A contratação de Wellington Silva pelo Bahia, no mês de janeiro, foi acompanhada por uma certeza: no ano em que voltaria a disputar a Série A, o Tricolor contaria com um jogador que tinha a assiduidade como forte característica. Em 2016, ele havia participado de 59 das 66 partidas oficiais realizadas pelo Fluminense. A promessa era de que a titularidade na lateral direita seria bastante concorrida, uma vez que Eduardo seguia no elenco. As expectativas, no entanto, foram frustradas. Uma lesão no joelho fez com que o experiente jogador de 29 anos passasse mais tempo no departamento médico do que em campo. Foram apenas três partidas em 2017, a última delas em abril, contra o Atlântico, pelo Campeonato Baiano.
Em recuperação de uma cirurgia realizada no mês de maio, no Rio de Janeiro, Wellington Silva conversou com o GloboEsporte.com. Ansioso, ele aguarda a oportunidade de mostrar serviço e voltar a ser presença constante em campo. O prazo para o retorno do lateral-direito aos gramados é estimado entre o fim de julho e o início de agosto.
- A recuperação está muito boa. A cirurgia foi um sucesso e o pós-operatório também está no caminho certo. Foi um procedimento simples, mas que requer cuidados, como não poder pisar no chão nesses primeiros dias. Primeiro, vem a fisioterapia, depois o reforço muscular e, por fim, o retorno aos treinos com bola. Devagar vamos evoluindo, e o retorno vai ficando mais perto. Estou cercado por profissionais da melhor qualidade aqui no Bahia e tenho certeza de que em breve poderei estar em campo ajudando meus companheiros - disse o lateral ao GloboEsporte.com.
Durante o bate-papo, Wellington Silva explica o motivo pelo qual precisou realizar a cirurgia no Rio de Janeiro, falou sobre a conquista da Copa do Nordeste, a saída de Guto e a chegada de Jorginho. Também mostrou confiança com as possibilidades do Bahia na Série A. Com seis pontos conquistados, o Tricolor ocupa a 9ª colocação.
Confira a íntegra da entrevista com Wellington Silva;
GloboEsporte.com: A sua lesão pegou muita gente de surpresa. Qual foi exatamente o problema diagnosticado e como você recebeu a notícia?
Wellington Silva - Minha lesão começou, na verdade, no ano passado. Foi um problema de cartilagem. Iniciei os treinamentos aqui no Bahia com tratamento mais conservador, até conseguir jogar, mas não houve uma evolução como esperávamos. O joelho doía muito e me incomodava bastante para fazer os principais movimentos dentro de uma partida. Conversamos com a equipe médica do Bahia e do Fluminense, por ser atleta deles e estar emprestado, para acharmos uma solução. E concluímos que o melhor tratamento seria o procedimento cirúrgico.
Suas dores no joelho começaram logo no início da temporada, mas a cirurgia só foi realizada no fim de maio. O que motivou esse atraso?
Na verdade, não houve um atraso, houve um cuidado por parte dos médicos, que entendiam que poderia ser tratado com um método mais conservador, sem fazer a cirurgia. Infelizmente, as dores continuaram e foi detectada a necessidade de realizar o procedimento. Tudo isso teve que passar pelo departamento médico do Fluminense e daqui do Bahia. Foi avaliado qual tipo de procedimento seria o mais indicado para mim e, por isso, precisou de uns dias para que tudo fosse acertado.
Você viajou ao Rio de Janeiro para consultar um especialista. Não foi possível diagnosticar o problema em Salvador? O que foi dito pelos médicos?
Eu ainda sou funcionário do Fluminense. Era necessário que os médicos de lá soubessem o que estava acontecendo e quais métodos seriam utilizados. Essa lesão que eu sofri pode ser tratada por diferentes procedimentos clínicos, por isso houve essa análise por todas as partes para achar a melhor forma e conquistar o melhor resultado. O importante é que estou muito confiante na minha recuperação e certo de que a equipe médica fez o melhor por mim.
Como está a recuperação?
A recuperação está muito boa. A cirurgia foi um sucesso e o pós-operatório também está no caminho certo. Foi um procedimento simples, mas que requer cuidados, como não poder pisar no chão nesses primeiros dias. Primeiro, vem a fisioterapia, depois o reforço muscular e, por fim, o retorno aos treinos com bola. Devagar vamos evoluindo, e o retorno vai ficando mais perto. Estou cercado por profissionais da melhor qualidade aqui no Bahia e tenho certeza de que em breve poderei estar em campo ajudando meus companheiros.
Você é um atleta acostumado a jogar com regularidade. No ano passado, disputou 59 partidas oficiais. Como é ficar tanto tempo longe do campo?
Nos últimos anos, joguei muitos jogos e não estava acostumado a ficar tanto tempo fora. São riscos que atletas sofrem e, infelizmente, ocorreu comigo agora. Estou muito confiante na minha recuperação e focado para voltar na melhor forma possível. Quero estar disponível para o meu treinador e ajudar o Bahia a conquistar os seus objetivos.
O Bahia negou a possibilidade de rescindir o contrato por conta da lesão. Em algum momento você temeu uma decisão contrária do clube?
O Bahia sempre foi correto comigo. Hoje, posso afirmar sem medo nenhum que tomei uma das minhas melhores decisões ao acertar minha vinda pra cá. O Bahia é um clube estruturado, com profissionais de altíssimo nível, e sou muito grato por tudo que eles fizeram e estão fazendo por mim. Espero me recuperar o mais rápido possível para devolver essa confiança que eles estão depositando em mim. O Bahia conquistou agora a Copa do Nordeste e está no caminho certo para brigar por coisas maiores.
Já tinha sofrido lesão semelhante ou ficado tanto tempo parado?
Lesão de joelho foi a minha primeira vez. Graças a Deus, sou um jogador conhecido por poucas lesões e muitos jogos na temporada. Confio muito que Deus esteja guardando coisas melhores para mim e tenho certeza de que esse momento ficará para trás.
Acompanhou o time na reta final da Copa do Nordeste? Lembra de algum momento marcante na campanha?
A Copa do Nordeste é um título inédito para mim. Consegui participar de alguns jogos na competição e senti o gostinho de vencer esse título. Eu me lembro no Ba-Vi que o ônibus foi na ladeira junto com a torcida e ali eu senti, vivi o que representa a torcida do Bahia e tudo que esse clube significa para essas pessoas. Os jogadores sentiram ali a emoção e o calor da torcida, e aquele contato foi determinante na conquista daquele título. A torcida do Bahia é algo que eu não vou esquecer jamais.
Como encarou a saída de Guto Ferreira?
A saída do Guto pegou muita gente de surpresa. Ele é um ótimo treinador e desejo sucesso para ele na nova caminhada.
Como jogador do Fluminense, você teve pela frente o Vasco de Jorginho. Já chegou a conversar com o treinador?
O Jorginho é um treinador que tem o respeito de todo o nosso grupo. Ele fez ótimos trabalhos por onde passou e chega aqui no Bahia com a nossa confiança. Infelizmente, por conta da minha lesão, ainda não tive muito contato com ele, mas tenho certeza de que ele terá uma ótima passagem aqui por Salvador.
Como tem acompanhado os jogos do time no Campeonato Brasileiro?
Acredito que o nosso time tem tudo para fazer um bom Campeonato Brasileiro. A diretoria montou um time forte, rápido e que pode surpreender muita gente nessa temporada. Aos poucos, o time foi se entrosando, evoluindo e estou muito confiante de que o segundo semestre será muito bom.
Fonte: Globo Esporte