Postado por - Newton Duarte

Eleições 2014: Olavo Fonseca Filho, candidato

Candidato à presidência do Bahia: Olavo Fonseca Filho

Engenheiro, dono da empresa Sonar, Olavo Fonseca Filho foi quarto candidato à presidência do Esporte Clube Bahia entrevistado pelo Bahia Notícias. Tricolor, desde os 6 anos, o candidato apoiado pela Associação Bahia Livre (ABL) garante estar preparado para tornar o Bahia em uma grande empresa capaz de alcançar bons resultados, além de prometer dar atenção total ao plano de sócios do clube. Segundo ele, o Bahia necessita de um 'choque de gestão' e valorizar a base que, no seu discurso, vai compor 50% do elenco em dois anos.

BN: O que te motivou aceitar o desafio de concorrer à presidência do Bahia?

Olavo: Me coloquei à disposição por acreditar que o nosso esquadrão, o nosso Bahia, necessite de um choque de gestão. Está carente de alguém que saiba gerir uma empresa, e não exclusivamente conhecer de futebol. Eu tenho uma empresa, no qual coordeno cerca de 300 pessoas e a pegada é muito diferente. Precisamos ter a ideia do futebol como empresa, com metas e ordens a serem cumpridas.

BN: Pessoas, que apoiaram Schmidt em 2013, estão ao seu lado. Isso é bom ou ruim?

Olavo: Nosso apoio é o melhor possível. Nós temos, hoje, todos aqueles que estavam no processo de democratização do clube. Por exemplo, quanto a atual gestão, podemos separar em duas partes: uma logo depois da eleição que funcionou bem. E a outra com a ruptura atual. O principal erro deles foi falta de gestão profissional, a falta de um gerente competente. O meu Bahia terá um presidente atuante, atento, batendo na mesa e dizendo quem vai jogar ou não, dentro do perfil que escolhermos para o clube.

BN: O que pretende fazer, se eleito presidente, nos primeiros dias de gestão?

Olavo: Nós, primeiro, temos que realizar uma reformulação geral no clube. Temos que entrar, analisar tudo que está lá e começar do zero. Faremos uma estruturação do clube, e não uma reestruturação. Precisamos devolver ao Bahia um espírito guerreiro, vibrador e vencedor. Queremos na próxima temporada ter 33% da base no elenco, e no ano seguinte (2016) 50%. Quero, após minha gestão, deixar jogadores que amem a camisa do Bahia.

BN: Bahia e Arena Fonte Nova. Como enxerga e pretende conduzir esta relação?

Olavo: Principalmente patrimônio do Bahia é a torcida, e não os dois CT's. Nosso torcedor precisa ser paparicado, tratado com carinho, pois é o nosso cliente final. Vamos jogar lá (Fonte Nova) e buscar formas de recepcionar muito bem o torcedor. Arena não vive sem o Bahia, mas nós sobrevivemos sem ela. Não queremos, então, ferir nada do que está assinado, mas vamos tentar buscar uma melhor relação.

BN: Você fala muito do sócio. Mas, se for rebaixado, como pretende reconquistá-lo?

Olavo: Podemos trazer o torcedor de volta, sim. São 25 mil cadastrados, mas só 7 adimplentes. Eu pretendo, em 2016, ampliar este número de associados para 100 mil. Nosso sócio, nossa torcida, terá novos planos de associação. Se eu tenho a torcida como maior patrimônio, crescendo comigo, isso melhora nossa imagem e aumenta nossa presença no mercado também.

BN: Sócio do Bahia, na sua visão, é pouco explorado?

Olavo: Sócio, no meu entender de presidente, é membro do clube, precisa caminhar junto com o Bahia. Que ele possa visitar os CT's, o estádio, além de desfrutar de uma festa em dia de jogos. Mas, para isso, precisamos ganhar o voto de confiança dele com um time competitivo.

BN: E a utilização dos CT's. Como pretende conduzir?

Olavo: Eu vou procurar parcerias para usar a Cidade Tricolor como espaço para formação da base. Temos programas dos governos (estadual e federal) que incentivam formação de atletas, mas o que obriga o Bahia ter um grande projeto.

BN: Já tem algo em mente para, o quanto antes, encontrar um patrocinador master?

Olavo: Ficar sem patrocínio é inaceitável para um time de povo, com tamanha paixão. Patrocínio é que precisa vir atrás de nós, e depois a gente escolher entre as propostas apresentadas. Isso que precisa ficar claro e acontecer daqui para frente. Não vou brigar ou implorar para ter uma marca na nossa camisa, e sim o inverso. Precisamos tornar o Bahia diferente, mais forte, para que as marcas cheguem até nós.

BN: Consegue destacar pontos positivos na atual gestão?

Olavo: Somente na primeira parte. Reconquistamos o patrimônio, que foi um trabalho nosso (ABL), com uma política financeira equilibrada até a presença de Reub Celestino no clube. Foi reconquistado pela nossa chapa. (Reub Celestino e Antônio Miranda fazem parte da Associação Bahia Livre).

BN: Você pretende reaproximar às organizadas do clube?

Olavo: O Bahia vive de seu torcedor. Todos devem ser respeitados, mas não patrocinados. Penso em reaproximar todos os tricolores, sem privilégios para A, B ou C. E, quando cito os torcedores, também quero deixar as mulheres mais próximas do Bahia. O público está crescendo cada vez mais e não vejo ações voltadas para elas.

BN: Sua diretoria, caso vença o pleito, está formada?

Olavo: Temos em mente muita coisa, principalmente o nosso objetivo. Mas, hoje, não vou citar nomes, já que primeiro preciso saber o que acontece lá.

BN: Já está pensando na montagem do elenco para ano que vem, caso seja eleito?

Olavo: Não vou aceitar atletas chinelinhos. Não podemos contratar atletas caros, que não jogam regularmente, até porque isso vai de encontro ao nosso choque de gestão. Vamos procurar uma equipe competitiva, que esteja próxima ao novo espírito do time. Bahia campeão, que queira jogar pra frente e dar alegrias ao torcedor.

BN: A gestão do Bahia, se não for em suas mãos, preocupa para os próximos três anos?

Olavo: Me preocupa muito. Eu não gostaria de citar os nomes, mas nós pensamos no Bahia organizado, com gestão empresarial, com as contas em dias, rodeado de profissionais capacitados. Não vejo esse perfil, no quesito gestão, nos outros sete.

BN: Política e futebol podem caminhar juntos em uma gestão?

Olavo: Política pode, sim, estar presente no futebol de maneira cautelosa. Por exemplo, na dívida fiscal dos clubes, temos representantes lá em Brasília que podem nos ajudar, usando o lado bom político como Walter Pinheiro, Wagner, Lídice da Mata.

BN: Quais são os argumentos para que o sócio vote e acredite em Olavo?

Olavo: Olavo é torcedor do Bahia desde 6 anos. Olavo é um candidato que não quer dinheiro algum do clube. MInha empresa trabalha bem, me permite ficar dedicado ao Bahia exclusivamente neste período. Quero devolver um Bahia grande, um Bahia digno para os seus torcedores. Um candidato cansado dos últimos fracassos, do desmando das gestões anteriores, e que está disposto a botar ordem na casa.

BN: Se derrotado, Olavo será candidato novamente em 2017?

Olavo: Posso, sim, se o Bahia continuar nesta situação ruim. Se isso acontecer, euu vou ser candidato novamente. Meu objetivo é ajudar o Bahia.