Postado por - Newton Duarte

Futebol também é educação!

Futebol também é educação!

Faz tempo que não escrevo sobre o Esporte Clube Bahia. Na realidade, não por falta de assunto ou por falta de vontade. Basicamente, por falta de tempo mesmo. Muitos afazeres com minhas atividades de gestão, e mais ainda com meus alunos em fim de semestre. Aliás, não apenas no fim, mas também durante.

Pois bem. Tão logo consegui este ¨tempo¨, e vou me auto criticar neste sentido, porque esse lance de tempo é desculpa... e eu sei disso, vou me ater a um ponto importante dentro de processos de gestão que chamamos de planejamento.

Não vou ficar aqui desenvolvendo um artigo científico sobre o tema planejar. Não é este o sentido da coisa. O que me move neste momento é desenvolver um texto que expresse um sentimento de frustração. Sim... Frustração. Não minha propriamente e não somente. Mas frustração por uma grande parte da torcida tricolor (e assim o falo por acompanhar as mídias sociais). Para tanto, vou primeiro apresentar o significado da palavra frustração. Frustração é quando se espera algo e o algo não acontece. Significados.com.br.

Mas... o que tanto se esperava para 2014 que não ocorreu? O que tanto esperava a torcida tricolor que não veio ainda (Ainda... ainda... para depois não dizerem que estou criando factoides ou atacando alguém. Não estou. Estou argumentando com fatos...) neste começo de 2014? (Começo não... meio... e daqui a pouco entenderão o porque do começo).

O torcedor tricolor em meados de 2013 emocionou-se! E o fez de forma extremamente correta! Tinha de se emocionar mesmo! O Esporte Clube Bahia, o maior do mundo (é para mim) de maior torcida do mundo (é para mim) e o maior nos campos (é para mim...) havia se democratizado! D E M O C R A C I A. E o que seria a democracia? Olha o mesmo site (significados.com.br) me ajudando de novo... Democracia seria um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem seus representantes por meio do voto. E aí se foi! Eleição! Voto! Democracia! Pode-se se dizer qualquer coisa a respeito do processo (não discuto lados nem opiniões) mas que houve eleição, houve votação, e houve um processo antes jamais visto, houve. Como disse: Sem discussões de lados.

Daí o ano de 2014 se mostrava mais esperançoso! Esperançoso de triunfos! Esperançoso de time em campo! Esperançoso de que com uma varinha de condão desapareceriam todos os problemas do nosso amado esquadrão!

Mais uma vez a palavra frustração... Em sã consciência alguém acreditaria que algum  ¨Harry Potter¨ daria jeito? Ahhhh... Mas aí é que entra o cerne da questão... Ao invés de se explicar isso ao torcedor, preferiu-se lidar com a emoção da conquista da democracia como a varinha de condão do Harry!

Por favor... Lidar com a emoção humana é relativamente complicado. Sabe porque? Simples: É emoção! É ser humano! Emoção é geralmente (G E R A L M E N T E) passageira. Ela passa. No caso do futebol, ela passa quando a bola não entra...

E a bola do Bahia não vem entrando. E aí alguns dirão: Não vem entrando porque não se tem um camisa 9 matador no ataque do esquadrão! Não vem entrando porque o técnico do time vem escalando mal a equipe! Não vem entrando porque... porque... porque...

Vários serão os porquês. Várias serão as queixas dos torcedores nas redes sociais. Vários serão os problemas apresentados pelos torcedores, exímios conhecedores de futebol. E note, caro leitor, que não coloquei entre aspas a palavra exímio. Nas mídias sociais existem realmente vários torcedores que entendem do riscado. E sabem  colocar-se de forma coerente e correta, citando questões futebolísticas que deixariam qualquer um (e deixam) de queixo caído, como se fala na gíria popular. Falam sobre jogadores que vieram e não deram seu recado. Jogadores que chegaram, jogaram 2 boas partidas e não jogaram mais, e daí sucessivamente...

Mas daí me vem à mente uma coisa que falava desde muito. Será que o problema está ¨aí¨? Que o problema está realmente em ter entrado na euforia e na emoção do torcedor? De ter contratado jogador A, B ou C que não dá resultado? Será? E será que estes problemas são causa ou efeito?

Aí me permitam expressar uma opinião que desde sempre venho falando em minhas mídias sociais (Twitter) para aqueles que me seguem ou estão dispostos a trocar uma ¨ideia¨. Onde está o planejamento? Onde estão traçadas as metas e os métodos? Onde estão planificados estes métodos? Este planejamento está presente no próprio conceito de administração, ligado ao gerenciamento do negócio (no caso o futebol), com as pessoas que dele fazem parte, sendo conjunto dos recursos disponíveis pela organização, com o objetivo do alcance de metas bem definidas?

E qual a meta do Esquadrão para 2014? De forma mais incisiva: O que pretende o Esporte Clube Bahia em campo? Quais suas pretensões para o campeonato brasileiro de 2014?

