Parece que o Bahia vai se livrar, enfim, de uma carência que atormentou o time na temporada passada: jogadores que consigam disputar posição na lateral direita. No ano passado, o Tricolor contava com Eduardo, Hayner e Tinga, mas apenas o primeiro tinha a confiança da torcida. Neste ano, o jogador segue como titular. A diferença é que, agora, ele tem uma sombra: Wellington Silva aparece para concorrer por lugar cativo no setor.
Wellington foi contratado no início deste ano e agradou quando entrou em campo. No último domingo, ele foi titular contra o Flamengo de Guanambi, quando o técnico Guto Ferreira optou por poupar os jogadores considerados titulares. A presença de um reserva de respeito poderia ser considerada ameaça ou motivação para alguns atletas. Mas não para Eduardo. Questionado sobre a concorrência, ele garante: não precisa de disputa para se sentir motivado.
- Minha motivação não vem do Wellington e de nenhum outro jogador. Minha motivação vem de mim mesmo. Tenho meus objetivos, e nada me motiva mais do que eu mesmo e minha família. A minha alegria é estar jogando, o jogador nunca está feliz no banco. Cada um quer o seu espaço, respeito o Wellington, conheço há muito tempo e tive o prazer de conhecê-lo. É uma pessoa extremamente profissional, que não tenho palavras para descrever. Como a gente é de comunidade, a gente teve esse entrosamento. Quem jogar vai dar o melhor e quem estiver no banco vai torcer pelo outro - avaliou.
Eduardo diz aprovar o rodízio que foi implementado por Guto no início da temporada – e que volta à tona em certas oportunidades. Segundo ele, apesar das substituições, o nível do futebol apresentado pelo Bahia se mantém estável.
- Esse rodízio que o Guto fez provou que temos um elenco competitivo. Entra jogador, sai jogador, e o nível não tem caído. Nosso entrosamento melhorou muito. O jogador está muito mais consciente do que fazer, da sua função, Guto tem passado instruções claras, e todo mundo tem assimilado bem. O conjunto está muito mais forte – disse o lateral-direito.
Como exemplo disso, ele cita o caso da zaga tricolor. Com Jackson machucado, Éder tem sido utilizado no time titular e, na opinião de Eduardo, não tem decepcionado.
- O Jackson é fenômeno. A gente gosta muito dele. É ruim ver um companheiro se machucar, principalmente ele que sempre vive sorrindo, um cara que está sempre alegre. Bom que ele está voltando, e daqui a pouco ele estará conosco. O Éder vem jogando muito bem, dando conta do recado. Essa é a importância do grupo. Esperamos que ele [Jackson] se recupere o mais rápido possível, porque ele nos faz falta – concluiu Eduardo.
O Bahia volta a campo nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), quando enfrenta o Sergipe no Batistão, em partida de ida das quartas de final da Copa do Nordeste. Na ocasião, Eduardo deve ser titular, já que o treinador deve mandar força total a Aracaju.
Fonte: Globo Esporte
