Postado por - Newton Duarte

Com liminar, Bahia tenta proteger CT's da recuperação judicial da OAS

Bahia consegue liminar para proteger CT's da recuperação judicial da OAS

Bahia consegue liminar para proteger CT

Alvo de investigação da Operação Lava Jato, responsável pela descoberta de esquemas ligados à corrupção na Petrobras, a OAS solicitou junto à Justiça de São Paulo o processo de recuperação judicial, no final do mês de março.

Com esta medida, utilizada como plano de reestruturação da empresa para evitar a falência, com participação e análise direta dos credores, a empreiteira colocou à venda, por exemplo, 50% das ações da Arena Fonte Nova e 100% da participação na Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte.

Preocupada com a situação, a diretoria do Bahia decidiu agir. Entrou com uma medida cautelar na Justiça, através do departamento jurídico, e já obteve liminar deferida pelo juiz, no qual concede ao tricolor baiano uma proteção aos três terrenos incluídos em uma grande negociação com a OAS.

Neste caso, com o documento já registrado em cartório, o Bahia tem a segurança de que o Fazendão, a Cidade Tricolor (Dias D'Ávila) e outro terreno, que dará acesso ao Fazendão através da avenida principal que corta o município de Lauro de Freitas, não serão colocados no processo de recuperação judicial.

O clube, apesar da assinatura do contrato no final do ano passado, não possui o domínio oficial das propriedades até o término do pagamento estipulado no ofício. Em 2014, em um evento realizado pelo tricolor, o então presidente Fernando Schmidt assinou o contrato publicamente e anunciou o acordo entre Bahia e OAS.

A empreiteira receberá R$ 13,6 milhões em transcons, devido a aquisição feita da Sede de Praia, na Boca do Rio, e o restante da quantia (R$ 10 milhões) será paga dentro de um período de dez anos.

Nota Luis Peres @BahiaClub: Enfadonhamente, já falamos sobre isso exaustivamente. Alertamos, avisamos e agora, tempestivamente, o Jurídico do Bahia tomou as providências cabíveis.

Em 5 de março de 2015: “A tendência é piorar. Quem tiver ativos vinculados à OAS que coloque suas ‘barbas de molho’. Falta de aviso? Não foi.”.

Contudo, uma breve leitura à Lei de Falências, sabe da fragilidade da medida tomada. As prioridades legais estão previstas e o principio da retroatividade para garantir a quitação de dívidas também.

Aos chatos de plantão, que diuturnamente ficam nas redes sociais pedindo o pagamento do Transcons, fiquem certos de que não é a toa que o Prefeito ACM Neto não efetuou o pagamento. Todos os ativos da OAS estão sendo levantados, inclusive os  contratos para recebimento futuro. O Prefeito deve estar atentamente observando o andamento dos fatos e, principalmente, a ‘boca faminta’ da justiça. Mais que apenas uma dívida, é um problema Político/econômico/Judicial...

Porém, e aí está o porém, como disse: A medida tomada pelo Jurídico do Esporte Clube Bahia foi correta e a possível. Mas, o clube pode ter colocado o pé aonde não deveria...

Mais uma vez: Falta de aviso, não foi!

Mas, que sou eu para avisar nada? Eles sabem tudo.

Esperemos que não!