E minhas perguntas são embasadas nas análises que faço de palavras ditas por pessoas ligadas ao clube (E não cito nomes. Não por medo. É porque para mim pouco importa nomes, mas sim os atos por trás dos nomes. Ou na frente deles). O Bahia quer o que em 2014? O título do Nordeste? (Já foi... faltou planejar para ganhar ele); O título baiano? (Ganhou! ¨Planejou¨ e Ganhou). Planejou como? Por isso que a Gestão é tão linda... Tudo é relativo... Não vou dizer que o Bahia não planejou direito para ganhar. Não estou dentro do processo.  Vou apenas deixar uma pergunta para o leitor... QUAIS TIMES SE PLANEJARAM? Bom... Aí vem o brasileirão. Perdemos a primeira... Mas jogamos ¨meero¨ e tal... Depois jogamos bem contra adversários menos qualificados e tal... E daí... Danou-se. Descemos a ladeira.

E aí as queixas apresentadas no começo desta postagem. Queixas como falta jogador, falta técnico competente, falta isso... Falta aquilo... Falta aquilo outro...

Seguinte: Vou colocar uma frase que sempre falo em minhas mídias e sempre repito em sala de aula para meus alunos, afinal sou professor. ¨Papel aceita tudo! Difícil é fazer o que está no papel acontecer...¨ E tem de se fazer as coisas acontecerem.

Planejar, fazer, checar e agir. Planejar métodos e formas. Fazer: Qualificar e desenvolver. Checar: Comparar se aquilo que foi planejado foi alcançado. Agir: Ajeitar a causa da falha na fonte do problema! Ir na causa do problema! Resolver o problema em sua causa. Administrar estrategicamente os processos. Ah... Isso cabe aos líderes maiores.

Aos gerentes, gestores de processos, cabem a contingencia. Contingenciar as questões que vão ocorrendo... Ajeitar a ¨aparar¨ as arestas dos processos. Para isso precisam estar presentes. Atuantes.

Alguns dirão: Está dando aula professor? Responderei... Estou não... Estou apenas expondo minha opinião de forma democrática, sem ofender e sem atacar, esperando ser tratado da mesma forma que trato: Com educação e com respeito.

Conheça o Scout torcidabahia.com

Vejam os senhores leitores que em momento algum ataco citando quem quer que seja. Analiso o processo. Estamos indo para o recesso de copa do mundo. Vamos passar a copa fora do Z4... É de se comemorar? Sinceramente? Para mim? Sim. Comemoro. A probabilidade disso ter acontecido (de irmos dormir a copa na zona) era gigante! Dizia já no início do campeonato (e digo hoje, e espero ter minha opinião mudada pelo próprio Bahia, em campo e fora dele): Bahia lutará para fazer seus 45/46 pontos e fugir do rebaixamento. E porque digo isso? Simples: Acredito em planejamento, ação, fazer acontecer e gerenciar. Acredito que o único meio de se fazer acontecer é pegando o que está no papel e colocando em prática. Acredito que antes da prática tem de haver o papel (planejamento) e acredito que pessoas são os únicos meios de se fazer com que objetivos sejam alcançados. Não acredito em varinha de condão...

Sigo acreditando nos 45 ou 46 pontos. Sigo acreditando em um estado de democracia mais aprimorado no futuro. Sigo acreditando que modelos devem ser melhorados. Sigo acreditando no Esporte Clube Bahia. Sigo acreditando nesta massa de torcedores que fazem o clube acontecer e que derramaram seu amor na forma de associação em massa.

Sigo acreditando. E sigo meu caminho como torcedor que sou. E deixo claro: Sou torcedor do Bahia. Quero o bem do Bahia. Me irrito e me decepciono também com o time em campo, como todo torcedor.

Fica minha opinião. Ela é minha. Você, amigo leitor que se deu ao trabalho de ler tudo isso, pode até compartilhar dela. Ou não. É direito seu. É direito seu SIM.

Aliás... Você tem direito a se queixar, a falar, (sem ofender) ou até mesmo ofendendo (faz parte, tem gente que é assim... prefere ofender) sem ser chamado de corneteiro. Ou mesmo sendo. A palavra corneteiro vem sendo usada para ¨calar¨ o torcedor que faz suas críticas. E criticar não pode? Mas e a democracia...?

Critique. Apoie. Chore. Ame. Somos torcedores e temos este direito. Torça!

Sou Fernando Miranda, professor universitário, especialista pela UNA e MESTRE pela EST. Mas, mais que tudo, um torcedor do Bahia. Filho de meu pai, que me ensinou a amar e idolatrar este clube desde quando eu era pequeno, e juntos ouvíamos os jogos do Bahia na varanda vermelha de nossa casa humilde na Cardeal da Silva em Salvador. Nós dois e nosso velho rádio National, nas ondas da AM. E destes momentos que mais me lembro de meu pai. Porque ali era um Bahia retado!

Bom dia a todos. Ou boa tarde. Ou boa noite. Depende da hora em que estiver lendo.


Fonte: Professor Fernando Miranda – Blog mirandamsc