Da fita à história: Fernandão dribla desconfiança e fica perto de marca
Com dez gols, atacante está a dois tentos de ultrapassar Souza e Nonato e se tornar o maior artilheiro do Bahia no Brasileirão na era de pontos corridos
Jogando pelo Bahia há seis meses, o atacante Fernandão chegou ao clube sob desconfiança do torcedor, mas minou a resistência e, mesmo sem ser unanimidade, está perto de uma marca histórica com a camisa tricolor. Com dez gols no Campeonato Brasileiro, o jogador, que foi aprovado por Joel Santana via ‘fita’, está a dois gols de se tornar o maior artilheiro do Bahia em uma edição do Campeonato Brasileiro na era de pontos corridos e quarto maior do clube em uma única edição contando todas as edições da disputa.
Fernandão está perto de marca histórica no Bahia
Contratado em abril deste ano, Fernandão chegou para ser sombra do então titular Souza, que detém a marca a ser batida. Em 2011, o 'Caveirão' marcou 11 gols e se igualou a Nonato, que havia alcançado o número em 2003. A um gol de igualar a marca de maior goleador do Bahia na era dos pontos corridos, Fernandão se mostra orgulhoso em entrar para a história, mas promete seguir trabalhando focado em ajudar o Tricolor.
- Primeiro penso sempre em ajudar o Bahia. Fazendo gol ou não. Essa possibilidade é próxima e real. Estou me dedicando, trabalhando firme. Vou ficar feliz se entrar para a história do Bahia. É um feito que será histórico para minha carreira.
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Para marcar os dez gols, Fernandão disputou, até o momento, 23 partidas. A média do atacante é 0,43 gols por jogo. Se mantiver esta média até o fim do campeonato, atuando os 14 confrontos restantes, o atacante chegará aos 16 gols. Neste caso, ele ultrapassará dois dos três principais goleadores do Tricolor na história do Brasileirão. Os principais artilheiros do Bahia em uma única edição do certame nacional são Cláudio Adão, que em 1986 marcou 18 gols, Douglas, que marcou 14 em 1978, e Guga, que marcou 13 em 1997.
A marca história parece ser mais uma meta alcançável para quem já passou por tantas outras na vida. O atacante, que começou a carreira como vendedor, se orgulha do momento e destaca que entrar para a história do Bahia é também reescrever a própria história.
- Já fiz um pouco de tudo. Trabalhei ajudando minha sogra, vendendo tapete. Fui ajudante de bombeiro hidráulico. Era duro. Saia cinco da manhã e voltava meia noite. Não me arrependo. Era a época mais feliz da minha vida. Ganhava pouco, mas era feliz. Não que não seja hoje. Sou muito feliz - diz o jogador.
- Quando recebi a notícia que vinha pra o Bahia, foi um pouco difícil. Estava adaptado a Curitiba, meu filho estava estudando. Vim com o pensamento de mudar minha história. Estava afastado. Consegui mudar a minha e ajudar o Bahia, que é bastante importante. Graças a Deus estou conseguindo fazer meu melhor no Bahia. O clube está me dando todo apoio. Tenho muito a agradecer ao Bahia.
Adaptado ao Tricolor, o gigante Fernandão se mostra disposto a fazer história e, desta forma, encher os corações tricolores de alegria e bons momentos. De olho no futuro, ele já declarou que, apesar de ter contrato com o Atlético-PR, fica no Bahia, se tiver opção de escolha. E sem tirar de vista o presente, o atacante só depende de bolas na rede para se eternizar.
Fonte: Eric Luis Carvalho – GE.COM
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia
