Postado por - Newton Duarte

Ereções 2014: O Bahia não me dá mais tesão. Parte 2

Ereções 2014: O Bahia não me dá mais tesão. Parte 2

Não iria mais escrever sobre o processo eleitoral do Esporte Clube Bahia. Não adianta! O ambiente está contaminado e eivado de vícios: Principalmente o vicio da mentira. Contudo, ao assistir os ‘debates’ senti-me na obrigação, mesmo sabendo que em nada influencio, de externar a minha revolta com todo o quanto vem sendo explanado pelos pretensos candidatos à Presidência.

Quero recomeçar por um tema que foi o último tópico do texto anterior:

A Lenda dos CT’s: Uma história sem fim. Todo dia “iria ser amanhã”. Nenhum documento foi apresentado. Tudo ficou como devia. O “amanhã que a Deus pertence” foi trocado por “é isso mesmo e pronto”.

Ninguém respondeu às perguntas: “A quem pertenciam os terrenos da construção do CT de Camaçari? Como aparecia a OAS no momento da construção? Qual a relação de Valeriano, ex-Vice de MGF no negócio? As avaliações foram desconsideradas? O Bahia deve a OAS?”

Mas, as principais perguntas jamais serão respondidas: Como as escrituras foram parar na mão da construtora? Quem as transferiu? Quais os motivos que levaram a isto ocorrer? Houve justificativa? Não? Haverá punição?

É CLARO QUE NÃO!

Por último, sobre isso: A escritura do dito empreendimento está registrada em que município? Podemos ter acesso à cadeia sucessória e a hereditariedade dos terrenos? Quando foi feita?

Chega... O assunto morre aqui. Como morrem os milhões que o clube terá que pagar pelo que já lhe pertencia.

É como uma família pagar o resgate de um sequestro com dinheiro alheio e se vangloriar disso.

Parece que TODOS os candidatos estão comprometidos com a dita empreiteira e nada falam. Salvo UFANIZAR um endividamento inexplicável para quem já está no SPC e no SERASA do futebol.

Por falar em endividamento, o que vem ocorrendo no jurídico do Bahia é uma piada de mau gosto. De pedidos absurdos de indenizações a revelias sem qualquer explicação. Perdas de prazo para quitação de débitos, sem sequer convocar o credor antecipadamente para novo acordo, evitando, assim, a execução. Usam os “ACORDOS” como “realização” de administração. Mas, Como? Devem ter inventado o que já está na lei.

Só não divulgam os nomes dos advogados que tem participado deste ‘Baile da Ilha do Fiscal’ e quanto tem sido sangrado dos cofres com honorários advocatícios nestes BELOS acordos.

Mas, a quem interessa tudo isso?

Fernando Jorge, Presidente do Conselho Deliberativo, em entrevista, afirmou que deveriam tomar cuidado com ações trabalhistas, possivelmente vindas de Tillemont e seus agenciados. Se eu estivesse no lugar do Presidente do Conselho, que tem a obrigação de analisar e aprovar as contas do clube, trataria de auditar TODOS os negócios jurídicos Trabalhistas. Não custa, né? Ou custa?

Até por que, na terra do amém, O Bahia é que fica $em!

Repito: A “auditoria seletiva” que trabalhou durante a intervenção, pós MGF, encontrou um passivo de R$ 83 milhões. A Revista exame publicou estudo que afirmava que o Bahia ao final de 2013 já tinha uma dívida de R$ 167 milhões. Em 2014 com Ações trabalhistas, passivos mensais e principalmente o acordo sobre os CT’s, elevaram as dívidas para quanto? Estão de brincadeira!! E as receitas? A Globosat já antecipou cotas de 2015... Meu Deus!!

Vou abandonar estas questões gerenciais. Não muda nada na cabeça do torcedor. Estão preocupados com a ‘Democracia’ de R$40,00. É quanto custa. ‘Democracia’ paga. Democracia que assuntos não podem ser tratados. Democracia onde certas pessoas não podem ter os nomes citados. Democracia que só quem estiver de acordo com a cartilha imposta poderá supostamente ganhar a eleição.  Mas, nós temos 2 CT’s e isto basta!

