FIFA nega envolvimento de membro e detalha origem de ingressos
Ingressos para a Copa do Mundo |
Um dos 141 ingressos apreendidos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, na “Operação Jules Rimet”, pertencia à CBF, informou a Fifa neste sábado. A entidade relacionou os tipos de bilhetes confiscados, em que os de hospitalidade (onde se enquadra o da CBF) são a maioria, com 71. Entre o restante, 60 são entradas comuns, vendidas ao público geral. Curiosamente, segundo a Fifa, haviam ainda seis ingressos da Copa de 2010 e quatro da Copa das Confederações de 2010.
A lista foi passada pela polícia à Fifa. Mas há uma diferença grande entre os números passados anteriormente pelas autoridades, que informaram terem sido apreendidos 10 ingressos da CBF. Questionado, o diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil, não soube explicar a discrepância.
O dirigente negou a participação de um membro da Fifa no esquema e, de quebra, criticou a postura da polícia em dar detalhes do caso.
“Se um delegado fala para a imprensa sobre uma investigação em curso, não sei se é a coisa certa a se fazer. Na Europa você não pode dar detalhes para a mídia”, disse o cartola, que é francês.
Segundo Weil, o nome do suposto contato na Fifa do argelino Mohamadou Lamine Fofana, preso na “Operação Jules Rimet” como um dos líderes da quadrilha, seria uma pessoa chamada Roger. “Mas descobrimos que é uma pessoa que já havia sido presa há 10 dias”, declarou o diretor.
Weil explicou que os ingressos foram escaneados e, de posse dos números e números, fizeram a varredura.
“Vamos tomar as medidas cabíveis contra as pessoas responsáveis”, afirmou Weil.
O dirigente afirmou que o ingresso com o nome de Humberto Grondona, filho do vice-presidente da Fifa e presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona, não estava entre os 141 apreendidos.
Segundo Weil, Humberto foi ouvido pela Fifa e relatou uma versão diferente da veiculada pela TV argentina, em que o filho do dirigente afirma ter vendido o bilhete. O diretor da entidade diz que Humberto contou ter passado a um amigo, que repassou a outro, sem saber qual destino havia sido dado.
Fonte: Band – Metro
Foto: Agência Brasil