Valcke inicia projeto de legado e quer responder questão: "Copa pra quem?"
Secretário geral da Fifa dá pontapé em campo de obra inacabada e promete investimentos nos 15 estados que não foram sedes do Mundial
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Valcke dá pontapé inicial de projeto em Belém ao lado de Cafu, Marin, Marco Polo e presidente da Federação Paraense |
O terreno localizado do lado de fora do Estádio Mangueirão, em Belém (PA), ainda está cercado por terra, lama, entulho e lixo. Mas um campo de grama sintética foi o pontapé inicial do projeto de legado da Copa do Mundo, lançado pela Fifa na manhã deste domingo. A ideia é contemplar os 15 estados que não sediaram partidas da competição com investimentos para o desenvolvimento do esporte e da educação de crianças. A cerimônia contou com o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, com o presidente da CBF, José Maria Marin, e com o vice da entidade – que é presidente eleito –, Marco Polo Del Nero.
Estádio que sediou a decisão do primeiro Superclássico das Américas, em 2011, entre Brasil e Argentina, o Mangueirão está fechado para reformas e tem reabertura prevista para outubro, em obra custeada pelo governo estadual. Do lado de fora, o terreno anexo, onde funciona o Centro Esportivo da Juventude, será transformado em quatro campos que funcionarão como centros para as crianças da região. No dia da inauguração, entretanto, só esteve disponível um campo de piso sintético, enquanto a grama natural ainda vem sendo implantada e muitos tratores permanecem no local.
Crianças inauguram campo sintético enquanto tratores estão no local para conclusão da obra de projeto da Fifa em Belém
Segundo a Fifa, o investimento inicial do projeto de legado da Copa do Mundo será de US$ 20 milhões, podendo chegar ou superar os US$ 100 milhões arrecadados no fundo criado para o Mundial da África do Sul, há quatro anos. Para Jérôme Valcke, esse é o cenário mais provável, já que os lucros obtidos pelos parceiros comerciais da Fifa foi de US$ 4,5 bilhões, num Mundial que teve US$ 1,8 bilhão de investimento.
- Não gostamos de fazer menos do que foi feito no Mundial anterior. Então, esperamos que os valores investidos em projetos como esse sejam maiores do que os de 2010. O legado da Copa do Mundo é muito mais do que fazer estádios. O futebol é uma escola de vida, que mantém vivo o sonho de crianças com projetos de esporte e educação. Nosso objetivo é fazer com que ninguém mais precise fazer aquela pergunta: “Copa pra quem?” - explicou Valcke.
Convidado a fazer um breve discurso e a dar o pontapé inicial no campo, Cafu destacou a importância deste e de outros projetos que, incentivados pela Copa do Mundo, possam melhorar a vida dos brasileiros.
- A Copa do Mundo vai continuar para nós brasileiros, dando sequência a melhoria nos sistemas de transporte, saúde, educação e na construção de centros esportivos como esse. Não podemos deixar isso acabar.
Fonte e foto: Gustavo Rotstein - GE.COM