Vou ‘entrar’ (no bom sentido) logo nos candidatos. Esses me interessam. Não! Não me interessam! Seis e Meias-dúzias...

Vou falar primeiro dos candidatos da situação. Ou seja: Todos de alguma forma. Uns mais, outros menos. Daqueles que, diretamente ou indiretamente, nos enganaram durante este ano e meio à frente do clube, e resignadamente, nos conduziram à 2ª divisão.

Marcelo Sant’Ana: Para mim a maior decepção desta eleição. Primo de Paulo Maracajá, parece ter aprendido a arte de ter muitas formas e cores. Ou, até nenhuma.

Apoiado por Sidônio Palmeira, dublê de publicitário das contas do Governo do Estado e sua vitoriosa campanha de sucessão, assim como do Consórcio Arena Fonte Nova, leia: Odebrecht e OAS (A dos CTs). Garantidor dos interesses destes entes, nem que seja a fórceps.

Apoiado por Valton Pessoa. Aquele que a cada viagem para trazer um jogador de “nome internacional” (Pinto e Amauri, por ex.), deixava um impúbere da Divisão de base em empréstimos ou estágios só sabidos pela grita de alguns atentos.

Não devemos, nem vamos falar da venda de Talisca... Uma excrescência!

Apoiado também pela Revolução Tricolor, entidade ativa nesta ‘Diretoria que aí está’, especialmente na “operosa” gerência jurídica que tantos ganhos vêm trazendo ao clube com seus “acordos” trabalhistas. Mesma entidade que promoveu “ressalvas” às contas do clube aos 49 do segundo tempo, apenas por questões eleitorais.

Apoiado por Schmidt, a viúva Porcina dos Presidentes: “O que foi, sem nunca ter sido”. O mesmo que no intuito de mostrar serviço para seu partido político, deu uma desastrada entrevista a Bob Fernandes piorando a já pífia relação do clube com a CBF. Apenas porque ouviu a Presidente da República, no calor da derrota para a Alemanha na Copa, dizer que iria mudar o futebol Brasileiro, e como esperado, retornou à realidade e mudou a opinião na mesma noite.

Neste diapasão, o candidato Marcelo Sant’Ana é desafeto declarado de Ednaldo Rodrigues, Presidente da FBF (Leia AQUI). Como ficamos? Usaremos aquela ladainha de “Relações institucionais”? Além da CBF, teremos a FBF nos nossos calcanhares? É para se pensar!

De Jornalista combativo, que ao longo de ano e meio criticou tanto a gestão do Esporte Clube Bahia, reduziu seu discurso a culpar apenas a área do futebol: Bolicenho, Pastana... Já foram, já morreram... É fácil. Ele estava errado nas suas críticas? Os erros da gestão se resumem ao futebol? Mudou seu discurso? Poderá mudar ou errar outra vez?

Olavo Fonseca: Juro que não conhecia o empresário. Precisei pesquisar. Já conhecia sua empresa e expertise. Tem negócios com a OAS (A dos CTs). São muito bons realmente. Mas, e daí? Só isso? É tão SITUAÇÃO quanto Marcelo Sant’Ana.

Apoiado pela ABL, entidade que também faz parte desta “Diretoria que aí está”. Tem assento na Direção do Clube, Se arvoram a oposição. São a prova viva de que “filho feio não tem pai”.

Seu Vice-Presidente é Presidente do Conselho Deliberativo. O Conselho do “amém”. São tão responsáveis pelo endividamento do clube e pelo rebaixamento time, quanto a Revolução Tricolor.

O candidato, em seus discursos, sempre cita aliados do Governo estado como referência política. O mesmo Governo parceiro numa PPP chamada Arena Fonte Nova. Não precisa falar mais nada!

Leia também: Ereções 2014: O Bahia não me dá mais tesão. Parte 1.

Nelcival Menezes: Apoiado por João Leão, Vice-Governador eleito na Chapa com Rui Costa do PT. O mesmo da Arena Fonte Nova. O candidato tem história em comissões técnicas do clube. Afastado há muitos anos. Só fala em Capoeira. O Bahia é futebol. Para mim, quer fazer o nome para sair candidato a vereador em 2016. O Bahia está sendo usado como trampolim. Só isso!

