A primeira coletiva pós-jogo de Preto Casagrande como técnico do Bahia, ainda que interinamente, foi em tom de lamentação. O ex-jogador acredita que a equipe poderia ter tido sorte melhor do que o empate em 1 a 1 diante da Chapecoense, na noite desta quarta-feira, na Arena Condá, especialmente pela atuação no segundo tempo.
Depois de sair atrás no placar, o Tricolor foi buscar o empate, mais uma vez, com Ropdrigão, de cabeça. O atacante ainda teve outra grande chance de marcar, mas parou nas mãos do goleiro Jandrei. Preto avaliou a produção do Bahia na partida e elogiou alguns elementos que a equipe apresentou em Chapecó.
- Pelo volume de jogo, pela entrega dos jogadores, pela maneira como a gente neutralizou a Chapecoense, principalmente as laterais, que são o ponto forte deles. A gente conseguiu neutralizar isso, principalmente no segundo tempo. Conseguimos ter muito a posse da bola, infiltrar em algumas oportunidades, bolas cruzadas na esperança do Rodrigão fazer mais um gol. Acho que, para a sequência do campeonato, esse ponto aqui, somado a uma vitória contra o São Paulo, eu acho que a gente tem tudo para dar uma melhorada - avaliou.
Preto assumiu a equipe após a demissão de Jorginho, que não resistiu à derrota para o Sport no último final de semana. Ele pega a equipe brigando na parte de baixo da tabela, mas faz questão de deixar claro que o lugar do Bahia é na primeira página. O Tricolor chegou aos 20 pontos e, por enquanto, ocupa a 14ª colocação.
- O lugar dele [Bahia] é na primeira página. Tivemos alguns vacilos, mas sempre jogando bem, é bom ressaltar. A gente jogava bem e pecava em alguns detalhes. A partir do momento que a gente tiver essa concentração e dedicação para errar o mínimo possível, a gente tende a fazer um bom segundo turno – afirmou o técnico interino.
A partida desta quarta foi de grande emoção para Preto Casagrande. Quis o destino que sua primeira experiência como treinador fosse justo contra a Chapecoense, último clube do seu primo Caio Júnior, que morreu no trágico acidente que vitimou 71 pessoas em novembro passado, entre jogadores, membros da comissão técnica, diretoria e jornalistas.
Ele contou que lembrou do ex-treinador desde que chegou em Chapecó, na segunda-feira, e revelou que o jogo foi especial.
- Desde segunda, quando a gente chegou na cidade, a lembrança dele vem muito. A gente tinha muito contato. Ele dizia da alegria e felicidade que ele tinha de trabalhar nesse clube. Quando eu entrei no estádio, lembrei muito dele, do Duca, que era auxiliar dele, meu primo, irmão. O que fica é essa saudade. A gente conversa com as pessoas, os funcionários, as pessoas da cidade adoravam a passagem dele pela grande pessoa, pelo grande profissional que ele foi, então esse jogo, sem dúvida, foi muito especial para mim – finalizou Preto.
Fonte: Globo Esporte
