Postado por - Heitor Montes

Elogiando maturidade do Bahia, Enderson Moreira elogia Ramires e explica entrada de Grolli

Neste domingo (11), o Bahia empatou em 2 a 2 com o rival Vitória, no Barradão, pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Enderson Moreira concedeu entrevista coletiva após o clássico e destacou a maturidade da equipe, que esteve duas vezes atrás no placar, mas conseguiu o empate fora de casa. Com isto, o Tricolor subiu para a 10ª posição no Brasileirão, com 41 pontos, apenas quatro abaixo dos 45, considerado o "número mágico" para a manutenção na elite do futebol nacional.

O treinador tricolor falou sobre o equilíbrio da partida e sobre as dificuldades que a equipe superou para empatar o jogo:

Difícil. O jogo é feito de pequenos jogos, pequenas partes. Me desculpa, mas não vi superioridade do Vitória. Placar aberto numa bola parada, eles disputaram muito. Teve momento que a gente teve bolas no chão, criação de jogadas. Eles dificultaram as jogadas por dentro. [...] Acho que tivemos, acima de tudo, maturidade. Nesses momentos, às vezes você acaba se perdendo na questão emocional. A gente manteve a tranquilidade. Sofremos o segundo gol, acho que estávamos bem melhor no jogo, muito próximo do segundo gol. Mas faz parte, tivemos o poder de reação, que é extremamente importante para uma equipe madura diante daquilo que enfrenta de dificuldade.

Enderson Moreira fez duas mudanças na equipe para o Ba-Vi: na defesa, Douglas Grolli entrou no lugar de Jackson, e no comando do ataque, Júnior Brumado foi escalado, já que Gilberto ainda não teve condições de jogo. Grolli acabou falhando no segundo gol do Vitória, enquanto que Brumado fez um jogo discreto:

[Júnior Brumado] É um menino, jogou na temporada. Tiveram coisas que foram boas; outras, nem tanto. Dentro daquilo que eu imaginei, ele cumpriu o que eu imaginei. Ele teve chances boas, uma bateu na trave... Teve uma participação muito boa. [...] O Jackson teve um problema na semana. São quatro jogadores, mais o Everson que está machucado [que disputam posição na zaga]. Jogadores de extrema confiança. O Jackson vem de uma inatividade enorme. A gente achou que era importante dar uma segurada. O Everson, o Tiago, o Ignácio são opções que a gente toma com o processo de preparação. O Nilton mesmo a gente sabia que era quase impossível ele participar contra o Ceará e, agora mesmo, com o cartão, vai ficar fora.

Enderson Moreira também fez elogios ao jovem meia Ramires, que marcou o segundo gol do Bahia no clássico:

Eu acho que tudo passa pela maturidade da equipe. Nossa equipe é madura para que esses garotos tenham tranquilidade. Quando se sentem importantes no processo, e todo mundo abraça, isso faz com que a gente tenha e os jogadores tenham personalidade para executar aquilo que pode fazer. Independente de ter feito o gol e ter dado assistência, ele tem tido regularidade.

Perto do "número mágico", Enderson Moreira ainda não está tranquilo. O treinador mostra cautela e acredita que o Tricolor não está completamente livre da ameaça de queda:

Eu sou mineiro. Mineiro é cauteloso. Enquanto não estiver matematicamente [livre do rebaixamento], não podemos deixar nada para trás. Temos que estar firmes. A equipe do Bahia jogou muito neste ano. Temos jogo quarta, depois sábado. Vamos continuar a jogar naturalmente para pontuar e depois olhar mais adiante.

O Bahia volta a campo na próxima quarta-feira (14), às 20h (horário de Salvador), quando enfrenta o Ceará, na Arena Fonte Nova, pela 34ª rodada do Brasileirão.

Confira o que Enderson Moreira falou em entrevista coletiva

Erros nos gols do Vitória
- Muda, mas faz parte. O futebol é um jogo de erros. Para fazer o gol, existe sempre um posicionamento errado, um lance que acontece. Vejo com naturalidade. O mais importante é a capacidade de levantar a cabeça, continuar o jogo e continuar fazendo o que sabe. Somos um grupo, a gente se defende a todo instante. Quando tem algum tipo de problema, a gente tenha se empenhar cada vez mais para buscar o triunfo e dar tranquilidade.

Chutão demais no jogo?
- A gente tem algumas características, principalmente no começo do jogo. O chutão, às vezes, é tão bom quanto uma jogada qualificada. A gente tem que jogar com segurança, temos tranquilidade para jogar. A gente teve a capacidade de identificar isso. Não temos problema em fazer isso [chutão].

Respeito ao Vitória
- Acho que o Bahia veio para jogar. A gente respeita o Vitória de maneira extremamente leal. Isso é importante: a lealdade no jogo. A conversa com eles é nesse sentido, buscar os três pontos, sempre tentando jogar na bola com competitividade. A maioria dos cartões, a grande parte foi por reclamação. A gente tem tentado controlar um pouco. Às vezes a arbitragem te traz um peso emocional e a equipe reclama mais.