Binha de São Caetano: Todo torcedor do Bahia imagina seu clube, com os olhos de Binha: Real Bahia United Barcelona Gunners Munique Juniors de Milão. Muitos não possuem coragem de assumir. Mas, pensam assim e falam igual a ele nas cobranças: “O Bahia tem que ser Campeão Baiano, da Copa do Brasil, do Brasileiro, da Sul-America, Libertadores e Mundial... Tudo no mesmo ano.

Binha é mais um que usa o Bahia como trampolim para sair candidato a vereador em 2016. Mas, é torcedor, sócio e tem o direito de concorrer. Seguramente é mais tricolor do que muitos que ora estão candidatos.

Antonio Tillemont: Viveu uma esquizofrenia desde a última eleição. Derrotado por Schmidt, passou quase toda a gestão tirando fotos com o ainda Presidente. Agora quer posar de oposição. Ninguém sabe ser oposição. Querem sempre estar próximos ao poder e garantir seus interesses. Tem recebido uma saraivada de críticas de órgãos da imprensa. Cada um com interesse diferente. Por ter se tornado um desafeto por questões profissionais, ou por empresas jornalísticas que querem garantir os interesses de uma determinada empresa a ela coligadas.

Não acredito em ninguém que não tem lado definido. Ele foi derrotado nas últimas eleições, deveria ter postura de oposição. Não teve.  Isso é preocupante. Agora que posar assim?  

Marcos Costa: Ligado a Paulo Maracajá. O maior Presidente do TCE que Jaques Wagner já conheceu. Jaques Wagner da Arena Fonte Nova. Arena Fonte Nova da OAS. A OAS dos 2 CTs.

O candidato estava na SECOPA. Inútil Secretaria que ainda existe. Controlada pelo PC do B. Política na veia.

Também se arvora a oposição. Mas, oposição a quem? Oposição ao quê? Ele brigaria com a Arena, por exemplo, para defender o Bahia. Seguramente: Não!.

Como já disse antes em algum lugar, a Democracia não existe por si só. Democracia é eterno um processo. Não está consolidada em seu berço, a Grécia, nem em seu principal representante nos dias modernos: Os Estados Unidos. Ela está sempre em fase de aperfeiçoamento, de amadurecimento...

Aqueles que se valem de uma verborragia patética, no intuito de aterrorizar os menos esclarecidos, afirmando existir riscos para a “democracia” não merecem respeito. Muito menos votos. Seus malabarismos verbais agem apenas para garantir seu status quo.

Para não dizer que não me posicionei: Não votaria em nenhum. Isto também é um ato democrático. Mas, seguramente, minhas últimas opções, se fosse obrigado pela Democracia comprada por R$40, não estariam em quem está destruindo o clube com suas inapetências nos últimos anos. Isso para me ater apenas a ‘competências’...

O Bahia não está tendo uma eleição. Só querem saber quem vai manter as verdades inventadas da época de MGF para cá. Puro teatro!

Mas, votem em quem quiser. Depois, assim como os candidatos, não vivam fazendo de conta de que não são responsáveis pelas merdas que eles fazem e suas consequências.

Votem em quem quiser, se eleiçãop houver. Entre Laranjas e Laranjais podemos nos deparar com um suco de jaca com leite.

Este ‘NOVO’ Bahia só possui como mérito, a criação de uma geração de PERUS BAJULADORES e INTERE$$EIROS, loucos por um convescote no Lounge da Arena.

Não temos importância ALGUMA. Não passamos de massa de manobra.

Na primeira parte deste texto, foi usada uma imagem estilizada do quadro: “A Persistência da Memória” ou como muitos conhecem: “Os Relógios derretidos” de Salvador Dalí. A intenção era mostrar tudo o que temos visto, que não podemos esquecer, e saber que não podemos errar, pois o tempo está contra nós

Na segunda parte, valemo-nos da pintura: “Guernica” de Pablo Picasso. Imagem existente sobre os horrores da Guerra Civil Espanhola. Neste caso, fazendo a alusão ao sofrimento de uma torcida alegre, submissa a quem quer destruir seu sentimento.

Seguramente eu jamais falaria ou escreveria alguma coisa e faria diferente. Uma postura tem que ser igual ao discurso.

Texto escrito por alguém que vê seu clube morrer e nada pode fazer.