Postado por - Heitor Montes

Com torcida recorde, Bahia vence, rebaixa Bragantino e fica a um ponto do acesso

Mais de 45 mil pessoas vão à Fonte Nova, recorde do Tricolor em 2016. Luiz Antônio, Hernane e Cajá, no fim, marcam pelo Bahia. Grampola e Watson fazem pelo Braga

No futebol são 11 contra 11, certo? Nem sempre. Neste sábado, por exemplo, o Bahia contou com mais de 45 mil para bater o Bragantino por 3 a 2 na Arena Fonte Nova, em Salvador. Com direito a charanga, percussão, escudos de papelão e bandeiras, a torcida tricolor compareceu em peso para empurrar o Tricolor e registrar o recorde de público do clube na temporada. Luiz Antônio, Hernane e Renato Cajá marcaram os gols da equipe baiana, que precisa de um empate na última rodada da Série B para confirmar o acesso. Rafael Grampola e Edison Sitta descontaram para o Massa Bruta, que foi rebaixado para a Série C após nove anos na Segunda Divisão.

O Bahia encerra a Série B no próximo sábado, quando enfrenta o campeão Atlético-GO no estádio Olímpico, em Goiânia. A partida será realizada às 17h30 (horário de Brasília). No mesmo dia e horário, o Bragantino recebe o Londrina no estádio Nabi Abi Chedid.

Gols e trapalhada do árbitro

As chances de permanecer na Série B eram mínimas para o Bragantino. E para manter vivo o sonho de escapar do rebaixamento, o Massa Bruta ignorou o mando de campo do rival, partiu para o ataque e criou perigo com Anderson Ligeiro, em chute da entrada da área defendido por Muriel. Mas o Bahia não é o melhor mandante da Segunda Divisão à toa. Logo na primeira finalização, o Tricolor abriu o placar com Luiz Antônio aos 10 minutos, em belo chute de longa distância. A bola ainda tocou no travessão antes de passar da linha. Sete minutos depois, a bola parou mais uma vez no fundo das redes da meta defendida por Renan Rocha. Luiz Antônio cobrou escanteio e Hernane apareceu no meio da área para marcar o segundo gol baiano. O Bragantino diminuiu com uma ajudinha do árbitro Devarly Lira do Rosário. A bola bateu na cabeça do dono do apito antes de sobrar para Rafael Grampola driblar dois adversários, se livrar de Muriel e tocar para o gol vazio.

Empate, tensão e festa

Parecia que o Bahia ampliaria o placar a qualquer minuto do segundo tempo. Bem organizado, o Tricolor desperdiçava contra-ataques em sequência e envolvia com facilidade a defesa adversária. Mas apenas parecer não bastou. Em jogada pela direita aos 24 minutos, Edison Sitta carregou a bola até a grande área, chutou cruzado e contou com falha de Muriel para empatar a partida. A torcida foi tomada pela tensão, que virou questionamentos ao árbitro quando um gol de Hernane foi anulado. O time baiano seguia perdendo chance atrás de chance, enquanto o Bragantino se defendia e apostava nos contragolpes. E de tanto insistir, o Bahia voltou a ficar em vantagem no placar. Aos 42 minutos, a defesa paulista não conseguiu afastar um cruzamento e a bola sobrou para Renato Cajá chutar forte e marcar o terceiro tento tricolor. Foi o gatilho para o torcedor voltar a fazer a festa.

Fonte: Globo Esporte