Clubes decidem ir à Globo debater cotas de TV
Dirigentes decidiram ir até à Globo em reunião ocorrida ontem, na sede da CBF – Reprodução
Os 18 clubes que mantém contratos com a Globo vão se reunir com a emissora para discutir as cotas pagas pela transmissão dos jogos. O encontro foi acertado na reunião de ontem, na sede da CBF, que reuniu dirigentes dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. O assunto sobre as cotas televisivas não estava na pauta do evento de ontem mas foi colocada em discussão por um dos presentes. Segundo um dos dirigentes presentes ao encontro, a reunião com a Globo será para “entender melhor o que se discutiu no passado”.
Nova divisão?
Uma das maiores insatisfações dos clubes em relação às cotas de TV é a diferença paga pela Globo. O Flamengo, por exemplo, recebe mais que o dobro do rival Botafogo. Outro assunto que está pendente no acordo da emissora com os clubes é o próximo contrato, que abrangerá o triênio 2016-2018. A expectativa é que o valor pago pela Globo aumente cerca de 60% sobre o acordo atual.
Só deu ele
No momento da reunião na sede da CBF, quem passou próximo da sala onde estavam os dirigentes dos clubes ouviu apenas a voz do presidente do Vasco, Eurico Miranda. O cartola vascaíno é um dos maiores críticos ao sistema atual de divisão das cotas televisivas e desde o ano passado se movimenta nos bastidores para tentar mudar os valores.
Sem saber
Antes de a CBF confirmar o “fair play trabalhista” para o Brasileirão deste ano, muitas dúvidas pairavam sobre a medida entre os dirigentes dos clubes. Parte dos presidentes, principalmente dos clubes paulistas, afirmava que a nova regra já valeria para o torneio, enquanto que a grande maioria dos representantes dos times dizia não saber sobre homologação da nova regra. A diferença pode estar na regra do Paulista, que já abrange a punição aos clubes.
Valor mantido
Apesar das mudanças previstas no texto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), a avaliação dos deputados que estão à frente do projeto é que o valor repassado à União por ano se mantenha nos R$ 140 milhões, mesmo montante previsto em 2014. Hoje, uma reunião dos parlamentares ocorrerá às 10h, em Brasília, para debater as alterações no texto original.