Postado por - Newton Duarte

Eleições 2014: Flávio Alexandre, o Binha de São Caetano, candidato

Entrevista com Flávio Alexandre, o Binha, candidato à presidência do Bahia

Muito pouco conhecido pelo nome original: Flávio Alexandre. Mais, conhecido nacionalmente como Binha de São Caetano, o torcedor folclórico do Esporte Clube Bahia desta foi entrevistado como candidato à presidência do clube. Na conversa, Binha prometeu dar total atenção aos sócios do clube que, segundo ele, não são bem tratados. Além disso, dentro da sua ideia de gestão à frente do tricolor, quer manter Charles como técnico e levar o time já em 2015 ao título da Copa do Brasil.

BN: O que te fez levar a sério a ideia de ser presidente do Bahia?

Binha: Decisão porque amo o Bahia de coração. Tenho toda estrutura para ser um bom gestor no Bahia. E eu não estou aqui por acaso. Quero ganhar para colocar o Bahia na posição que ele merece, sendo campeão da Copa do Brasil e Série A.

BN: Como foi convencer o professor José Rebouça a estar na sua chapa?

Binha: Eu conversava com ele desde o ano passado, mas ele não tinha um ano como sócio, então não podemos colocar chapa. Outras pessoas apareceram e eu não quis naquela época. Desta vez, eu fiz o convite e ele aceitou. Pessoa de bem, honesta e apaixonada pelo Bahia.

BN: Já tem nomes para composição da sua diretoria?

Binha: Vamos, primeiro, formar uma grande equipe no futebol brasileiro, e de imediato. A equipe que está por trás da nossa candidatura não permitiu divulgar nomes. Mas, quando isso acontecer, todos vão se surpreender. A Bahia vai parar. São pessoas que tem poder muito grande na vida profissional e financeira.

BN: Se eleito, você manteria Charles como técnico?

Binha: Charles é o melhor treinador de futebol do Brasil. É um bom nome que, se eu ganhar, continua no cargo.

BN: Quais foram os principais erros da atual gestão?

Binha: Eu vou esquecer os erros desta diretoria e falar apenas da minha estrutura de trabalho. Não quero apontar os erros dos outros, mas buscar acertar. Quem errou vai prestar conta, e espero que seja a Deus. Não vou julgar ninguém.

BN: Quais são seus projetos para atrair mais sócios e aumentar a receita?

Binha: Eu tenho projetos, e um deles é abrir o Fazendão para torcida. O presidente não deve ficar no gabinete sentado. O presidente precisa buscar novos sócios, tentar atrair os torcedores que ainda não são. Primeiro ponto é correr atrás de empresas para ser parceiras do Bahia como bancos, fabricantes de refrigerante e outros que tem por aí.

BN: O que acha da relação entre Bahia e Fonte Nova? O ingresso é caro?

Binha: Não acho o ingresso caro não. R$ 25 não é caro não. Curitiba, por exemplo, eu pago R$ 150, em Belo Horizonte pago R$ 100. Acredito que o torcedor pagar R$ 25 não é caro. O futebol é muito caro e não pode ser R$ 5 não, por isso o ideal seria 40/20. Em São Paulo, por exemplo, a meia é R$ 60. Quem conhece o Brasil esportivo, como eu, sabe que o ingresso na Bahia é barato.

BN: O que você, como presidente, faria diferente dos que passaram pelo clube?

Binha: O que falta ao Bahia é uma pessoa que ame verdadeiramente o clube, tenha amor e goste deste clube de corpo e alma. Não é só ir lá ficar dentro da sala, ditando normas e não fazer nada. Isso não é postura de presidente.

BN: O orçamento do Bahia não pode atrapalhar os projetos da sua gestão?

Binha: Eu não quero saber quanto os outros clubes recebem. Eu quero saber do meu orçamento e trabalhar em cima dele, contratar bons jogadores, valorizar todos os funcionários e pagar em dia. Eu, se presidente, vou dar a mesma condição de trabalho aos jogadores e

funcionários. Vai ser tratamento igual para todo mundo.

