Postado por - Newton Duarte

Fahel pede cabeça erguida e evita polêmica

Filme repetido: Fahel lamenta luta contra o Z-4, mas pede cabeça erguida

Há três anos lutando contra o rebaixamento, volante afirma que esperava um destino diferente em 2013. Experiente, Fahel fala em 'dar tranquilidade para os garotos'

Três anos na Série A, três roteiros idênticos: o Bahia chega às últimas rodadas lutando contra o rebaixamento. Foi assim em 2011, no retorno à elite, foi assim em 2012, na permanência, e está sendo assim em 2013. A duas rodadas do fim, o Tricolor ocupa a 13ª posição, com 45 ganhos, três a mais que o Coritiba, clube que abre a zona de rebaixamento.

No Bahia desde 2011, Fahel é um dos jogadores do elenco que assistiu a todos os filmes bem de perto. Mesmo ‘acostumado’ com a sina do Tricolor, ele confessa que esperava um destino diferente este ano.

– Eu achava que esse ano seria melhor. Perdemos muitos pontos bobos dentro de casa. Mas eu acho que não podemos ficar lamentando, porque não temos tempo para isso. Gosto de olhar tudo pelo ponto positivo: somos o único time que depende de nós mesmos. Os outros têm que torcer contra a gente – avalia o volante, que também aponta o caminho para escapar do rebaixamento.

– O que nós, os jogadores mais experientes, temos que fazer é dar tranquilidade para os garotos da pressão externa e da interna também, porque nos cobramos bastante. Eu fiz questão de ir à Arena Fonte Nova para ver o jogo (domingo, contra a Portuguesa). A torcida realmente nos inspira. É uma torcida bonita, que apoia o time e não merece passar isso. Infelizmente está acontecendo, mas nós temos que nos juntar, assim como a torcida fez. A torcida fez o seu papel. Espero que ano que vem seja melhor – projeta Fahel. 

Fahel

Um dos jovens a que Fahel se refere é o volante Feijão, que está suspenso por causa da expulsão no jogo contra a Portuguesa. O volante recebeu cartão amarelo logo nos primeiros minutos de partida e continuou a fazer faltas duras. Das arquibancadas, Fahel conta que sentiu que o companheiro seria expulso, mas pede que ele não seja crucificado. 

– Eu tive o mesmo sentimento que todos tiveram. Todo mundo viu. Acontece. Mas não podemos crucificar. É um garoto. Na vida, você aprende errando, apanhando. Infelizmente aconteceu. Nós temos que apoiar o garoto. Tenho certeza de que ele aprendeu e, da próxima vez, não vai fazer. Graças a Deus conseguimos a vitória. O grupo vai apoiar o Feijão, porque ele tem muita qualidade – finaliza.

Fahel se esquiva de polêmica e espera Cruzeiro motivado no domingo

Fahel prefere não alimentar polêmica

Volante prefere não comentar o ‘caso Júlio Baptista’ e concentra suas forças só no Bahia. Com Feijão suspenso, ele é o mais cotado para começar jogando 

Para um, o jogo vale a vida. Para o outro, mero cumprimento de tabela. Assim pode ser encarado o duelo entre Cruzeiro e Bahia, marcado para este domingo, no Mineirão. Enquanto o Tricolor baiano luta para fugir do rebaixamento, a Raposa desfruta da condição de campeã brasileira antecipada.

No entanto, o confronto pode guardar mais emoções do que se imagina, porque a partida não será desprovida de atrativos para os mineiros. No fim de semana, o Cruzeiro receberá o troféu de campeão brasileiro, e a expectativa é de um Mineirão completamente lotado. Será o dia da festa celeste.

Por tudo isso, Fahel espera um adversário com motivos de sobra para estar motivado no domingo. E, motivado, o Cruzeiro é o pior adversário que qualquer clube poderia ter pela frente no Brasileirão.

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– Acho que vai ser um jogo difícil. Vai ser uma festa para eles, com o Mineirão lotado, então eles não vão querer fazer feio. Temos que entrar focados. Sabemos das dificuldades, mas temos que buscar a vitória – avalia Fahel, que rechaça a possibilidade de encontrar um adversário com o freio de mão puxado.

– O cuidado que a gente tem que ter é de não cair nesse pensamento; de achar que o Cruzeiro não vai jogar para vencer; de que não vai pra cima. Vai ser um jogo difícil. Vamos estar diante de 60 mil torcedores. Eles não vão querer fazer feio. Então vamos fazer o nosso trabalho e procurar também vencer – afirma o volante.

Quando a bolar rolar no Mineirão, vai ser a primeira vez que o Cruzeiro entrará em campo depois da polêmica envolvendo Júlio Baptista. Contra o Vasco, no último sábado, o jogador falou, dirigindo-se ao zagueiro Cris, para que a equipe carioca marcasse outro gol - a partida estava 2 a 0 para os vascaínos. Em sua defesa, o meia cruzeirense afirmou que tudo não passou de uma provocação de ambas as partes.

Como Vasco e Bahia são adversários diretos na luta contra a degola, é claro que a polêmica repercutiu no Fazendão. O técnico Cristóvão Borges chegou a se pronunciar sobre o caso. Porém, a ordem agora parece ser esquecer o assunto. Questionado sobre a polêmica, o volante Fahel preferiu desconversar.

– Eu não queria entrar nesse assunto. Nós temos que focar em nós mesmos. Temos que ir sabendo da dificuldade que vai ser o jogo contra o campeão brasileiro, que foi merecedor do título. É uma excelente equipe, e nós vamos focar no nosso trabalho. Não vou entrar nesse detalhe – finaliza Fahel.


Fonte: Rafael Santana – GE.COM

Foto: Jayme Brandão e Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia