Postado por - Newton Duarte

Dinheiro 'jogado fora'? Maxi não justifica investimento

Contratado a peso de ouro, Maxi não justifica investimento

Atacante argentino já recebeu mais de R$ 1 milhão do clube e marcou apenas dois gols

A péssima fase do Bahia pode ser explicada pela derrocada daquele que, na teoria, deveria ser um dos seus principais jogadores. Contratado a peso de ouro, Maxi Biancucchi ainda não justificou no Tricolor tamanho investimento.

Na quarta-feira, 23, o argentino recebeu mais uma chance como titular, contra o Corinthians, pela Copa do Brasil. Pouco participativo, acabou substituído no intervalo por William Barbio. Tal roteiro já se tornou comum: Maxi acabou trocado em 15 dos seus 23 jogos como titular.

Com salário de R$ 180 mil - R$ 100 mil a mais do que ganhava em 2013 -, Maxi já recebeu do Bahia, ao longo de seis meses, R$ 1,08 milhão. Dividindo o montante pelo número de jogos e de gols, por exemplo, chega-se a números assustadores. Maxi custou ao clube R$ 45 mil por jogo e R$ 540 mil por gol. Cada tento do atacante custou ao Vitória, em 2013, aproximadamente dez vezes menos [confira no infográfico abaixo].

A comparação com Talisca, recém-vendido ao Benfica em transferência que rendeu ao clube R$ 6 milhões, também mostra grande abismo. Cada gol dele custou R$ 52,5 mil e cada assistência, R$ 70 mil. Pouco frente aos R$ 540 mil de Maxi.

Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do clube, reconhece a má fase do atacante. "Mas não dá para individualizar Maxi, o Bahia todo está deixando a desejar. Quando montamos o grupo, esperávamos algo bem diferente", disse. "Mas ainda não dá para dizer que foi investimento perdido. A gente só pode avaliar um jogador no final da temporada. Pelo que eu soube, ele estava assim no começo do Baiano e na final jogou bem. Não jogamos a toalha com ele, não", completou.

Muitos erros

As estatísticas da Série A também mostram a participação do argentino na fraca campanha do Tricolor. Por exemplo, Maxi acertou em 2014 apenas 37,5% dos chutes a gol e executou com perfeição 52,4% dos dribles tentados. Em 2013, a proporção de acerto era de 41,9% nos chutes e 67,7% nos dribles. Os dados são do site Footstats.

Das estatísticas negativas do time, a que mais chama a atenção é o desempenho do argentino na perda de posse. Maxi já desperdiçou a bola 94 vezes no campeonato, bem à frente do segundo colocado do time, Talisca, com 61. Maxi também lidera no quesito entre todos os jogadores da Série A - Guerrero é o segundo, com 90.

O atacante ainda lidera o quesito 'dribles errados' do time, com 10, e aparece com destaque negativo na maioria das demais. Em finalizações erradas, ele é o segundo, com 10, atrás de Talisca, com 28. Ele também é segundo nos passes errados, com 25, atrás de Fahel, com 31. Ainda é quem mais ficou impedido na equipe, quatro vezes, ao lado de Barbio.


Fonte: Vitor Villar/A Tarde

Foto: Eduardo Martins | Ag. A Tarde