BN: O sócio do Bahia, na sua gestão, terá atenção especial?

Binha: Eu vou dar um tratamento diferenciado ao torcedor e sócio do Bahia. Por isso, pelo amor de Deus, eu peço que o torcedor confie em mim. O Bahia precisa de pessoas que trabalhem, que queiram levar coisas boas ao clube, e eu tenho condições para isso. Se Maracajá e Osório foram campeãoes porque eu não posso? Eles foram campeões, e eu também posso ser.

BN: Suas frases muito entusiasmadas não te fazem perder votos?

Binha: Eu vou focar. Esse grande clube do futebol brasileiro e mundial será campeão da Copa do Brasil. O Bahia merece ser respeitado. O torcedor inteligente não vai se afastar pelo fato de falar em ser melhor do mundo. Ele quer que eu diga que o Bahia é ruim e vai cair toda hora? Claro que não. O Bahia, para mim, é e sempre será melhor do mundo. Cada um vê e fala como quiser.

BN: Como vai gerir os dois CT's?

Binha: O Fazendão vai continuar com o Bahia devido a próximidade com a cidade, pela melhor estrutura à imprensa e aos jogadores. Quanto a Cidade Tricolor nós vamos em busca de parceiro. Não adianta ter apartamento caro e não pagar o condomínio. Nós, para manter o CT, precisamos de parcerias porque o Bahia sozinho não vai conseguir. Não posso divulgar o nome, mas já tenho uma empresa para fazer isso.

BN: O Bahia, sob seu comando, como vai se relacionador com às organizadas?

Binha: Quero ter um bom relacionamento com todo mundo, seja organizada ou desorganizada. Sobre dar ingresso ou não, eu acho que precisamos nos reunir e tomar conhecimento do que acontece lá.

BN: Já tem ideia dos primeiros passos como presidente, se for eleito?

Binha: Binha vai fazer um bom trabalho, vai recolocar o clube onde ele merece estar. O que falta ao Bahia é trabalho e amor para dar felicidade ao clube. O Bahia não deve nada aos outros clubes. Corinthians, por exemplo, ganhou o mundo com time comum.

BN: O que motivou a discussão entre você e Fahel? Eleito, renovaria o contrato dele?

Binha: Pergunta deveria ser feita para Fahel. Eu sou torcedor do Bahia, cliente, e acho que mereço respeito. Eu não pedi camisa para ele. Ouvi muita gente me criticar, falar de mim naquele caso, mas ninguém questionou Fahel sobre o que aconteceu. Um empregado do clube tentou me agredir moralmente e à diretoria deveria ter tomada providência. Eu não pedi camisa nenhuma, e ele me xingou. Eu, se eleito, vou analisar com minha diretoria. A renovação dele não seria uma decisão apenas minha.

BN: Você aceitaria o apoio de algum ex-presidente?

Binha: Apenas Maracajá.

BN: Binha, como candidato, faz alguma promessa ao torcedor? Vai receber salário?

Binha: Não faço promessa, mas apenas afirmando o que vou fazer. Vou trabalhar no Bahia e não quero receber nada por isso. Essa quantia eu vou doar para ser utilizado na divisão da base do clube. Eu, hoje, estou bem sem esse dinheiro e trabalhando lá vou continuar do mesmo jeito. Não quero ser remunerado.

BN: Por quê o torcedor deve votar em Binha?

Binha: Eu estou pedindo, pelo amor de Deus, que ele acredite neste candidato simples, humilde e honesta. Com Binha presidente o torcedor vai ficar contente. Já imaginou o Bahia campeão da Copa do Brasileiro e Série A? Eu vou, se presidente, vou lutar com unhas e dentes para fazer isso. Vou montar um time para ganhar essa competição. Confie em mim! Eu sou pobre financeiramente, mas rico de espírito. Quem acreditou nos outros pode acreditar em mim também. Se eu fosse um empresário será que votariam em mim? Olhe o exemplo de Lula. Ele foi eleito e organizou o Brasil. Quero fazer o mesmo com o Bahia. Então, torcedor, vote em Binha.