Fernandão reclama: "está faltando a bola chegar mais redonda"
Contra o Santos, Tricolor completou quatro jogos sem marcar gols e Fernandão já se incomoda com a seca
O Bahia completou quatro jogos sem vencer e quatro também sem marcar. E na saída de campo, o centroavante Fernandão, artilheiro do time na Série A com cinco gols, fez um desabafo. “A bola daqui a pouco começa a entrar. Sei que tenho condições de fazer os gols. Não vou ficar me cobrando, mas está faltando a bola chegar mais redonda, mais caprichada. Como já falei, não sou habilidoso, mas vontade vai ter sempre”, comentou.
Dessa vez, o Bahia não foi inferior ao adversário como nas três derrotas anteriores. Entretanto, também não conseguiu sufocar o Santos, em campanha tímida no Brasileiro, com 16 pontos e 15º na tabela. “É um campeonato difícil, onde nem todas as equipes vão fazer partidas maravilhosas . Jogamos bem, só faltou o gol. Nada a mais que isso”, disse Hélder.
O técnico Cristóvão Borges analisou a partida na mesma ótica do camisa 30. “Quem tava com o medo foi o Santos, jogando atrás da linha da bola. Jogamos pra cima. A equipe buscou, quis agredir. Essa foi a tônica do jogo”, comentou e também falou sobre a segunda expulsão seguida de Titi.
“O momento necessita que todos os jogadores estejam em campo. Conversamos já desde a primeira expulsão e isso não pode acontecer. Esse quadro só vai mudar com todos em campo”, disse. Mas pra quarta, o tricolor terá o zagueiro contra a Portuguesa, pela Sul-Americana, na Fonte. Ele não pega o Náutico, domingo, também em casa.
Rafael Miranda: "não é só o atacante que tem que fazer gol"
"Vou tentar ajudar no ataque também, quando for possível". Contra o Santos, volante apareceu no ataque, mas perdeu chances
O Bahia ainda não conseguiu vencer no mês de agosto. Após o empate em 0 a 0 com o Santos, no último domingo (18), o Tricolor chegou ao seu quarto jogo sem triunfo. Se a culpa é da bola que não chega com qualidade, da pontaria que anda fraca ou da falta de sorte, pouco importa. Pelo menos é o que diz o Rafael Miranda.
"Futebol é dividido por funções, mas não é só o atacante que tem obrigação de fazer gol, nem só os defensores têm que defender. Futebol é coletivo e estavam surgindo oportunidades para eu chegar mais perto do gol, eu procurei esses espaços, mas infelizmente não consegui ajudar", disse.
O volante, que sempre se destaca por ser um dos atletas que mais corre em campo, chamou a atenção dos torcedores nos minutos finais da partida contra o clube paulista, por ter chegado ao ataque em duas boas oportunidades, característica pouco comum no jogador. E, segundo ele, o torcedor pode esperar mais cenas como estas nos próximos jogos do time baiano.
Confiante de que o jejum de gols do clube - que não marca desde o jogo contra o Flamengo, no dia 31 de julho - vai chegar ao fim em breve, Rafael Miranda já prometeu ajudar nesta missão, mesmo atuando na defesa. "Vou tentar ajudar no ataque também, quando for possível. Óbvio que a minha primeira função é defender e ajudar lá atrás, mas eu vou tentar chegar lá na frente também", prometeu.
O Bahia volta a campo às 16h deste domingo (25), quando enfrentará o Náutico, na Arena Fonte Nova. Após o empate contra o Santos, o Tricolor chegou aos 20 pontos e está na 10ª posição da tabela.
"Claro que o clima muda", revela jogador do Bahia após quatro jogos sem triunfo
Rafael Miranda e Raul conversaram com o CORREIO após o empate diante do Santos e contaram como anda o clima nos vestiários do Tricolor
As brincadeiras e os sorrisos ao deixar os vestiários da Arena Fonte Nova têm sido menos frequentes entre os jogadores do Bahia. Na noite do último domingo (18), quase todos os atletas deixaram a Arena Fonte Nova com semblante sério, mas sem aparentar aflição.
Embora o elenco evite comentar a evidente insatisfação com os últimos resultados - o Bahia não vence há quatro jogos -, o volante Rafael Miranda conversou com o CORREIO e revelou como os jogadores estão lidando com a queda de rendimento na competição. "Esse clima de abatimento é natural no futebol. Quando os resultados que a gente almeja não chegam, é claro que o clima muda, mas temos consciência do trabalho que temos feito e do grupo que nós temos, que é muito bom, que se ajuda. Vamos fazer tudo que for possível para vencer o próximo jogo, mas claro que o clima fica diferente", avaliou.
Tranquilos, mas cientes de que a pressão tende a aumentar a cada partida, alguns atletas confessam que ficam chateados, mas garantem que o jejum de triunfos não interfere dentro de campo. "Quem viu o jogo contra o Santos pôde perceber que não teve nenhum abatimento em campo. Jogamos para cima, como estávamos fazendo antes das três derrotas. Jogamos bem e tivemos muitas oportunidades, mas tivemos dificuldades em finalizar", explicou em entrevista ao CORREIO.
O lateral comentou ainda que o elenco sabe que a impaciência da torcida é normal, mas todos estão preparados para lidar com isso. "A gente sabe que vai ter pressão e cobrança, até porque são quatro jogos sem vencer. Posso garantir ao torcedor que estamos com a cabeça no lugar", completou.
O Bahia não ganha um jogo desde o dia 31 de julho, quando derrotou o Flamengo por 3 a 0, na Arena Fonte Nova. Desde então, o Bahia enfrentou Atlético-PR, Grêmio, Atlético-MG e Santos, e não marcou gol em nenhum das últimas quatro partidas.
Fonte: Compilação - Cecílio Angélico/Fernanda Varela – Correio* e IBahia
Fotos: Mauro Akin Nassor – Correio*
