Ano novo, técnico novo: Doriva avalia peças e promete Bahia competitivo
Técnico assina por um ano com o Bahia e projeta trabalho duradouro no clube. Doriva avalia temporada 2015 e fala sobre características que planeja para a equipe tricolor
O clima no Fazendão é de 2016 iniciado. Contratações, mudança de filosofia e finanças. Todos os assuntos abordados dentro do Bahia têm como horizonte a próxima temporada. E o planejamento tricolor para o ano que se aproxima passa diretamente pelas mãos do técnico Doriva. Apresentado nesta segunda-feira, o treinador falou sobre as ideias que possui para o futuro. Disse que agora, em Salvador, participará ativamente da escolha do elenco para que a qualidade sobreponha à quantidade.
- A gente tem feito reuniões. Cheguei hoje ao clube. Tivemos oportunidade de conversar. Sentamos e alinhamos nossos pensamentos. Vamos aproveitar os atletas que estão bem. Temos que aproveitá-los. Com certeza iremos ao mercado para buscar atletas e compor o elenco. Um elenco que não será grande, será enxuto e homogêneo – afirmou o treinador.
Doriva foi apresentado juntamente com a promessa de anúncio de reforços nos próximos dias. Não foram confirmados os nomes dos atletas que chegam ao Fazendão, mas o treinador elogiou os atacantes Luisinho, que foi sondado pelo clube, e Marinho, que está ligado a especulações.
- São bons jogadores. Relação a jogadores rápidos, o futebol moderno exige que o jogo seja rápido. Importante ter jogadores com essa virtude. Importante é ter equilíbrio na equipe, ter atletas que organizam, atletas com profundidade. São jogadores fundamentais para ter uma boa temporada - disse.
Além de possíveis reforços, Doriva também falou sobre o meia Tiago Real. O atleta tem chances de permanecer no Fazendão para 2016. Tudo depende da avaliação do técnico, que ainda não definiu quais jogadores serão mantidos para a próxima temporada.
Doriva foi apresentado ao lado do presidente do Bahia, Marcelo Sant'Ana (Foto: EC Bahia / Divulgação)
- É um jogador que teve boa participação. Jogou boa parte dos jogos. Estamos conversando sobre os atletas, ponderando sobre todos os quesitos para ver os atletas que terão sequência no trabalho - afirmou.
Apesar de ainda não saber quais atletas terá em mãos, Doriva adiantou que pretende fazer do Bahia um time em que o coletivo se destaca. O técnico entende que a equipe precisa ser compacta e atuar como uma máquina, em que cada peça é importante para a estrutura funcionar perfeitamente.
- Entendo o futebol como um todo. A equipe tem que ser compacta, comprometida em todos os setores. Isso caracterizou nossas principais equipes em que conseguimos vencer. O entendimento do todo que participava. Todos tinham uma função dentro o coletivo, logicamente valorizando as qualidades individuais. Minha maneira de enxergar o jogo é essa. O futebol moderno exige predisposição dos atletas para que as coisas aconteçam dentro de campo – pontuou.
O novo técnico do Bahia pretende também contar com o apoio da torcida. No Brasil, o Tricolor teve a 10ª melhor média de público do ano, com cerca de 15 mil pagantes a cada partida realizada em Salvador. Doriva espera criar um time competitivo, que atraia ainda mais torcedores para a Arena Fonte Nova em dias de jogos.
- Com consistência, uma equipe vencedora. Importante a gente criar a mentalidade de que o Bahia é um grande clube, uma equipe se Série A. Criar a mentalidade vencedora para conquistar o torcedor. Sabemos que temos um torcedor que comparece ao estádio, torcedor vibrante. Nessa temporada [2016] será nosso 12º jogador. Contamos com o torcedor. Será um fator determinante para o êxito na temporada – disse.
Doriva assina contrato de um ano com o Bahia. Em 2015, ele iniciou a temporada no Vasco, conquistou o Campeonato Carioca, mas acabou demitido durante o Brasileiro. Logo em seguida, assinou com a Ponte Preta. Treinou a Macaca por 15 jogos, quando recebeu o convite para treinar o São Paulo. No Morumbi, não resistiu à crise política e deixou o clube após sete partidas, com 33% de aproveitamento.
No Bahia, o treinador espera ter um trabalho mais duradouro, com sucesso desde o primeiro semestre, quando terá pela frente as disputas do Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, e Copa do Brasil.
- Muito aprendizado. Foi um ano atípico. Minha ideia não era trocar tanto de clube. Aconteceu. Muito em função da identificação. Tenho uma identificação grande com o São Paulo. O Bahia me dá a oportunidade de desenvolver um trabalho de um ano. Estou feliz por comandar esse projeto. Muito importante. Muito orgulhoso. Estarei focado neste ano. Espero começar bem e terminar melhor ainda – projetou o técnico, que chega ao Bahia com a missão de recolocar o clube na Série A.
