Bahia propõe a Romagnoli ficar até dezembro ou pagar multa total
O Bahia, que deseja contar com o jogador, fez duas propostas
Sexta-feira é o dia oficial do último capítulo de uma novela. O Bahia até tentou inovar com Romagnoli, mas, depois de algumas horas de reunião na noite de ontem, a decisão sobre a permanência do meia argentino foi adiada mais uma vez. A expectativa da torcida é grande, mas o final da trama ainda parece ter mais alguns momentos de suspense.
Após mais uma reunião em Salvador entre Romagnoli e a diretoria do Bahia, decisão sobre futuro muda para hoje. A novela entra na reta final
Romagnoli chegou a Salvador, no domingo, e deixou clara a sua vontade de retornar para o San Lorenzo. Quer disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro. Uma possível final contra o Real Madrid serve de motivação. Em contrapartida, a multa de US$ 500 mil para o não cumprimento de contrato com o Esquadrão assusta. O argentino tenta reduzir o valor e pagar somente os US$ 50 mil da assinatura do pré-contrato, mas a diretoria tricolor parece irredutível.
O Bahia, que deseja contar com o jogador, fez duas propostas. Na primeira, ele ficaria até o fim da Série A e depois estaria livre para negociar com outro clube. A segunda é o pagamento da multa. Caso não pague, o processo segue na Fifa e pode até dar suspensão.
“Ainda sem novidades. Por enquanto, só conversando e nos apresentando”, comentou o argentino Shai Lerner, intermediário na negociação.
No Fazendão, os jogadores fazem lobby pela chegada do atleta de 33 anos. O meia Emanuel Biancucchi vê com bons olhos a chegada de El Pipi. Segundo ele, o compatriota não irá representar “ameaça”. “Jogamos na mesma posição. Ele é um jogador que pode jogar em qualquer time. Sempre o admirei muito. Se vier, será bom. Também podemos jogar juntos. Não me atrapalha”.
Irmão de Emanuel, o atacante Maxi também fez elogios. “Qualquer equipe precisa de um jogador como Romagnoli. Os torcedores do Bahia estão com grandes expectativas com a chegada dele”, afirmou Maxi em entrevista à Rádio El Mundo, de Buenos Aires. “No Brasil, existe muito espaço para jogar. Para o futebol de Pipi, é bárbaro. Me coloco à disposição de Romagnoli para o que ele quiser”.