Sem pânico: Sant'Ana fala em reforços e diz que “não adianta ter desespero”
Presidente do Bahia afirma que clube tem necessidade de pelo menos três ou quatro novos jogadores e diz que é preciso avaliar o que ocorreu nos últimos dez dias
Jogadores do Bahia se reúnem em campo após partida no Castelão (Foto: Rafael Santana)
Na noite desta quarta-feira, o Bahia não conseguiu atingir uma de suas metas do primeiro semestre: o título da Copa do Nordeste. Depois de perder o jogo de ida das finais por 1 a 0, o Tricolor ainda sustentava a esperança de uma virada histórica no Castelão. A reviravolta, no entanto, não aconteceu. Diante de quase 64 mil torcedores, a equipe baiana lutou, sufocou nos primeiros quinze minutos de jogo. Mas o Vozão abriu o placar e jogou um banho de água fria nos mais esperançosos. O segundo gol veio no segundo tempo, para alegria dos cearenses e tristeza dos tricolores. Maxi ainda diminuiu: 2 a 1 para o Ceará.
Após a partida, o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana lamentou o título que ficou pelo caminho, mas destacou a campanha feita pela equipe. Ele ainda tratou de lembrar que as expectativas do Tricolor são, atualmente, bem diferentes daquelas vistas no Fazendão no fim do ano passado.
- Dever cumprido, acho forte. Dever cumprido é ser campeão. Mas foi uma campanha muito boa, na minha avaliação. Tanto comparando com os últimos anos, como com o momento em que entramos, em dezembro. As expectativas eram completamente diferentes do que o Bahia poderia fazer neste início de ano - afirmou.
Sant’Ana ainda comentou sobre a necessidade de reforços. Segundo ele, ao menos três ou quatro jogadores são necessários para que a disputa do Campeonato Brasileira seja feita de forma segura.
- Pelo menos uns três ou quatro jogadores a gente sabe que tem necessidade de trazer. Outro atleta para o meio de campo... Dois ou três laterais, um atleta para a defesa. A gente sabe que tem essa carência. Agora é preciso também ter tranquilidade. Se a gente chegou à final do Nordestão e está na final do Baiano, é porque esse grupo tem mérito e qualidade. Claro que precisa de reforços para, na Série B, fazer uma Série B segura, com acesso no fim do ano - analisou.
Confira outros trechos da entrevista concedida por Marcelo Sant’Ana.
AVALIAÇÃO DO ELENCO
- Gosto de avaliar o elenco. Com o elenco, eu estou satisfeito. Claro que a gente queria o título, mas a gente foi finalista. Não é o que o Bahia quer. O Bahia entra numa competição para tentar ganhar. A gente não conseguiu. Tem que valorizar o Ceará também, porque ele foi melhor do que a gente na final. No primeiro jogo, para mim, era para ter sido empate, mas hoje a gente teve oportunidades, eles também tiveram. Eles foram mais competentes, e a gente tem que pensar onde a gente pode crescer. A gente sabe que a gente tem nossas deficiências, mas a gente tem que pensar onde a gente pode crescer para, na Série B, a gente conseguir o acesso de uma maneira segura.
SAÍDA DE JOGADORES
- A saída de jogadores depende, primeiro, do atleta. Os atletas do Bahia têm contrato pelo menos até... Acho que o primeiro que vence é em setembro. Depende do atleta. Claro que teremos contratações, posso dizer que vai ter. Mas, se vão ter saídas, tem que esperar elas se confirmarem. Mas contratação, com certeza.
O QUE FAZER A PARTIR DE AGORA
- Primeiro, temos que entender o que aconteceu conosco nos últimos dez dias, que a gente teve resultados que foram fora da nossa expectativa. Refletir. Avaliar onde temos errado. Enxergar onde a gente pode melhorar nas nossas limitações para construir um clube mais forte. Não adianta ter desespero porque o resultado não veio na primeira competição. Importante construir uma estrutura que permita ao Bahia chegar sempre. Se a gente sempre chegar entre os dois melhores, ganha muito.
INÍCIO DE UMA CAMINHADA
- Acredito que é um início de um trabalho. São quatro meses. A primeira final não foi como queríamos. É o início de uma reconstrução. Estamos no caminho para levar o Bahia para onde ele merece.
Nota Luis Peres @BahiaClub: “Onde a ARENA vai mal, põe um time no Nacional”. A cada insucesso, uma promessa. Não precisa disto.