Postado por - Newton Duarte

Dos 26 mil aos 173: Baianão tem média de 2, 8 mil pessoas por jogo na 1ª fase

Ao todo, os 36 jogos da fase de grupos do Baianão levaram 103.403 pessoas para as arquibancadas. Feirense tem jogo com pior público e menor renda; Ba-Vi é o maior

Sobraram gols, dribles, emoção, mas faltou público. O fim da primeira fase do Campeonato Baiano revelou o que era esperado, mas que até então não era possível ser confirmado em números: o baixo número dos torcedores nos estádios baianos. Ao todo, os 36 jogos da fase de grupos do Baianão levaram 103.403 pessoas para as arquibancadas, o que resultou em uma média de 2.872 torcedores por partida.

O jogo "líder" em média baixa de público foi a partida entre Feirense e Colo Colo, ainda na segunda rodada do Baianão, que teve 173 pagantes no estádio Eliel Martins. Ironicamente, este confronto, que teve renda total de R$ 1.730, ainda arrecadou a mais que outro jogo do Feirense, desta vez contra o Galícia, na última rodada, que teve maior público - 219 pagantes -, mas renda de R$ 840.

Além de ser dono das partidas com menor público e menor renda, o Feirense também é a equipe que reuniu menos torcedores dentro de casa em toda a primeira fase. Na soma de público de todos os três confrontos em seus domínios, a Águia do Sertão conseguiu levar para o estádio 801 pessoas.

Bom dizer que, na verdade, o Feirense não tem jogado, de fato, em casa. O estádio Joia da Princesa passa por reformase só será liberado para a segunda fase do Baianão. Por isso, a Águia do Sertão, o Bahia de Feira e Fluminense de Feira tiveram que mandar os seus jogos em outros lugares ao longo do Baianão. Os estádios Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe, Pedro Amorim, em Senhor do Bonfim, e Pituaçu, em Salvador, foram os escolhidos.  

Em contato com o GloboEsporte.com, Jodilton Sousa, presidente do Conselho do Bahia de Feira, informou que acredita que o Joia da Princesa só esteja disponível no final do mês de maio. Segundo ele, nesta segunda fase do Baianão o Tremendão continuará com seus jogos no estádio Pedro Amorim.

Juazeirense e Vitória da Conquista também compartilharam o problema de Feirense e Bahia de Feira. Com o Adauto Moraes em obras, o Cancão de Fogo mandou seus jogos em Pituaçu e no estádio Paulo Coelho, em Petrolina. Com isso, teve no geral 5.009 pessoas presentes em todos os três jogos. Nesta segunda fase do Baianão, o Juazeirense contará com a sua casa de volta. 

O Vitória da Conquista, por sua vez, vivenciou o problema da "falta de casa" por menos tempo. O Bode não teve o Lomanto Júnior nos dois primeiros jogos da primeira fase e, por isso, teve que jogar no estádio Mário Pessoa, em Ilhéus. No último confronto, a equipe de Vitória da Conquista pôde, enfim, atuar em seus domínios. Coincidentemente ou não, este último jogo foi o que o Conquista teve maior público em um só jogo: 1.454 pessoas foram ao Lomanto Júnior.

O OUTRO LADO

Sem surpresas, a lista com as equipes que tiveram maior público neste primeira fase foi integrada por Bahia e Vitória. Nas três partidas em que jogaram em casa, o Tricolor reuniu 39.175 pessoas, enquanto o Leão teve 16.400. A grande diferença nos números dos times se deve ao Ba-Vi do último domingo, que teve 26.634 pagantes na Fonte Nova e contou com mando de campo do Bahia. 

Quanto aos outros clubes, o Galícia foi quem teve melhor média de público nos três jogos com seu mando de campo: 7.592 pagantes no total. O detalhe desses números é que o único jogo em que o time granadeiro teve mais de mil pessoas no estádio foi na sua estreia, contra o Jacobina. A partida, contudo, havia sido adiada e foi realizada somente no dia 11 de fevereiro, na Arena Fonte Nova, momentos antes de o Bahia entrar em campo para a segunda rodada. Neste caso, Galícia e Bahia tiveram o público contabilizado junto.