Postado por - Newton Duarte

Eduardomagnoli: O 'el último 10' da última semana?

Eduardo é o "maestro" no meio-campo do Bahia

Eduardo precisa de mais regularidade - Foto: Eduardo Martins | Ag. A TARDE

Eduardo precisa de mais regularidade - Eduardo Martins | Ag. A Tarde

Eduardo tem se mostrado um homem de sorte. Desde que chegou ao Bahia, no começo de maio, ele tem  exibido precisão cirúrgica: a maioria de seus toques mais agudos na bola acabaram gerando gols. O camisa 30 já participou diretamente de sete na Série B. Foram seis assistências (segunda melhor marca do campeonato) e um gol, marcado no triunfo por 4 a 1 sobre o Boa Esporte, há um mês.

Apenas Kieza contribuiu mais nesses números: 'K-9' balançou a rede seis vezes e deu dois passes. A diferença é que o atacante tem 14 partidas como titular, enquanto o meia tem 11. A média de participação em gols de Eduardo por jogo é de 0,63. A de Kieza, 0,57.

Isso sem falar nas vezes em que Eduardo participou dos gols sem entrar para as estatísticas, como contra o Macaé: foi dele a cobrança de escanteio que originou o gol de Jailton após bate-rebate na área. No triunfo por 2 a 0 sobre o Paysandu, há cerca de dois meses, ele também fez a jogada que acabou originando o segundo gol de Jacó.

Sobre o lance de anteontem, o meia se disse feliz pelo gol, independentemente de ter sido ou não num passe direto seu: "Nesse último jogo não foi uma assistência mesmo, mas tive alguma participação. Pra mim o que importa é isso, tenho procurado servir os companheiros", disse.

A fase do meia é tão boa que dá até para brincar. Se na mitologia grega Midas era o rei que transformava em ouro tudo em que tocava, no Fazendão Eduardo é o atleta que cria gols quando toca na bola. "Fico feliz, cara, porque minha função é essa, criar jogadas para que os atacantes ou os zagueiros, na bola parada, possam converter", comemora.

Em busca de sequência

O que falta a Eduardo é sequência. O jogador, que já estreou tendo problemas - sofreu uma lesão no tendão de aquiles e ficou fora por mais de um mês - tem mostrado desgaste físico sempre que é titular, a ponto de ser substituído no segundo tempo. Isso aconteceu em dez das 11 vezes em que iniciou as partidas.

A primeira vez em que ficou em campo por 90 minutos foi anteontem, contra o Macaé. "Pouca gente sabe, mas meu deslocamento no GPS sempre marcava acima da média dos demais jogadores no 1º tempo. Isso fez com que sentisse um pouco na segunda etapa. Às vezes, por opção do Sérgio, eu saía também. Mas o que importa é a vitória, se eu contribuir no primeiro tempo e sair no segundo mas o resultado seja positivo eu não me incomodo", afirmou.