Postado por - Newton Duarte

Fala, Professor! Sérgio Soares fala de Ávine, Cicinho, esquema tático e mudanças

Soares não confirma Ávine e deve promover mudanças no time titular

Com retorno de Eduardo, trio de ataque deve ser desfeito para a partida contra o Botafago, marcada para este sábado. Alexandro pode perder a vaga no time

O time do Bahia que entra em campo neste sábado, para enfrentar o Botafogo, é um verdadeiro mistério. Sérgio Soares voltou a fechar o último treino antes do jogo, e pairam algumas dúvidas sobre a escalação. A principal delas está no meio-campo: com o retorno de Eduardo, que não podia defender o Tricolor na Copa do Brasil, o trio de ataque que contou com Maxi, Kieza e Alexandro deve ser desfeito.

O treinador não citou nomes, mas confirmou que vai mexer no esquema com três atacantes, até mesmo pela condição física dos jogadores. Quem deve perder a vaga é Alexandro, que fez sua estreia no meio da semana, no jogo contra o Paysandu.

- Quando tivermos todos 100%, a ideia é seguir [com os três atacantes]. No momento, não eles não estão, estão tem que estudar outras situações para que possa usar nesses três jogos seguidos. Temos um déficit na parte física de todos eles, então a gente tem que segurar e pensar em uma solução diferente – diz o treinador tricolor.

Sobre Eduardo, forte candidato a voltar ao time, Sérgio Soares disse o seguinte:

- Eduardo consegue fazer as duas funções, tanto mais à frente, como na linha de trás. Jogador versátil. A gente entende que pode utilizá-lo nos dois momentos – garante.

Na lateral esquerda, outra dúvida: Ávine ou Marlon? Soares elogiou o desempenho do xodó da torcida do Bahia contra o Paysandu, no meio da semana, mas não confirmou quem fica com a vaga.

- É um atleta que está qualificando nosso grupo, está à disposição e brigando pela posição – limitou-se a dizer Soares.

Confira outros trechos da coletiva de Sérgio Soares.

RETORNO DE ÁVINE

Ávine se comportou bem, acima do que esperávamos em termos de tempo de jogo. Produtividade não, porque a gente está acompanhando o jogador no dia a dia. A gente Fica feliz pelo lado humano. Profissionalmente, muita gente disse que ele não teria mais condições de jogar, e ele mostrou que tem condições de jogar em bom nível. É claro que falta ritmo de jogo, mas nós ganhamos mais uma opção.

SEM VAGA CATIVA

A gente tem um grupo forte e equilibrado. Hoje atuam Pittoni e Yuri, porém pode mudar, pode voltar o Souza, aí a gente pode jogar com Souza e Pittoni, ou Souza e Yuri. A gente tem jogadores com qualidade que a gente pode mudar. São jogadores com características diferentes, mas que me agradam e a gente pode mudar a depender do que a gente entender do adversário.

GUSTAVO BLANCO

Questão do Gustavo é o desgaste do jogo. É a recuperação, não é nem a parte física, porque na parte física ele está bem. É o processo de recuperação de um jogo para o outro, e aí você entra com déficit muito grande na outra partida. Então, a gente tem que ter esse cuidado. Gustavo, em seis meses, jogou duas partidas. A gente sabe que ele tem dificuldade de recuperar de um jogo para o outro. A gente está cuidando com a fisiologia para que isso amenize e ele possa ter sequência. Ma tem que cuidar do atleta para que ele possa estar inteiro, por isso que, de repente, o Gustavo não está entrando nos jogos.

CICINHO

Cicinho é um lateral agudo. Trabalhou comigo em 2008, quando conquistamos o acesso no Santo André, 2009 também, e em 2010, quando fomos vice do Campeonato Paulista. Jogador de qualidade ofensiva muito grande, amadureceu bastante. Após esse vice, foi para o Palmeiras, cresceu ainda mais, e aí foi para Europa e ganhou muito mais condições na parte tática. Eu costumo dizer o seguinte: a gente bate aqui para trabalhar a parte tática, aí o cara vai para Europa e diz “agora eu aprendi isso, aprendi aquilo”, mas aqui a gente já trabalhava a parte tática. Atleta de qualidade ofensiva e aprendeu essa questão da linha de quatro atrás para fazer a marcação também.

FIM DA CONCENTRAÇÃO?

Sou completamente contra concentração. Acho que não há necessidade, desde que haja consciência profissional. No primeiro semestre, concentramos muito dois dias antes de jogos. Agora, apenas um jogo, contra o Vitória, a concentração foi antecipada. Por enquanto, é um dia só. Entendo que vai ter um momento que a gente vai abolir e vai ser só para alguns jogos importantes. O atleta tem que se conscientizar. O clube tem que deixar de paparicar o atleta. O atleta tem que ser profissional, tem que se alimentar, tem que descansar. Mas em alguns momentos, muito atleta tem filho pequeno, e ele não consegue odormir, então você tem que trazer para concentração para que ele durma. Digo em termos profissionais, a conduta tem que ser profissional. A concentração, em algum momento ela vai ter que acabar. Essa é minha opinião. Por enquanto, a gente não está fazendo isso aqui.

CONFRONTO DIRETO

Quando se enfrenta um concorrente, é importante que faça o resultado, porque leva a pontuação para uma condição semelhante, sendo que tem um jogo paralelo de dois concorrentes [Náutico x Vitória]. A gente precisa fazer o resultado para ver a leitura que vamos fazer ao término da rodada, porque a gente vencendo e dando vitória dos outros, no caso o segundo colocado vencendo e o América-MG vencendo, vamos continuar na mesma posição. Então é importante que a gente vença e veja os outros resultados.