Democracias, censuras e outras decepções
Com o advento da Nova República, acreditamos estar iniciando um período de reformulação dos conceitos políticos e das liberdades neste país de meu Deus.
Em 1988, vimos aprovar a “constituição cidadã” que garantiria nossas liberdades, onde um extenso capítulo 5 descreve uma a uma nossas garantias.
Porém, algumas pessoas parecem mal acostumadas e ainda insistem com métodos utilizados no período de chumbo, apesar de parecerem libertários e salvadores da pátria.
A DEMOCRACIA, entre outros, possui 2 pressupostos inegociáveis: A liberdade de expressão e a liberdade de Imprensa. Seja lá de quem for. Sem isso, ela não existe e se torna um engodo.
Passeando pela Internet, deparo-me com uma imagem extraída de um despacho judicial, onde ficava determinada a retirada de uma matéria jornalística.
Para minha surpresa e decepção, o pedido liminar ocorreu por intermédio do Dr. Carlos Rátis. O homem indicado para garantir a instauração da Democracia no Esquadrão. Mais assustador ainda é ter sido concedido tal pleito.
Já disse várias vezes que o cidadão tem o direito de buscar na justiça qualquer coisa que ache justa ou lhe cause dano. Mas cercear opinião e a imprensa vai de encontro a tudo aquilo que foi apregoado ao longo deste ano que passou.
Que se cobre pelo que foi dito; Que se cobre por inverdades que tenham sido proferidas. Mas, “apagar” uma notícia...? Não sei onde vamos parar.
O que estamos vivendo então é uma farsa despótica?
A Democracia não é um “bem” que vale para uns e não para outros.
Acho melhor começar a buscar receitas de bolo então. Posso ser a próxima vítima.
Acho que o autor teria cabedal para lutar o bom combate e enfrentar o debate. Só isso!
Somos ou não somos DEMOCRATAS? A Democracia não transige. Mostra quem somos!
Não se amordaça a palavra. Independente de quem seja.
Luis Peres @BahiaClub