanhã a gente tem que estar voltando para casa, fazer um treino no sábado e esses mesmos jogadores precisam estar aptos para domingo. É longo o campeonato, e a gente sabe que pode dar mais.
Time sem Régis e cobrança no vestiário
- O campo. São coisas que prejudicam o Regis. Regis é de velocidade. Por exemplo, Zé é um jogador de força, mas teve dificuldade, imagine para Régis. Então, a ideia era colocar mais um cara de articulação e dois atacantes. Obviamente eu tinha que me lançar um pouco mais ao ataque. Allione poderia articular por dentro. São três jogadores de velocidade que a gente poderia chegar. Esses atletas tentaram, continuam motivados. Existiu uma cobrança muito boa no vestiário porque ninguém está satisfeito com a atuação.
Três volantes
- Primeiramente a gente estava sem opções de atacante e durante a semana treinamos para poupar o Élber, o Zé e Vinicius. A gente poderia fazer esse tripé e liberar mais os três. A gente teve chances de finalizar, sei que isso [número] não interessa para a torcida. A gente está com pouco poder ofensivo. A gente está com bom aproveitamento em casa. Os meninos precisam mais de entrosamento. Flávio e Elton fizeram uma partida boa, apesar de serem volantes, são moveis. Continua com estrutura de 4-1-4-1, com uma consistência de 4-3-3. O campo não nos ajudou. O Zé tem muita força, não conseguiu, dificultou o Vinicius também, até no sentido de voltar também para fazer os passes. A gente espera adquirir os três pontos dentro de casa.
Aprendizado da partida
- A gente está em evolução. A gente já fez coisas positivas. Treinando dois dias isso... isso não foi invenção do Cláudio, vem desde o Guto. A gente pensou isso exatamente pela falta do 9. No momento que a gente erra o gol com Elton, um volante, a gente sofre um contra-ataque rápido, mas com a última linha formada. São coisas que acontecem. O grupo já está de cabeça em pé.
Ausência de Kayke
- A gente sabe as condições dos atletas. O Kayke esteve três dias no DM e por critérios não vinha sendo usado. Tem contrato, pode vir a ser usado, só que para esse momento tinha jogadores à frente. Hoje treinou, está melhor. Hoje, a gente não tinha essa opção. Pensei no Geovane Itinga, mas o Ítalo fez o 9 aqui, foi bem. O Itinga também teve problemas físicos essa semana. A gente tentou fazer o melhor e trouxe o melhor.